terça-feira, 16 de junho de 2020

16/06/20

            Dia longo, começou bem, e terminou bem, posso considerar assim. Foi um dia, parecia que não ia acabar, teve de tudo, comi, sorri, chorei, me orgulhei da minha filha, tive motivos para sorrir, motivos para chorar, olhei para o céu e pedi para Deus uma resposta, mas também agradeci pelas bênçãos que tenha na vida. Sentei aqui na frente do computador para escrever e percebi que não tenho muito o que escrever que não seja repetitivo e cheio das mesmas coisas que tenho escrito todos os dias que venho escrevendo todos os dias, minha rotina é monótona, todos os dias as mesmas coisas. O mais incrível é que todos os dias sendo a mesma coisa eu não estou dando a importância devida ao personagem principal da minha vida, a única peça importante da minha vida que faz ter algum valor e sentido tudo que eu reflito, faço e penso todos os dias. Deus

            Parece piegas? Mas que seja, estou emotiva, fui ao medico e recebi noticia nada legal de se receber, mas vida que segue, estou viva, respirando, muitos não podem gozar desse privilegio, então vou sim agradecer a isso, até porque faz anos que gozo desse privilegio por pura misericórdia de Deus que por algum motivo que eu só posso imaginar achou graça em mim. E se Ele achou graça em mim e tem me dado a graça de estar viva com todos os defeitos que eu tenho e essa vida piegas que eu levo cheia de defeitos e dilemas chatos ele vai achar em você também. Não pense que esse privilégio vem sem nenhum custo, mas descobri que o custo pagamos sem pensar no preço porque descobrimos que a graça não tem valor que pague.

O sentido dessa frase só quem já entendeu vai sorrir de agora em diante, agora se toda essa loucura é demais para sua cabeça e tá muito difícil acompanhar pode se despedir. Talvez a carga seja demais para você o amor pode ser um fardo pesado demais, é mais fácil fazer sexo.  Os segredos do amor são para quem quer exercitar cada fibra do seu ser das formas mais interessantes e impensáveis e que se permitam ter dentro de si a capacidade de viver em empatia com o próximo. Se você consegue isso pode ser que esse seja um ultimo post que vc leia por alguns dias. A noticia de hoje me abalou demais. Escrever minha rotina diária não vai me ajudar, e amanha precisarei fazer repouso, na quinta tenho mais exames.  E na sexta, bom, na sexta nem sei o que tenho que fazer mais.

Só queria poder ter um colo, um abraço silencioso, sem palavras forçadas, sem perguntas sem respostas, sem expectativas, so a presença que eu falei em um post outro dia sobre amizade. Eu só precisava disso hoje. E por algum motivo o único abraço que tenho é o da minha pequena de três anos e sete meses. Deus me dê a sabedoria para passar pela prova, mesmo que sem entender seus motivos, que eu tenha a força para chegar do outro lado.


segunda-feira, 15 de junho de 2020

15/06/2020

Acordei com vontade de fazer algumas coisas, mas fiz apenas o que sinto que posso fazer sem ofender a dona da casa. Não sei explicar porque tenho essa constante sensação de que estou ofendendo minha mão com tudo que eu faço. Parece que tudo e errado, se eu peço permissão estou sendo sem iniciativa, se eu faço sem perguntar estou sendo muito intrometida nas coisas da casa. Fica complicado agrada uma pessoa que vive procurando defeitos na sua conduta. E eu desisti já faz um tempo de descobrir como agradar a ela e satisfazer suas vontades.

            “Desde que minha filha nasceu eu entendi que satisfazer minha mãe era algo impossível, e que se eu conseguisse conviver com ela sem a constante ameaça de guerra para construir uma relação sadia e amiga, com amor e cumplicidade, tendo na minha filha um elo de fraternidade. Eu estava conseguindo, ou pelo menos me iludi achando que estava conseguindo isso quando fiquei gravida e me mantive no rio de janeiro, enfrentei todos os desafios sozinha, para ter minha filha e a maternidade foi mais um obstáculo que materialmente ela me ajudou a distancia. Sem o apoio material dela provavelmente eu teria tido muito mais dificuldade de enfrentar, mas olhando para trás eu sei que não teria desistido.

             Me iludi por acreditar que eu conseguiria passar uma borracha por cima de tudo que aconteceu, senti e vivemos e iriamos começar de novo. A verdade é que não conseguirmos, frases constantes de : o meu consolo é que você vai passar com sua filha tudo que eu passei com você me atingem de forma dolorida. Porque eu sei que fiz minha mãe passar por situações muitas vezes constrangedoras, fiz coisas que olhando agora como mãe me arrependo, mas olhando minha filha eu vejo que ela não terá motivos para agir da mesma forma, eu não irei culpar ela por tudo que os outros vierem me falar que ela fez sem nunca acreditar nela, sem nunca dar a ela o direito de se defender e apresentar sua versão da historia. Quero e peço à Deus por misericórdia cada vez que escuto essa frase, não porque amaldiçoou minha mãe, mas porque sei que como ser humano as pessoas erram, e aprendemos com nossos erros e com os erros dos outros.

            Podemos aprender errando, observando o erro dos outros, ou tendo empatia. Ou podemos simplesmente ter memória. Eu não me permito esquecer algumas sensações que eu tive e me ensinaram, alguns chamam de rancor, eu não acho que seja, se fosse eu me lembraria o nome das pessoas que estavam envolvidas nas situações, mas eu só me lembro da situação em si e do sentimento que ela me trouxe, então não acho que seja rancor. Foi dilacerante e me machucou demais levar uma surra do meu pai por uma coisa que eu não havia feito, alguém sabia que eu não havia feito e assistiu eu ser castigada por aquilo e não me defendeu. Aquilo até hoje me vem na memória quando eu sei de algo e vejo alguém sendo injustamente acusado por aquilo. Podem me chamar de boba! Sei que posso nem ter passado por isso. Pode ser uma impressão forte que ficou de algum filme que vi quando criança. Mas sou assim.

            Isso é muito forte em mim, que já me coloquei em perigo por isso. Se não morri é porque Deus teve misericórdia e colocou anjos para me protegerem. A mais recente das vezes foi saindo do hospital, minha filha internada na UTI e eu fui assaltada, levaram meu telefone, foi muito rápido, dois drogados, aparentemente armados, Caxias – RJ, Viaduto da Dutra, Próximo a Maternidade; ali é ponto conhecido de drogados e ladrão. Mas naquele dia eu estava distraída, extasiada por minha filha ter saído de uma unidade de terapia super intensiva e ido para uma de terapia um pouco menos intensiva, tinha passado minha primeira noite em claro sentada em uma cadeira de bar velando pela minha bebê dentro do hospital ouvindo choro de neném e bip de maquinas de hospital. Minha cabeça estava zoada. Quando os ladrões chegaram, eu me desesperei e tentei segurar o telefone, eu só pensava nas fotos da minha filha que eu tinha tirado durante a noite. Eles me empurraram e levaram o telefone e só não atiraram em mim porque apareceu um senhor correndo e eles correram.

            O senhor me acompanhou aos prantos até o ponto de ônibus, me deu dinheiro para que eu pudesse pegar um ônibus para ir para casa e comprou uma agua pra mim. Ele e outras pessoas no ponto tentaram me acalmar, eu não conseguia falar, o que ninguém sabia, ninguém precisava saber e eu só tremia e soluçava. Lembrei do cartão de crédito do pai da minha filha que estava na bolsa, do meu cartão de banco. Sentei, chorei e chorei. Do nada começou uma gritaria e quando eu vi as pessoas se juntavam e pareciam agredir uma pessoa no chão e tinha uma coisa ao lado. Era minha bolsa! Eu não pensei, entrei no meio daquela gente que agredia aquela pessoa e peguei minha bolsa. Não tinha sido ele que pegou minha bolsa. Ele olhou pra mim e disse eu vi quando pegaram da senhora e jogaram fora, achei que a senhora ia querer as roupinhas. Eu olhava pra ele e não conseguia chorar mais, levantei e comecei a gritar com as pessoas, chamar todos de loucos, falar que aquilo não se faz. Até que um deles falou: quando os caras te roubaram eles não perguntaram nada pra senhora, a gente ia esperar ele te matar pra fazer alguma coisa?

            Isso me fez pensar, naquele dia eu entendi uma coisa, moramos em uma sociedade tão doente que mesmo quando queremos ser bons somos compreendidos de forma errada pelas pessoas. Apenas porque as pessoas não sabem mais o que é exercitar a boa ação com o próximo. E não é apenas uma palavra, um texto ou um gesto aleatório. È um exercício diário que temos eu nos policiar em fazer sem escolher para ou por quem estamos fazendo. Para nos sentirmos bem com os outros e eles verem que somos bons? Não. Para nos sentirmos bons conosco e sermos bons apenas por sermos bons. Faz parte de ter um mundo melhor para nossos filhos sermos pessoas melhores.

            Eu não sei se vou conseguir ser uma pessoa muito melhor, não sei se consigo ser uma pessoa boa, conforme envelhecemos vamos ficando chatas, eu já tenho algumas manias de velha, mas estou me policiando para essas manias não se tornarem insuportáveis. Apenas quero a sabedoria de conseguir mesmo com minhas manias acompanhar minha filha e sua trajetória sem me colocar no seu caminho ou interferir no seu desenvolvimento. Quero poder ver ela desabrochar e ser um apoio nesse florescer dela e não fazer ela se sentir presa a mim como muitas vezes eu me sinto com minha mãe.


domingo, 14 de junho de 2020

14/06/2020

        Ontem comecei a assistir o seriado Arcanjo Renegado no Globo Play. Minha mãe assina e eu resolvi aproveitar essa vantagem já que tenho que tomar meus remédios as dez horas e não posso adormecer antes das onze horas. Tudo isso me faz refletir sobre coisas como; não posso dormir antes das onze porque se eu acordar antes das 5 eu não tenho uma casa minha pra limpar e me sentar na varanda pra aproveitar uma xícara de café e esperar minha filha acordar me procurando pelo bom dia, mas eu quero essa rotina? O que eu faria se eu acordasse mesmo as cinco horas da manha? Minha filha não para da hora que acorda até a hora que vai dormir e nesse tempo de quarentena estou ficando realmente esgotada de ideias e energia para tentar evitar deixar ela mais de 4 horas por dia na frente da televisão e me orgulho disso. Mesmo quando sou criticado por ela estar na frente da tv.

            Voltando, eu assisti o primeiro episodio do seriado da globo, e juro que entendo porque a emissora esta sendo tão atacada pelo governo e toda a rede de políticos que manda no Brasil. Foi muita coragem colocar no ar, gravar e deixar disponível esse seriado, as pessoas que nunca moraram no rio de janeiro devem pensar, é uma obra de ficção; exagero pensar que essa realidade é o que se vive lá. Eu morei lá, não na cidade do rio, talvez com meu temperamento eu não estivesse escrevendo esse blog hoje; mas morei no rio de janeiro; o estado. E onde eu morei pude ter contato com parte da realidade que o seriado mostra. O seriado aumenta, sim; mais não inventa. Exagera, amplifica, e dá aos atores a possibilidade de serem atores, mas não fogem da realidade que nosso país vive; e lamento dizer que não é só n o rio de janeiro.

            Se procurar as noticias que não são tão divulgadas e não tem tanta audiência, porque preferimos ignorar as noticias que não nos fazem bem, vamos ver que a corrupção que alimenta o trafego e a violência nos subúrbios das grandes cidade, com a falta de atenção a educação e saúde as classe mais desfavorecidas da nossa sociedade são o que move a ambição das pessoas que querem sempre mais poder. E é o nosso silencio que permite que essas coisas continuem acontecendo, é o meu silencio, é a minha apatia, e tenho vergonha de dizer e escrever isso porque eu sei que se eu não precisasse me esconder atrás da tela desse computador para defender meus ideais eu poderia fazer alguma diferença.

            Mas me sinto pequena, cresci acreditando que não tinha forças para conseguir fazer diferente nessa sociedade opressora e luto atrás da tela desse computador para ter forças e encontrar uma forma de não passar essa fraqueza pra minha filha, quero que ela possa se sentir forte para lutar se ela assim quiser lutar, não vou depositar nela meus sonhos e ideais. Mas darei o meu melhor para que ela tenha forças e consiga escolher não se sentir inútil e impotente diante de tantas injustiças e tenha que recorrer a medicações para conseguir superar as frustrações que nada mais são que gritos de uma alma frustrada pela impotência de viver em um corpo prostrado pela falta de atitude.

            E a vontade vem, os planos são feitos, e eu me conscientizo de tudo isso e juro que quero mesmo fazer, mas é uma moleza que domina meu corpo, eu não sei explicar, é mais forte que eu; estou aqui agora escrevendo por ter esse grande defeito, não conseguir mais deixar as coisas pela metade. Tenho que terminar quando começo e já que comecei. As vezes eu demoro não porque não pretendo terminar, mas porque mudei de ideia sobre como vou concluir o que comecei, como o cachecol de crochê tailandês que eu comecei e que já decidi ontem que vou fazer ele ser não um cachecol. Mas será parte de um cobertor que farei de tiras de crochê do mesmo estilo com varias cores de linha. Quando irei terminar eu não sei. Um dia eu termino. Me distraio com vontade de aprender uma coisa nova, um novo desafio, e quando percebo estou empolgada com algo novo e aquilo que antes me deixava interessada e me animava eu perdi o interesse e nem sabia porque.

            A única coisa que isso não aconteceu foi o meu negócio de alongamentos de unhas, massagens modeladoras e fitness inteligente. Nossa como aquilo me deixava realizada. Eu fiz planos. Eu acreditei neles e estava trabalhando com os pés no chão para realizar cada um deles, sem viajar em ideias mirabolantes. Eu simplesmente sabia o que deveria saber em cada passo que eu deveria dar sem escorregar. Eu estava sentido que mesmo pisando em terreno liso eu estava segura. Tinha planos de comprar o aparelho da minha mãe parcelado! No entanto estamos passando por uma pandemia mundial, e moramos no Brasil, o país onde os brasileiros se preocupam em brigar para saber qual politico está certo em querer liberar o dinheiro para permanecermos em casa para morrermos de fome; enquanto o pobre que diz que está morrendo de fome pega o dinheiro de comer e vai para o shopping “ver gente”!

            Meu negocio está parado, não estou fazendo propagando, oferecendo serviços, primeiro porque sou do grupo de risco, segundo porque o salão onde eu ofereci meus serviços também esta de portas fechadas e por ultimo e mais importante se o povo diz que não tem dinheiro pra comer como vai ter dinheiro pra serviços de estética e beleza? A verdade é que muita coisa vai ser muito diferente quando voltarmos a conviver se essa pandemia passar. Será que só eu pensei que essa pandemia pode não passar como a do HIV nunca passou e é uma pandemia até os dias de hj? Vamos acordar povo, precisamos aprender a lavar as mãos mais rápido, usar álcool gel, manter distancia!


sábado, 13 de junho de 2020

13/06/2020

O importante não é ter, é ser. Uma frase bonita, de efeito e muito repetida por quem não tem muita coisa, e não pode dar algo de muito valor para outra pessoa, ou até aquelas pessoas que dão as coisas mas acham que o que estão dando para a pessoa que presenteiam é de um valor monetário tão pequeno que menosprezam o próprio presente usando essa frase que hoje em dia não tem mais um sentido que se possa filosofar, ela simplesmente é o que esta dizendo ser. Algo de efeito para justificar algo que poderia ter mais valor do que realmente tem;

            Mas essa frase tem sentido além do que se quer falar para algumas pessoas que a escutam, ou que a escrevem. Algumas, como eu, conseguem filosofar em cima dela e pensar além do que as palavras juntas podem significar. Extrapolar a ideia de ter algo e ser algo para mim vai muito além do dar, fisicamente algo. Simplesmente estar próximo de alguém em um momento de dor é algo importante, pode não parecer nada, mas eu acho que estarmos próximo de alguém quando essa pessoa recebe uma noticia ruim, ela sabendo que pode te abraçar se segurar em você em qualquer circunstancia, ser presença, apenas estar ali, isso é importante. Eu tento ter para minha filha essa pessoa; se me perguntarem porque, a única resposta que tenho é porque eu gostaria de um dia quem sabe poder contar com a mesma presença dela. Sei que é ilusão minha. Ela é um ser separado de mim, vai desenvolver os próprios sentimentos, emoções, e Deus me livre que ela viva as mesmas coisas que eu para desenvolver a empatia e o carinho pelas pessoas. Mas sim, eu gostaria que minha filha aprendesse pelo meu exemplo a ser para mim e para outras pessoas a presença amiga e simples que eu sinto tanta falta de ter por perto.

            Essa é uma das coisas que eu sinto falta da minha vida no rio de janeiro. Eu construí lá amizades assim. Tenho contato com elas até hj, fiz um grupo com elas, uma delas saiu do grupo, disse que o celular trava, mas a verdade é que ao longo da minha vida eu conto nos dedos as amigas que trago no Peito e no coração. Cada uma com sua personalidade própria. E escrevendo aqui, percebi que elas são exatamente cinco. Três desde antes de a minha filha se tornar uma realidade na minha vida, elas acompanharam minha trajetória e minha transformação de mulher em mãe. E Duas que entraram na minha vida no processo da maternidade e que eu mantive bem perto do meu coração porque adoro a presença delas na minha vida e principalmente porque são as cinco pessoas maravilhosas que me fazem bem demais cada uma no momento certo. Se elas lerem esse texto sei que vão se identificar aqui. Eu poderia descrever cada uma delas, mas acho injusto colocar características porque a única em comum com elas sou eu e elas não se conhecem e eu coloquei elas em um mesmo grupo por minha conveniência e deleite em facilitar ao compartilhar meus gostos de piadas e vídeos engraçados. Acho que foram educadas em não saírem, aproveito a oportunidade para agradecer.

            Não digo com isso que só tenho cinco amigas, longe disso, mas amizades dessas, onde simplesmente é, você pode passar anos, meses sem falar, mas quando falar vai ser igual, essas eu não posso contar mais que essas cinco e mesmo essas, eu sei que duas ficariam meio desconfiadas se eu sumisse por anos e voltasse como se nada tivesse acontecido e certamente me receberiam tipo: nossa lembrou que estou viva ainda? O Importante nisso é que essas amizades não começaram comum oi tudo bem, e não se fortaleceram com nossa você esta linda, cada uma foi diferente, com cada uma houve algo de especial, algo de único. Cada uma delas tem uma peça importante da minha personalidade que eu preciso ter contato e Deus me faz acessar quando esta se ausentando de mim. Ou quando eu mesma não identifico ele toca na pessoa a faz ela me procurar, é incrível.

            Esse tipo de amizade não tem frase que supere o sentido de o que importa não é ter e sim ser pra mim, e isso é o que eu sou de mais essencial, e o que quero poder deixar de exemplo pra minha filha. O ser humana, o ser amiga, o ser gente, o ser o que consegue olhar o outro além do que o outro que mostrar porque muitas vezes o outro só mostra aquilo que acha que os outros querem ver e nem sempre percebe que os outros querem ver aquilo que somos e sentimos tanta falta de sermos verdadeiros! Essa quarentena tem nos mostrado o quanto isso é real e como isso afeta nossas relações mais intimas, dentro das nossas famílias, não conhecemos as pessoas que moram conosco, não sabemos seus gostos, preferencias, sentimentos. Estamos sabendo nos expressar com elas? Porque temos medo de dizer o que sentimos para quem vive com a gente?


sexta-feira, 12 de junho de 2020

12/06/2020

            Hoje foi dia de ir ao psicólogo, sair de casa. Ou seja fazer tudo que se tem para fazer na rua. Claro que não foi feito tudo, esqueci, por exemplo, de ir à empresa da internet assinar o contrato para que eles venham instalar, o que me fez pensar na possibilidade de tentar o aparelho que pagaríamos uma taxa de mensalidade e poderíamos ter um sinal melhor distribuído pela casa. Mas isso eu precisaria ir lá conversar com eles e eu não fui. Fui a fisioterapia, como eu me sinto bem quando ela liga aqueles aparelhos de eletrochoque e coloca na intensidade máxima nos pontos de dores e a musculatura das minhas costas ficam relaxadas. Eu sei que deveria ir mais vezes para ter um resultado ainda melhor, e vou começar a ir duas vezes por semana, nos mesmos dias que eu for no pilates irei na fisioterapia, sendo que na sexta vou no psicólogo também.

            A terapia hoje foi diferente, consegui fazer algum progresso, escrever tem sido bom, eu consigo colocar aqui muita coisa e quando chego lá aproveito melhor meu tempo! Ele me falou que é bom isso, me ajuda a definir o que eu realmente quero, eu estou conseguindo me dar um norte, mesmo dando muitas voltas e me contradizendo demais, ficando um pouco confusa em elguns pontos, se eu voltar e ler o que eu escrevi antes de dar continuidade eu posso conseguir me dar alguma direção firme e me determinar seguir nela para poder ter um norte. Senti-me otimista com isso. E também conversei com ele sobre minhas memorias, a confusão que sinto ao pensar que não consigo ter elas da mesma forma que outras pessoas têm. Alguma coisa acontece que existem momentos que eu me lembro com uma nitidez por terem sido de um forma e outras pessoas que viveram o mesmo momento se lembram de um jeito totalmente diferente. E eu consegui conversar com o terapeuta sobre isso. Considerei um progresso e me deu um alivio.

            Ele me disse para parar de focar nas memorias e nesses momentos porque isso só vai me trazer problemas, eu tenho que focar em resolver meus problemas atuais. Eu que tinha medo de falar sobre esse assunto e achei que ele teria uma teoria sobre essa diferença nas memorias fiquei chocada, ele apenas falou, não foca nessa diferença, ela não vai mudar em nada a sua realidade hoje. A sua verdade é a sua lembrança, a da pessoa é a lembrança da pessoa e nem vc vai mudar o que ela lembra nem o contrario, não tem porque querer entender isso, foca no hoje, esse é o objetivo! E essa explicação que ele me deu me fez entender algo e desmistificar uma coisa que é tão simples e ao mesmo tempo tão complicada.

            Eu entendo meus amigos psicólogos, e de verdade, passarem anos estudando, darem palestras e escutarem algumas pessoas fazendo piadas da profissão deles. Ser psicólogo é uma profissão cruel. Eu conversando comigo e escrevendo alguns desses diálogos não consegui chegar a essa conclusão depois e escrever a quantidade imensa de textos que eu escrevi e reli e editei, sendo desses apenas dois ou três publicados aqui. Chega algum espertinho que acha que porque leu um ou dois textos sobre Freud entende de psicologia e pode te ajudar a resolver seus problemas. Escrevendo isso, acho que se eu tentasse fazer alguma terapia com um desses caras despreparados eu deixaria eles em estado não critico que eles teriam que procurar terapeutas especializados.

            Agora falando sobre minha oportunidade de sair de casa, gente o mundo está estranho do lado de fora, alguém mais que ficou em casa, e respeitou  essa quarentena percebendo isso? Porque tipo assim, eu respeitei, não só por ser do grupo de risco, a falta de grana, para o combustível, ser solteira, e mãe ajudam nessa decisão; mas também o medo de trazer o vírus pra casa, estou morando com meus pais e não quero colocar em risco a vida deles, muito menos a ada minha filha; tanto que por esse motivo ela não pode abraçar o pai já tem três meses. Ele mora em outro estado e não pode vir nos visitar para respeitar nosso isolamento. Mas as coisas lá fora estão esquisitas.

            As pessoas divulgam no Facebook que não aguentam mais essa quarentena, que precisam trabalhar porque as coisas estão faltando em casa, que não podem pagar os salários dos pais, que esta faltando gás em casa, e não tem ninguém pra por comida na mesa do pobre. Mas quando o governo e as coisas abrem não são os supermercados que lotam seus corredores com as pessoas brigando por um pacote de arroz como no aniversário do Guanabara no Rio de Janeiro. É o Shopping com pessoas fazendo compras para o dia dos Namorados!

            Pelo amor do mais sagrado do que você tem na sua vida! Pelo amor de Deus! Você não tem dinheiro? Ou não tem dinheiro pra pagar o funcionário? E as pergunta vai além, É a quarentena que você esta evitando ou a sua casa? Sua Família? Não temos mais para onde sair, então vamos manter os estados civis que estamos, (na melhor das hipóteses isso no caso de quem é comprometido), então quem pode sair aproveitou para ir gastar o pouco tostão que tinha pra comprar algo material para a pessoa que chama de namorado porque ainda nesse tempo todo de isolamento, não compreendeu que melhor que ter é ser!

            Até quando a humanidade vai se perder nessa vibração de achar que o material supera o espiritual. Estamos vivendo uma realidade onde uma grande parcela da humanidade se curva diante de um pequeno e minúsculo ser vivo capaz de matar em questão de horas e ainda não tem vacina nem cura. Então Eu termino o meu desabafo de hoje dizendo que sim, temos que ter consciência que precisamos do material para ter o que vestir, comer, onde morar, mas que nada disso importa ou tem relevância se quem estiver do nosso lado não for presente de coração.


quinta-feira, 11 de junho de 2020

11/06/2020

    Eu tenho uma pequena Marsha em casa, ela acorda as sete, pura no feijão de pilates da minha mãe depois de uma mamadeira de 300 ml ate as nove, sobe as escadas, fica brincando de pular na cama dos avos ate as dez e meia, desce e anda de bicicleta ate as onze e meia. Dou banho ela almoça e você acha que dorme? Sonha, ela senta na frente da televisão e fica prestando atenção em casa desenho, conversa com os personagens isso quando não resolve que quer companhia para assistir e não me deixa escrever. As três e meia perto das quatro da tarde ela me pede pra sair, quer passear pelo condomínio, ver os passarinhos. Volta, quer jantar, ver mais desenho e deita as oito e meia pra dormir. Só pega no sono as oito e meia ou nove horas depois de ligar para o pai.

    A questão é que ninguém me disse que essas poucas horas de sono era o que eu teria que dividir para recarregar a minha bateria, fazer minha leitura diária, minha orações, e ter um tempo pra mim. Ela tem três anos e sete meses. Posso me considerar uma mulher de sorte, por ser mãe solteira não preciso incluir nessa divisão ser mulher para nenhum homem, o que era bem difícil de considerar quando eu ainda me considerava esposa do pai dela (isso eu tenho que confessar). E também tem o tempo que ela esta vendo desenho que posso limpar a casa, quando tiver a nossa casa, e lavar roupas, e cuidar das nossas coisas...

    Nossa, sonho com nossas coisas! Desde que mudei para SP tenho dentro de mim o sonho e a vontade de ter minha casinha. Algo pequeno, com garagem e um quartinho com sala e cozinha tipo americana; sonho pequeno, nada ambicioso, coisa aconchegante, para nos duas podermos ter nosso espaço. Uma pia nossa com nossas coisinhas, tenho umas coisas que comprei nas vezes em que não resisti ao impulso de: "nossa isso eu quero ter na minha casa e se não comprar não vou achar em outro lugar! 
   
    Não sei se o que mais me atrai na ideia é a ideia de estar em lugar aconchegante pra chamar de meu ou estar em um lugar longe da vigilância contante de alguém que parece estar o tempo todo medindo meus movimentos. Que em tudo que eu escrevo ou posto que entender um significado oculto e acha que tudo que falo esta direcionado a agredir e ofender diretamente ela. Confesso que está bem difícil, mas estou conseguindo esfriar a cabeça e pensar direito a respeito. escrever aqui no computador esta me ajudando muito. Mesmo tendo que salvar no telefone pra depois fazer o upload esta sendo bom. até pra corrigir o erros de digitação o celular ajuda.

    Hoje foi um dia tranquilo, não discutimos, nem tivemos indiretas ou discussões até agora, e espero realmente que não tenhamos porque eu não estou com muita paciência. sexto dia de medicação e pra ajudar tomei o remédio quase na hora do almoço e não depois do cafe como deveria. Eu nem me lembro porque eu não tomei o remédio quando subi pra tomar café. Mas o medico avisou que eu iria ficar como humor instável por uns 14 à 20 dias, então não estou achando estranha e nem vou ficar procurando pelo em ovo. Não vejo a hora de o relógio marcar 20;30 apagar as luzes e poder apagar as luzes desligar os aparelhos e dizer pra minha filha hora de dormir!


quarta-feira, 10 de junho de 2020

Consegui Por Hoje 10/06/2020

10/06/2020

            Hoje foi mais um dia de inconstantes sentimentos de intolerância, pelos meus cálculos 5° dia de medicação psiquiátrica nova. Mais as medicações pra dormir e pra enxaqueca e para diabete e para dores nas costas e para relaxar a musculatura porque estou querendo forçar minha coluna a ficar sentada além do limite que minha lordose pode ficar. Acredito de verdade que estou forçando meu corpo além do limite para ver se minha mente desacelera para que meu cérebro possa trabalhar com cada ideia que vem na minha cabeça com um pouco mais de coerência e eu possa quem sabe escrever alguma coisa que tenha continuidade e possa ser acompanhado por pessoas como um livro ou uma novela.

            A proposta de escrever um diário que eu coloquei na minha cabecinha é apenas para me disciplinar a escrever sobre minha rotina e minhas ideias, ter o habito de redigir nem que seja apenas sobre isso todos os dias, com ou sem internet. Assim eu me policio para sempre puxar da minha cabeça alguma coisa dos pensamentos e deixar esse novelos confuso de varias cores de pensamentos emaranhados ligeiramente organizado, escrevendo o diário alguns dias vem inspiração para reler os rascunhos dar continuidade. Ou mesmo fazer parágrafos fazem a ligação, falam do mesmo assunto mas não se ligavam e do nada vem a inspiração de juntar os dois textos. Isso me aconteceu com um dos textos recentemente publicados no blog com a tag: Eu e Deus.

            Esses trechos eu geralmente vou escrevendo e na hora da revisão, quando vou salvar o texto eu percebo que o paragrafo não tem nada a ver com o texto geral que esta escrito, e ai eu recorto ele e salvo em um arquivo chamado recortes. Ai do nada eu estou escrevendo outro texto e me lembro de já ter escrito algo parecido e... Pronto, lá esta a ideia, entre os parágrafos dos recortes eu escrevi justamente o que eu preciso para aquele texto ficar incrível e transmitindo exatamente a ideia que eu quero que transmita. Para quem? Para mim mesma é obvio! Não estou preocupada com mais nada além da minha ideia que esta sendo discutida no meu pensamento, afinal se eu for me preocupar com isso vou ter que me preocupar com tanta coisa que vou desistir de digitar qualquer coisa e travar na primeira letra da indecisão de saber de quem ler o que esta escrito vai gostar ou não do que esta escrito.

            Esses escritos diários que eu comecei a publicar no meu blog e vou continuar postando nele, vou começar a postar em um aplicativo para escritores. Uma amiga indicou. Na verdade é um aplicativo para troca de escritos entre escritores amadores e profissionais. E como não tenho nada melhor pra fazer e não quero, nem posso fazer outra coisa nesse momento da minha vida resolvi me arriscar a deixar outras pessoas lerem o que eu escrevo e ver o que elas entendem do que estou escrevendo.

Dispenso comentários sobre erros de português e concordância. Erros de digitação e diagramação eu aceito sugestões; Mas resolvi publicar nesse aplicativo por dois motivos: 1° meus textos são muito longos no meu blog e não consigo fazer o upload deles com facilidade por infelizmente não ter uma internet de qualidade extraordinária; e 2° porque e gratuito e não doí saber que uma ou duas pessoas podem quem sabe algum dia nesse vasto mundo se interessar em ler sobre a rotina de uma pessoa que esteja na quarentena por causa do Covid e não aguenta mais falar de Covid... E lá vou eu falando de Covid, ai meu Deus!

Uma dica pra quem quer realmente entender o que eu estou escrevendo, releia em voz alta como se estivesse realmente conversando com Você mesmo, porque a maioria dos textos são conversas pessoais minhas comigo mesma sobre os mais diferentes assuntos nas mais diferentes situações, pelo menos nesses diários (vão ter outros formatos com outras tags), estou com a cabeça toda emaranhada e colorida se você leu tudo vai entender o que estou dizendo. E acho que com 39 anos estou desenvolvendo TOC de pensamentos e querendo de uma forma meio que doida separar por cores esses pensamentos, já que tentei por assunto e não deu muito certo, eles se mesclam como aquelas linhas de crochê que lançaram que começam brancas passam para o rosa claro, depois vai ficando vermelha, roxa, lilás, roxa de novo, rosa, branca, ai vc acha que a sequencia do próximo novelo vai ser a mesma e descobre que do vermelho passa pro rosa e depois lilás...

Respostas

Terminei o ultimo posto fazendo uma provocação e perguntas bobas, porque nem eu sei dizer, acho que estava já de saco cheio de tanto escrever sem acesso a internet que bom, eu devia ter apagado o último paragrafo antes de postar o texto quando tive a oportunidade de colocar no blog, mas me faria parecer preocupada com o que estou pensando sobre o que estou escrevendo, o que de verdade faz um pouco de sentido, mas no fundo não é a minha principal preocupação. Esse projeto é na verdade uma busca pessoa de desconstrução da opinião dos outros sobre minha própria opinião. Minha relação com Deus é minha, é pessoal, única e intransferível. Ela não depende da minha filha, da minha mãe, dos meu pai, dos meus irmãos nem de mais ninguém. Mas ela passa por todas essas pessoas e quanto mais próximas de mim mais elas interferem na minha relação com Deus e isso é muito louco e me deixa muito confusa.

Esse projeto é uma buscar para tentar entender essa construção, essa relação pessoal minha com Deus. Que é pessoal, única e intransferível. E as perguntas eu escrevi porque eu fiz a mim mesma, e algumas delas eu não sei responder. Outras eu sei responder de imediato e não gosto da respostas imediatas que me ocorrem. E bom vou começar por responder então cada uma delas.

Estar mais perto de Deus depende de mais alguém além de mim?

Não, Basta eu querer estar mais perto de Deus que Ele esta onde se possa encontrar, eu não sei ainda citar em quais versículos bíblicos isso esta escrito, mas já vi isso escrito em algumas passagens bíblicas, em algumas citações da bíblias durantes pregações em cultos que fui, e até alguns louvores fazem a menção desse fato. E claro que eu não tenho duvidas disso.

Eu quero isso? Como eu quero fazer isso?

Sim, e duas perguntas se complementam e devem ser respondidas juntas, então quero fazer compreendendo a ele em todas as coisas, sentindo a sua presença nas coisas que me cercam, afinal ele criou todas as coisas, e tudo coopera para o nosso bem. Deus é bom em tudo que faz. Eu não sei explicar, mas tenho dentro de mim algo desde sempre, Deus é bom. Nada que seja bom vai querer que eu faça o mal para estar mais perto dele, isso pra mim inclui não estar em um lugar onde não posso conversar com outro ser humano porque ele gosta de fazer coisas que de acordo com meus costumes o afastam da presença de Deus. O Deus que eu sinto vivo dentro de mim me diz que tenho que mostrar pra essa pessoa que ela também pode sentir esse Deus dentro dela e não me manter distante por ela estar em falta ou fala com Deus.

.

Quem Deus já pois no meu caminho para me ajudar e eu ainda nem tinha percebido?

Cada pessoa que já te fez clamar a Deus seja em um momento de angustia, dor ou felicidade. Mesmo que tenha sido sem Você perceber Deus se fez presente. Talvez tenha tido ao seu lado alguém para te dizer que esta a blasfemar e chamar o nome de Deus em vão. Mas que pense no assunto e se pergunte se não fosse o nome de Deus na sua boca naquela hora que outro nome seria?

Como eu posso perceber um pouco mais as coisas de Deus?

Eu consegui isso Exercitando mais a minha empatia. Colocando-me no lugar da outra pessoa. Não é fácil. É um exercício complicado de fazer, falar dele é fácil demais. Nossa vamos falar horas a fio sobre como deve ser a vida de quem mora na rua de sem banho e sem comida, ouvindo o barulho dos carros passando, as pessoas andando apressadas com seus afazeres, algumas se alimentando com seus fones de ouvido, às vezes até ouvindo louvores a Deus, caminhando nas calçadas sem sapatos, roupas puídas e sujas, cheiros fortes que já nem incomodam porque já faz tanto tempo que não toma banho que não dá pra saber o que é sujeira o que é casca de machucado; essa pessoa recebe de uma pessoa um pedaço de lanche, mas mesmo estando com o estomago doendo de fome divide o seu pedaço de lanche com o cachorro com que perambula pelas ruas. Quem tem mais empatia? Eu não fui ser moradora de rua pra praticar a empatia! Mas percebi que não deveria dar o pedaço de lanche, mas ajudar a tirar a tirar a pessoa e o cachorro daquela condição.

Claro que não podemos resolver tudo, os problemas sociais incomodam, e quando começamos a praticar a empatia descobrimos que doí, e doí demais As chagas sociais se tornam feridas que demoram pra gente perceber que podemos fazer pouco e demora mais ainda pra entender que o pouco que podemos fazer nos nossos pequenos mundinhos particular. Sabe aquele efeito onda? Você movimenta um pouquinho dentro do seu pequeno mundinho e cada um faz o seu mundinho e de mundinho em mundinho quem sabe a gente consegue um movimento um pouco mais forte e cresce e cada vez mais forte se torne uma onda maior e cada vez maior... E quem sabe a empatia se torne um dia forte o suficiente pra que seja necessário se curar as chagas que verdadeiramente precisam ser curadas. Mas voltando as respostas das perguntas

Deus é mesmo capaz de perdoar todos os meus pecados?

Sim, porque até quando pecamos estamos aprendendo e ensinando as pessoas que estão envolvidas na situação o que precisa ser aprendido. O pecado é o resultado de um sequencia de escolhas erradas. Podemos colher o resultado e aprender a fazer novas escolhas, e isso é o que Deus nos dá o perdão. A oportunidade de fazer novas escolhas. Mas não nos tira a responsabilidade de colher os resultados das escolhas que já fizemos, sejam elas boas ou não.

O que eu fiz para Deus me punir tanto? Tudo que acontece de ruim é punição?

Deus não é punitivo, como disse em várias respostas anteriores, o Deus que eu acredito é bom, justo, é amor. As coisas ruins são resultados das escolhas que fizemos, é nossa responsabilidade. Então sim eu me sinto punida por ter escolhido por ter feito certas escolhas na vida; mas não me arrependo de nenhuma delas. Cada escolha por pior que tenha sido me tornaram a mulher que eu sou hoje, uma mãe, não totalmente realizada, não completamente dona de mim, e longe de conhecer o que quer para o futuro, mas orgulhosa da filha que esta começando a orientar nesse mundo selvagem e cruel e consegue amar os passarinhos e admirar o verde das flores e se empolgar com o barulho da chuva.

Acredito que se meu psiquiatra ler meus posts vai pedir minha internação, ou reavaliar meu diagnostico, talvez eu deva parar de publicar tudo que eu escrevo? Mais se eu parar qual vai ser o sentido de escrever? Bom vou encarar com mais uma linha do novelo de sentimentos que eu comecei a soltar, e la vamos nós salvar no celular e ir para algum lugar com rede pra publicar texto fresquinho...

Bjus de Luz


Eu e Deus

Isso é um projeto antigo que tenho em meu coração e eu de verdade não sei se terei forças pra dar continuidade, porque como já comecei outras vezes e não tive forças pra continuar essa pode ser mais uma, apenas uma pouco mais delineada. A verdade das outras vezes não tomou forma nem chegou a ocupar espaço de memoria na tela de um computador. Eu resolvi começar, estou em um momento difícil da minha vida, precisando mais de Deus e em tempos de pandemia não posso ir a uma igreja buscar fazer a obra, ou melhor não me sinto a vontade frequentando a nenhuma igreja por conta da facilidade das pessoas em julgar o comportamento alheio sem oferecer amor e perdão. A incapacidade de ser cristão e a lotação das igrejas hoje em dia são coisas incompatíveis no meu pensamento e na minha forma de ver, mas quem sou eu pra julgar. Isso é justamente o que me afasta da convivência com esses grupos religiosos.

Mas o que vou começar a postar aqui no blog são algumas reflexões minhas sobre alguns louvores e musicas que escuto nos rádios, e também nos meus arquivos pessoais quando estou escrevendo, tanto aqui no isolamento do quarto onde resolvi me isolar sem internet como no spotify do carro quando vou as aulas de pilates e ao psicólogo duas vezes na semana. Reflexões pessoais sobre coisas que me ocorrem no meu pensamento e eu quero poder dividir com qualquer pessoa que queira ler alguma coisa diferente das noticias de sempre e das coisas que se diz o tempo todo sobre Corona vírus, Violência, vida dos outros, auto ajuda, problemas, racismo.

O nome do meu blog eu escolhi há alguns anos atrás, segredos do amor em inglês, eu achei conveniente na época, porque eu de alguma forma sabia que o os segredos do amor vão muito além do amor entre duas pessoas no termo casal. Mesmo naquela época eu afirmando categoricamente que não queria ser mãe. Eu definitivamente não queria colocar no mundo uma criatura indefesa, para orientar e guiar nessa selva que é a humanidade, com pessoas cruéis que não sabem o poder da empatia nem o significado da palavra cuidado. Eu era mãe de bicho com muito orgulho. E achava que o segredo do amor era dominar a arte de fazer sexo!

Quanta ingenuidade. Descobri algumas semanas depois que o amor ia muito, além disso, quando me vi amando virtualmente de verdade pela primeira vez. E não era um amor do tipo que se faz novela e se conta filmes. Era simples, do tipo que se dá risada e se brinca. Fala-se de Deus e se discute sobre fé, se questionando sem tentar mudar o que se acredita. Como a vida dá voltas, a convivência com essa pessoa me fez perceber o quanto eu estava deixando a vida passar, e que valia sim a pena colocar alguém nessa selva; porque essa selva ficava mais tolerável com pessoas como ela, como eu, como a pessoa que eu colocasse no mundo e poderia ensinar a ser. Eu conheci uma pessoa que me fez acreditar ser realmente possível ser mãe, e acreditando no impossível e tive fé e acreditei.

Hoje sou mãe. Em outro momento escrevo um texto sobre minha gestação, porque nesse momento da minha vida minha filha, um empréstimo que Deus me fez tem três anos e sete meses de vida e me pergunta: mãe porque o sol se esconde quando esta chovendo?  Eu fico boba e cheia de orgulho e encantada com cada descoberta e conquista dela, mas principalmente com cada sorriso e cada beleza que ela me faz ver, porque nesse momento de pandemia é muito difícil ver coisas boas e belas e ter uma criança em casa fazendo suas descobertas e dividindo suas conquistas com você é algo tão magnifico que não tenho palavras pra agradecer a Deus por isso.

Eu tenho lido a bíblia diariamente, na verdade tentado ler diariamente, mas não consigo, tem dias que simplesmente deito pra colocar a filha para dormir e adormeço praticamente ao mesmo tempo. E diferente do que eu esperava que iria acontecer, quanto mais eu leio a bíblia mais certeza eu tenho de que estou no caminho certo em não ter escolhido nenhuma igreja pra fazer o batismo das aguas e estar congregando. Eu sei, muita gente que ler isso (falou a escritora de dezenas de leitores – Como se esse texto fosse passar de 3) vai pensar que eu estou lendo uma versão mal traduzida da bíblia. Calma eu já explico, eu ainda estou em Genesis. Pode ser isso? Não sei, essa certeza vem do meu coração. Estou lendo na ordem e seguindo uma orientação que vem na própria bíblia como uma orientação pra quem quer ler a bíblia toda em um ano. Claro que eu não vou terminar em um ano porque não estou lendo todos os dias, mas quando leio, leio todos os capítulos indicados, então. O fato é que só com o que eu li eu já coloquei objeções em quatro pregações de quatro diferentes pastores em podcasts que eu tinha salvo no meu spotify e fui conferir na bíblia pra ter certeza que eu não estava questionando por implicância boba minha. O pai da minha filha sempre me achou implicante.

 Deixe-me esclarecer dos podcasts que e encontrei objeções e fui procurar na bíblia quantas delas tinhas fundamentos. Tinham. Infelizmente eu sou uma pessoa que quando encontra um erro descarta a que esta errada e parte pra próxima, então se me perguntarem quem são os pastores eu não me lembro, mais uma delas o pastor falou algo sobre Ismael e Isac terem Idades próximas sendo que na bíblia é clara a diferença de quinze anos entre o nascimento de um pro outro e eu li essa parte. Na outra fala sobre Esaú trocar sua primogenitura por um prato de ervilhas e depois brigar por ela, e na verdade ele Jura o irmão de morte pela benção e não pela primogenitura. Tudo bem que são pequenas palavras e isso pode ser implicância minha, mas isso muda o entendimento geral das coisas se formos considerar todo o contexto da situação. Então sim sou implicante e por isso prefiro ficar com minha implicância fora da igreja e sem dar motivos pra ninguém cometer o pecado de ficar me julgando nem eu julgar ninguém.

Faço minhas orações e permaneço sendo igreja para Deus fazer uso de mim e da minha vida para os outros. Eu busco viver minha vida com Deus no meu intimo e na minha atitude positiva, que eu confesso esta bem difícil de manter com toda essa pandemia e essa tensão crescente que tenho vivido ultimamente, mas tenho tentado a todo custo manter. Não muito por mim eu confesso mais pela preciosa vida que é minha responsabilidade orientar e manter no caminho reto do amor e do temor a Deus, ensinar a ter empatia e amor ao próximo, respeitar e perdoar os inimigos e acima de tudo que ser amiga é mais que estar perto, mais se importar com as pessoas. Essa pandemia esta sendo bem difícil pra mim, estava passando por um processo de recuperação de uma separação, readaptação e recomeço de vida quando tive que parar todos os planos e projetos. E tudo continua parado sem nenhuma perspectiva de recomeço. Pior a perspectiva pra se recomeçar não é boa.

Então o sorriso da minha filha, as conquistas dela e ver que apesar de tudo isso eu consigo a fazer acordar com os olhos brilhando e cheios de expectativas pra me dizer que vai ver se o sol veio pra gente poder ir ver os passarinhos que nasceram no parquinho hoje me deixa muito emocionada e boba. E que mesmo doendo cada fibra muscular e cada fio de cabelo eu saio da minha cama e me coloco de pé para poder ouvir indiretas por ser uma filha de 39 anos que ainda mora com a mãe e não tem condições financeiras nenhuma de se manter e precisa do suor e do trabalho de um pai idoso pra se manter financeiramente. A dor física um relaxante com analgésico resolve, a diabete a insulina abaixa ou as toneladas de remédios ajudam a controlar com a dieta sem carboidratos e sem açúcar, em breve eu opero e isso vai deixar de ser o problema (espero que antes de detonar meus rins). A pior dor é a da alma.

Não sei se algum de vocês já ouviu a frase: nossa você não confia em Deus? Porque esta assim? Juro que tenho vontade de voar no pescoço de quem diz isso e esganar. Quem pensa assim tem que entender duas coisas, a primeira você tem mais fé que eu para falar uma coisa dessas para mim, a segunda confiar em Deus não é sinônimo de não ter problema nenhum? Existem problemas que são psicológicos e outros que são da cabeça e outros que são fruto da imaginação mais todos são problemas e todos eles atingem as pessoas elas acreditando ou não em Deus. Acreditar em Deus não transforma ninguém em uma pessoa diferente. Praticar o amor no exemplo de Jesus Cristo, ser Cristão pode trazer uma transformação de conduta e a salvação da alma, mas isso é assunto pra quem estuda teologia e eu não quero abrir discussão sobre.

O que eu quero que fiquei na confusão da sua cabeça que leu até aqui é: estar mais perto de Deus depende de mais alguém além de mim? Eu quero isso? Como eu quero fazer isso? Quem Deus já pois no meu caminho para me ajudar e eu ainda nem tinha percebido? Como eu posso perceber um pouco mais as coisas de Deus? Deus é mesmo capaz de perdoar todos os meus pecados? O que eu fiz para Deus me punir tanto? Tudo que acontece de ruim é punição?

Se alguma dessas perguntas te fez rir ou te deixou indignado pode procurar o próximo post com a tag: Eu e Deus. Te espero lá?

Beijos de Luz

 

 

 

 

 


terça-feira, 9 de junho de 2020

Quem sabe eu consigo diariamente postar um... 09/06/2020

09/06/2020

Eu me sinto perdida nas minhas próprias memorias. Não sei mais o que é realidade ou o que é imaginação minha. Fico confusa sobre o que eu realmente vivi e o que eu acho que aconteceu e eu acredito que pode ter acontecido,  minha imaginação me fez  ver algo que não aconteceu realmente. Não ter alguém em quem eu possa acreditar e confiar que as memorias sejam imparciais e livre de intenções manipuladoras é tão sufocante! Eu queria que minha mente fosse uma grande biblioteca, igual àquela que vemos no seriado Magicians no Globo Play. A nossa mente poderia ser uma biblioteca daquelas, toda organizada e magicamente acessível por palavras chaves na busca. Os livros redigidos por magia conforme as situações fossem sendo vividas. E facilmente de serem consultadas quando fosse necessário consultar determinada situação que possa estar influenciando algo que esta acontecendo atualmente e que com certeza esta sendo uma sequencia de algo que começou lá no passado em uma memoria que cada pessoa tem sua própria versão vivida. Mas em algum lugar existe o que realmente aconteceu, e eu queria muito que isso pudesse ser lembrado .

A Imaginação não ajuda nas lacunas da memoria, cada vez que tento acessar são preenchidas por essa intrometida fértil e cheia de ideias. Então comecei a colocar essas ideias por escrito. Resultados? Dezenas de rascunhos, entre eles esse, para poder quem sabe em algum momento achar o sentido ou um nexo que faça algum sentido e faça alguma peça ser encaixada e minha memoria inacessível se tornar nítida. É claramente algo que meu consciente tornou esquecido e mandou para o fundo do lodo do esquecimento, no mais distante e protegido recanto do meu ser, porque por mais que eu tente, não consigo acessar essa parte da minha memoria, e junto com ela foram removidas outras partes da minha adolescência e infância, partes que me fazem falta.

Seria tão emocionante descobrir que somos uma filial de Matrix e que estamos todos dentro de um eterno revival e que as emoções que me corroem e me deixam nessa angustia de não saber se vou sair desse redemoinho de sentimentos inexplicáveis, no qual me afogo sem estar dentro da agua, mais ao mesmo tempo não consigo ar pra respirar, e do nada vou ser contatada por uma pessoa, ou ser que me identificou e sabe que posso ajudar a desmontar esse esquema, sair desse ciclo e por isso me sinto tão incomodada. Talvez eu nem seja desse planeta.  Mas isso esta me parecendo mais uma doença psiquiátrica que precisa de tratamento, e esse período de quarentena forçada por essa pandemia só piora as condições psiquiátricas de quem vive esses tormentos psicológicos que eu descrevo.

A verdade é que reconhecer a necessidade de tratamento só torna a isso mais real, mas não menos grave, e eu não tenho nenhuma doença diagnosticada, apenas uma imaginação fértil e muita fome de conhecimento e vasto acesso informações sobre muitas coisas, principalmente em assuntos médicos. Adoro ficar pensando e conversando comigo mesma e meus personagens internos sobre as minhas próprias considerações, e recentemente resolvi escrever sobre isso. Talvez se você esta lendo eu tenha resolvido publicar, eu tenho um blog, onde eu eventualmente publico algumas coisas, mas não escrevo com essa intenção. O que quero é tirar da minha mente esse redemoinho de ideias mirabolantes que me confunde e tentar acessar minhas próprias memorias sobre como realmente aconteceu minha infância e adolescência

Porque de alguma forma algo que acontecia ou aconteceu durante esse período foi constante e apagado da minha memoria por mim mesma por algum motivo e de alguma forma levou também sentimentos e emoções importantes. Não faz sentido eu não ter memorias da minha infância que todos lembram como ter sido tão boa e privilegiada. Eu escuto minha mãe falando que tive vários privilégios e muitas oportunidades... Mas minha cabeça insiste em me fazer lembrar os momentos em que cada uma dessas oportunidades me foi tirada porque outra pessoa falou ou a fez acreditar em alguma coisa sobre mim que nas primeiras vezes era mentira e apesar de que a mentira tem perna curta quem acreditou nelas não foi capaz de pedir desculpas e as oportunidades tiradas não podem ser devolvidas. Mas hoje essas oportunidades me são cobradas como se eu as tivesse desperdiçado e feito pouco caso delas.

Hoje com 40 anos, 39 na verdade, estou novamente morando na casa da mamãe. Com uma filha de três anos e sete meses. Passei pelo meu segundo casamento, que não foram casamentos, porque nenhum dos dois casou realmente comigo, apenas juntamos os trapos como se dizia antigamente. E frustrada faço tratamento de depressão e não tenho nenhuma vontade de viver nesse mundo cruel. Se você me perguntar por que eu coloquei uma criança nesse mundo eu não sei te responder. Mas ainda tenho fé que Deus sabe o que fez quando me emprestou essa criança pra ser minha filha. Porque ela ainda é capaz de me fazer ficar com os olhos molhados e sorrir só com a lembrança do sorriso dela. E é por ela que estou escrevendo essas linhas. Para tentar organizar meus sentimentos e emoções. Quem sabe conseguindo expressar aqui eu consigo deixar alguém ler e entender o que e como me sinto pra tentar me ajudar.

Certa vez conversando com minha irmã veio à mesa uma historia sobre ela e meu irmão me verem como a mimada e protegida do meu pai, enquanto que eu os via como os protegidos da minha mãe. E começamos a falar sobre como víamos nossas realidade de formas diferentes, e percebemos que na verdade víamos a mesma realidade e vivíamos a mesma realidade de diferentes pontos de vista, mas éramos as crianças, e essa consciência nos calou, nos deixou mudas, ou não estou lembrando direito. Eu já não consigo confiar nas minhas memorias recentes porque tenho tomado remédio para dormir porque tenho vivido em uma tensão tão intensa por causa dessa pandemia que acho que no dia que isso tudo acabar vou achar descobrir como deve ser  flutuar de tão leve que vou me sentir. Será que sou a única que me sinto assim?

Complicado, eu escrevendo aqui em um computador sem internet, conversando com uma maquina que do nada sem aviso se desliga, mas que é minha. Acreditando que isso pode me ajudar a colocar ordem em uma cabeça cheia de caos e hormônios e tensão e angustia e medo e aflição e desespero e gente... Eu não tenho como descrever o que estou sentindo em palavras e de que adianta descrever o que estou sentindo? Porque me refugio nas palavras?

Porque me sinto tão segura escrevendo? Desde que me entendo por gente me sinto muito mais a vontade com as palavras do que em falar sobre meus sentimentos. Sempre me orgulhei de escrever, e sempre gostei muito de escrever sobre coisas que senti. Parei de ser critica sobre o que eu escrevia quando parei de esperar que os outros gostem do que eu escrevo. Quando passei a escrever para fazer sentido pra mim o que eu estava escrevendo eu parei de me julgar e me cobrar o perfeito uso de concordância e regência e rimas e combinação de palavras e o uso de poesia e musicalidade das palavras... as vezes eu consigo isso por inspiração de ideias, mas não porque  quero que isso aconteça e fico reescrevendo alguma ideia ate que a frase perfeita me acorra e eu consiga do jeito que eu quero.

Conheci uma pessoa na internet, na verdade na minha buscar por equilíbrio emocional, sei que preciso equilibrar minha energia, e a energia do ambiente que eu vivo faz parte disso. Não posso mudar o meu ambiente, não tenho condições financeiras pra isso e provavelmente não terei tão cedo, já que o caminho que eu escolhi quando desisti da Radiologia foi o ramo de estética e Manicura e por ser diabética não posso voltar a fazer os atendimentos (por opção -     Já que sou abençoada por poder fazer essa escolha) ate que o risco de contaminação passe. Bom nessa busca eu conheci uma pessoa que trabalha com Jamapalas e pedras de organites. Ela me vendeu um Kit de reequilíbrio e tratamento de equilíbrio energético, mais o mais importante, eu consegui falar pra ela algo que me fez perceber que eu precisava fazer algo diferente, e por isso que estou aqui escrevendo hoje.

Foi depois de conversar com essa pessoa que eu percebi uma coisa, eu não consigo acessar minha memoria porque ela me dá medo. Eu tenho medo do que ela pode me fazer lembrar, sentir. Do que eu esqueci, será que vale a pena ter de volta, será que eu não esqueci porque era preciso pra não perder o pouco de vontade de viver que eu tenho, porque mexer nisso? Eu não estou lá muito empolgada com a vida mais isso não quer disser que quero morrer, por outro lado será que essa memoria não vai me fazer querer a morte como companhia? Porque estou querendo buscar essa memoria, se eu a esqueci é por um bom motivo; eu não me faria mal, e pensando pelo lado Gisella de ser, impossível que eu tenha esquecido as coisas que esqueci por algum motivo ruim. O melhor é deixar isso onde esta e não lembrar, emocionalmente não estou em um momento que mexer em memorias que me abalem mais ainda emocionalmente seja uma boa ideia.

Mas o incomodo de não ter essas lembranças e ser constantemente cobrada por elas me deixa tão chateada, me faz tão frustrada como pessoa. Hoje me perguntei se o meu problema de relacionamento com minha mãe não tem uma origem no meu subconsciente que tem memorizado problemas da minha mãe com a mãe dela quando eu tinha quase a mesma idade que minha filha tem hoje. Esse incomodo me fez pensar em outras perguntas sobre a minha infância que eu também percebi que não tenho as respostas e eu percebi que o buraco da minha memoria nesse período da minha vida é bem maior que o período que eu imaginava. Mas é comprovado que a memoria só se desenvolve a partir de certa idade da criança, no entanto minha filha fala coisas pra mim que eu sei e mais ninguém teria como saber que ela só ouviu quando era muito mais nova. Conversas de pé de ouvido.

Eu realmente não sei se essas peças que faltam vão vir a minha mente em sonhos ou em lembranças pra mim com algum dejavu; se isso é algo que precisa vir a tona pra me curar de alguma ferida emocional mal curada que precisa ser tratada com urgência antes que leve a amputação de algo vital, mas posso dizer que está doendo pensar na dor que isso pode causar. Não sei explicar porque as peças que faltam podem provocar dor, não sei porque essa expectativa de que vai doer me faz mal, não sei se é um problema meu que me faz sentir dessa forma, mais é algo que me faz ter a certeza de que algo não é bom e não vai ser bom e que vai doer e vai doer muito em muitas pessoas, ou vai doer tanto em mim que vou machucar muitas pessoas, eu não sei, mais sabe aquela sensação de que você  começou a movimentar uma coisa e essa coisa entrou em um movimento de reação em cadeia e não tem como ser interrompido? Pois é. Essa a sensação que eu durmo e acordo todos os dias desde que me determinei a reequilibrar minhas energias e ser uma pessoa melhor para mim, para minha filha, para as pessoas que eu amo e porque nao para o mundo.


 


segunda-feira, 8 de junho de 2020

Humanidade

    Você já parou pra pensar que somos átomos de carbono em uma organização tão perfeita que formamos uma ser complexo que resultou no que somos: HUMANOS!
    E nos juntamos em grupos, porque de alguma forma essa organização que formamos de sistemas faz com que tenhamos essa necessidade e em grupos com diferentes tipos de organizações, com diferentes entendimentos sobre o que o outro grupo é, o que o outro grupo acredita, o que o outro grupo pensa ou o que come, como se reproduz. Mas de alguma forma a evolução esta trazendo o caos pra essa organização complexa. e o que trouxe esse caos?Algo pouco maior que um átomo! Um Vírus! 
    Isso me faz pensar na Lei de |Darwin que lembro pouco sinceramente. lembro do básico que realmente aprendi e não decorei: sobrevive o mais forte. E quem é o mais forte? O que tem mais músculos? Não Os jornais já noticiaram mortes de jovens saudáveis que não tinha nenhum problema anterior de saúde e vieram a óbito por doenças provocadas por esse vírus e outros idosos com diferentes doenças cronicas que superaram as doenças provocadas por esse vírus e saíram dos hospitais para abraçarem seus familiares. Então o que esta sendo o ponto chave dessa seleção?
     Casualidade? Não. Eu sei? Não. Alguém Sabe? Não Sei. Podem ser que venham descobrir uma  cura? Pode ser que sim. Mas alguém que tem a minha idade, e não tenho vergonha de falar, trinta e nove, já percebeu algumas semelhanças desse coronavírus com o vírus do HIV? por exemplo, (eu não estou aqui dizendo que se transmite desse jeito), mas quem tem a minha idade deve lembrar que na época, não haviam tanta rapidez na troca de informações e muitas "fake" da época sobre se transmitir a doença em aperto de mão, pelo suor, e outros absurdos foi motivo de panico. O HIV ainda é uma Pandemia. A principal diferença é que aprendemos como humanidade a conviver com ele. Através da informação.
    Se um psiquiatra ler esse post, ou se alguém ler isso provavelmente vai pensar que sou maluca, mas que tal aprendermos a lavar as mãos; era algo simples que se podia ser feito antes pra não pegar HIV se você cumprimentasse  ao acaso quem tinha o HIV e vc não soubesse antes mesmo de por a mão no rosto! A minha pergunta é: a humanidade ainda não aprendeu a lavar as mãos? O que esta acontecendo com o básico da higiene? Porque coisas básicas como lavar as mãos e manter a distância é tão absurdo de ser mantido? Mas isso é assunto pra outro post... vou ficando por aqui rsrsrsrs

sábado, 6 de junho de 2020

Coragem 2020 Começou rsrsrsrs

 Como é dificil amar e ser amado. Não falo apenas do amor entre homem e mulher, falo do amor entre seres humanos. As vezes tenho a impressão de que esse sentinento não existe entre nós, não consigo entender porque pessoas fazem para os outros coisas que elas sabem, que se fossem feitas com elas, elas seriam verdadeiramente magoadas. É incrivel a capacidade egoista que se instalou entre as pessoas; se você não faz parte do meu ciclo de amigos eu não te devo respeito! É isso que a atitude de muitas pessoas me transmite.    Atualmente duvido até do amor de mae pra filha e vice e versa. Talvez seja um problema meu, talvez seja uma impressão que tenho onde eu vivo e seja eu que receba dessa forma a atitude de algumas pessoas, não sei, posso estar enganada e realmente quero estar, mas me parece que o ser humano perdeu a capacidade de ver a outra pessoa como um semelheante.
 Talvez  se fosse em outro país outro planeta? Outro universo? Não acho que seja isso, seres humanos são seres humanos em qualquer parte do mundo e não importa a raça, cor ou origem viemos do mesmo lugar e vamos para o mesmo lugar, indepentente de território. Então eu me perguntei: somos realmente capazes de mudar ou seremos eternamente falhos, egoistas, imaturos e incenssatos? Será que desde o começo dos tempos estamos destinados a repetir erros que nos trazem coisas ruins?  Causar sofrimento a outras pessoas apenas porque não a conhecemos? Porque não falamos a lingua dela, temos uma cor de pele diferente e etc...? Acredito e me esforço pela fé em Cristo para continuar acreditando que mudando um pouco a minha maneira de agir e pensar posso mostrar aos outros como é belo saber amar, deitar a cabeça no travesseiro a noite e dormir em paz, sem culpa, e se a culpa vem peço perdão a Deus e depois a quem possa ter magoado. Mas depois de algum tempo percebi que muitos não querem ouvir, sentir, sonhar, e as vezes durmo chorando.
 É triste ver pessoas a minha volta se alimentando e alimentando a alma do sofrimento alheio. Recebendo os conselhos e as conversas como agressão. Dar preferência a cuidar e orientar a vida dos outros à parar e observar a propria vida. Tentar o tempo todo consertar a vida dos outros sem se dar conta de que a própria vida precisa de conserto. E quando alguém tenta ajudar, se afender e agredir essa pessoa. Afastar e machucar a pessoa só por ela querer ajudar naquilo que doi porque naquilo  que ta doendo a pessoa nao quer mexer. Nao quer olhar. 
  Eu mesma, assumo, ja fiz isso por muito tempo, não queria ver meus erros e achava que todos estavam sempre arrumando uma forma de me atingir. Tinha ciúmes dos meus irmãos com minha mãe, tinha raiva dos parentes da minha mãe que eu achava que estavam sempre explorando ela enquanto eu fazia a mesma coisa! Hoje pensando nisso dou risada de mim mesma, e sei que demorei bastante para enxergar meus erros e que mesmo assim não consegui ainda superar todos (nem sei se um dia vou conseguir. Tem erros que nem consigo aceitar que sao errados) e ver tudo de outra forma, mas estou tentando, e penso que posso sempre progredir. 
 Encontrei paz, amor e felicidade, tento sempre compartilhar o que descobri, que posso ser capaz de ser amada, ser feliz, e ter paz, e assim como eu posso todos também podem. Sei que esse processo é doloroso e difícil, mas sei tambem que a recompença vale a pena, não me arrependo de ter mudado, e sinto que me tornei melhor, mais viva (não nesse tempo de  quarentena, porque vamos combinar essa onda  veio pra fazer ate psicologos procurarem por terapeutas), apenas gostaria de compartilhar com mais pessoas minha experiência e quem sabe encontrar outras pessoas que como eu passaram ou estão passando por esse processo. Isso é um desabafo, feito há anos. Arquivado. Relido agora em tempos de Covid 19. Me fez tão bem reler. Me pareceu tão atual mesmo a realidade que estou vivendo ser totalmente diferente que me deu animo pra voltar meu blog... vou voltar... com novos textos... alguns ja escritos e arquivados aqui como esse que corrigi e acrescentei. Mas vou voltar.