domingo, 26 de dezembro de 2021

E lá se vai mais um natal, e agora mais uma variante dessa pandemia...

    Hoje escrevendo uma carta para minha tia que mora fora do Brasil eu me inspirei e percebi que tem um tema que eu sempre penso em escrever e não consigo escrever e sempre me perco nas ideias que esse tema me faz pensar quando começo a escrever. Quando eu escrevi no começo da pandemia aqui no blog eu falei sobre a semelhança daquele começo de pandemia com algo que estudei ainda na minha juventude sobre uma pandemia que aconteceu na época do meu nascimento. A pandemia de HIV que por mais que já não se fale no assunto ainda é uma pandemia mundial.

    Por mais que esse tema seja algo desagradavel de se falar, e traga muitos outros assuntos ele precisa ser levantado. Eu não sou uma critica de nenhum dos assuntos que abordo, porque não sou especialista em nenhum e deixo abertura aqui no blog e também nos canais onde publico meus textos para comentários respeitosos que possam trazer e ascresentar conhecimento e luz aos temas, eu realmente me interesso em saber se sou a única que percebo o quanto essas duas pandemias trouzeram mudanças nos habitos/rotinas sociais e familiares em torno do mundo. Porque voltei a assistir jornais abertos, e varios canais (se poupem de criticas a alguma rede televisiva), uso fontes de televisão, confirmo com fontes de informação na internet e claro converso com outras pessoas, e sim meu circulo de pessoas que também se informam de diferentes fontes jornalisticas confiáveis.

    Tenho uma opnião politica baseada na minha educação, tanto familiar como educacional, cursei meu ensino médio em um colégio particular em SP e graças ao suor e sacrifício dos meus pais eu e meus irmão tivemos o privilégio de ter acesso a uma educação com conhecimentos e acesso a professores que estimularam em nós o pensamento critico e a capacidade de dicernimento e raciocinio. Então sim eu tenho um posicionamento politico que me faz questionar de onde vem a cultura de fakenews, e porque as pessoas se alimentam das mentiras para sustentar o ego que as mantém no conforto das suas próprias infelicidades.  E de verdade eu não encontro resposta pra isso. Mais isso já não me deixa revoltada. Apenas consternada de ver o quanto as pessoas são capazes de se enganas em suas próprias mentiras para sustentar as próprias ilusões. E penso muitas vezes eu já fui iludida, e só Deus sabe em que aspectos ainda estou me iludindo. 

    Eu vejo que mudei nessa pandemia,  não sei se foi o conhecimento e as ferramentas emocionais que aprendi e desenvolvi durante esse periodo porque busquei me instruir, quando não pude pagar busquei as ferramentas gratuitas as quais eu tive acesso e fiz o meu melhor uso delas, e com esse uso consegui encontrar e desenvolver em mim força para trabalhar condições que me permitiram investir m e adquirir cursos que me ajudam a desenvolver novas ferramentas e cursos que me ajudam e a cada dia eu me aperfeiçoo mais em ser eu mesma. Só sei dizer que todo esse aprendizado me faz sentir que o mundo passou por uma transição tão transformadora com uma sutileza tão dolorida que fica dificil perceber como pode ser tão transformadora sem falar de perdas, ou sentir revolta pelas escolhas politicas erradas, ou mesmo as escolhas pessoais erradas de cada pessoa. Posso dizer com certesa que o mundo não será mais o mesmo, assim como não foi mais o mesmo depois de anunciada oficialmente a pandemia de HIV.

    Me corrijam por favor se eu estiver errada, mais depois de declarada a pandemia as pessoas passaram perceber q necessidade de prevenção sexual para evitar a transmissão de uma doença mortal. Houve um movimento social de exposição sobre exualidade e escolhas sexuais. Uma explosão de preconceito e extremismo religioso com fanatismo sobre valores familiares e os bons costumes sociais que poderiam proteger as pessoas "de bem" dessa doença terrivel.  E doença terrivel quando dita dessa formo era sempre uma dpuvida que os mais novos não sabiam se referia a alguém com HIV que estivesse com a doença em desenvolvimento e morrendo em decorrencia dela (porque pouco se sabia sobre ela), ou se era porque a pessoa estava com cancer. E talvez a relação entre a forma letal que existia entre o desenvolvimeto da doença HIV e o Cancer fosse apenas o fato de que não existia cura nem tratamentos paliativos eficazes para a doença que levava ao óbito alguns meses depois de diagnosticado. E isso passou a ser motivo de exclusão social. Me lembro de historias doloridas sobre pessoas que se afastaram de amigos e familiares por medo da doença e se sentiam culpadas por não estarem ao lado delas quando elas partiram. Histórias que ouvi ao fazer os trabalhos para a escola sobre o assunto.

    Eram coisas que hoje lembrando eu penso em como eram surreais, mais que vivendo dois anos de pandemia eu percebo o quanto deve ter sido dificil para aquela geração viver naquela pandemia. Aquele inicio de pandemia deve ter sido assustador e hoje em dia falar sobre isso criticando e falando que eram ignorantes as pessoas que radicalizavam e simplesmente transformavam em demonios as pessoas infectadas afastando todos que podiam e ensinando seus filhos a manterem distancia e terem medo de qualquer pessoa que pudesse fazer parte do que chamaram de grupo de risco. E classificaram as pessoas que naquela época eram as pessoas mais sucessiveis ao virus mortal porque foram as pessoas que apareceram nos hospitais morrendo em primeiro lugar com a presença desse virus em grande volume, e essas pessoas tinham muito em comum, e isso fez delas um grupo de risco. Mais convido quem ler esse post a pensar comigo, ja imaginou viver o que estamos vivendo hj em dia em uma época sem internet, sem troca de informações e noticias com a velocidade que eixte hoje em dia. Como seria saber que o grupo de risco para o coronavirus eram crianças? Porque eram essas as primeiras informações que tinhamos sobre o coronavirus.

    Soubemos que era um virus que se espalhava rápido e as crianças podiam transmitir ele sem apresentar sintomas. Saibiamos tão pouco sobre esse novo virus que ele assustou e assustou muito. Mais conseguimos controlar rapidamente, porque tinhamos algo que fez toda a diferença, algo que hoje permite que muitas pessoas leiam esse post e quem sabe reflitam, comentem ou mesmo se permitam pensar a respeito. Sei que o prazer de ler não é ensinado em tempos onde a televisão é tão sedutora e encantadora, e que talvez o exercício da leitura seja enfadonho a algumas pessoas, mais é uma forma diferente de fazer nosso cérebro exercitar algo muito importante, é uma forma diferente de ver o mundo, e talvez seja isso que falte as novas gerações, e que as pessoas que como eu ainda tenham vivo em si, a habilidade de ver e perceber o mundo de diferentes formas, através da leitura, da televisão, de filmes, e de textos e revistas e jornais. Mas pensem por alguns minutos sobre como seria para cada pai e mae de familia depois que a noticia sobre as crianças serem portadoras da doença e que aparentemente não apresentavam a doença. 

    Agora soma a isso o fato de não haver a troca de informações que existe hoje em dia e existir do lado da casa desses pais de familia pessoas capazes de agredir essas crianças para evitar que elas fossem transmissoras da doença? E somado a isso o medo de ser contaminado pelos proprios filhos que podem ter sido contaminados pelos filhos dos outros na escola antes de serem proibidos de irem pra escola porque nao saberiamos quanto tempo demoraram para divulgar a informação de que eram as crianças que transmitiam a doeça? Eu poderia deixar minha imaginação levar isso por um cenário tragico e cheio de extremismo e radicalismo e sofrimento e dor. Mais já vivemos isso de verdade na historia por familias em diferentes momentos da historia. Talvez com outros temas e situações, mais já vivemos esses extremos. Extremos religiosos, extremos politicos, e muito mais extremos que podem fazer uma pessoa a tomar atitudes inconerentes e conplicadas e que podem daqui 20 anos ser julgadas como preconceituosas e infundadas. 

    O fato é que com a internet estamos superando a pandemia do coronavirus com muita rapidez e me perguntei se isso não era algo que faria com que o que fosse aprendido com o que passamos fosse esquecido no limbo da historia, assim como já quase todos esquecemos da época do inicio da pandemia do HIV. Mais então eu mesma encontrei a luz escrevendo esse post, porque na mesma velocidade com que conseguimos encontrar formas de superar as limitações dessa pandemia, nos adaptando as limitações impostas, usando as inovações tecnologicas para superar a distância, inovando as relações de trabalho (sim ainda temos muito o que superar e desenvolver) e reaprendendo o basico das relações familiares, vamos conseguir nos lembrar. Porque essa pandemia veio rapida e mortal e nos trouxe algo rapido e eterno. A certesa de que podemos ser flexiveis e firmes como seres humanos e se for necessario, em nossas relaçoes e em nossa sociedade. Não precisamos voltar a repetir erros do passdo e se estamos repetindo é simplesmente porque muitos se calam diante da possibilidade de falar, porque ainda não perceberam que podem abrir a boca. Então eu convido aos que não conseguem abrir a boca e fazer vídeoa como muitos fazem a fazer como eu, escrever, e interagir comigo, e com outros que escrevem o que pensam e publicam, porque alem de registrar pensamentos, é uma forma de divulgar sentimentos, que no meu caso tumultuam minha mente e eu sinto essa imensa necessidade de retirar eles da mente e depositar aqui nesses posts para aliviar a mente.


sábado, 27 de novembro de 2021

Minha melhor escolha

    Minha filha fez 5 anos no começo desse mês, e todos os anos desde que ela nasceu quando chega essa época eu fico mais sensível, não sei explicar se é a lembrança emocional daquele ano, se é a dor que eu sinto ao lembrar de tudo que o nascimento dela envolveu na minha vida, ou se é o orgulho e euforia de ver que ela fez 5 anos e contrariou tudo que todos, absolutamente todas as pessoas que estavam em contato comigo naquele momento da minha vida acreditavam. É uma mistura de orgulho por ver que nós duas passamos por aquilo, eu acreditando nela, em cada dia, a cada etapa e ela ntimento e emioção. No meu olhar e toque suave, acreditando em minhas palavras e mim, sem olhar, porque era tudo que ela tinha de positivo naqueles momentos. Quando eu conversava com ela na minha barriga ainda com 16 semanas e as pessoas olhavam pra mim como se eu fosse uma pessoa de outro mundo, eu sabia que ela me ouvia, e estabelecia ali nosso vinculo, que eu sei que é forte e cheio de amor. Eu sei que isso fez e faz diferença até hoje.

    Eu fiz escolhas ao longo da minha vida, algumas eu tive consciencia ao fazer, outras eu escolhi por instinto, e algumas eu simplesmente fiz e tomei consciencia depois de ja ter feito. Acho que isso acontece com todos que percorrem esse caminho de auto conhecimento. Uma hora começa a cair fichas de coisas e depois que elas começam a cair elas não param mais, e a cada novo horizonte que se chega novos horizontes se apresentam e novas fichas caem. A maternidade foi uma escolha que fiz consciente de que estava embarcando em uma aventura que me exigiria dedicação total por no mínimo uns 15 anos, se eu conseguisse fazer as coisas direito, e buscasse os conhecimentos de forma a dar a minha filha um suporte e uma automonia, que eu já tinha conhecimento de não ter recebido na minha infância. E ter essa consciência não torna meus pais pessoas ruins ou incomopletas, pelo contrario, eles são pessoas maravilhosas que fizeram e fazem até hoje o melhor que podem dentro das condições emocionais e psicologicas que tem por mim e pela minha filha.

    Eu sabia que era um compromisso que eu como mãe estava assumindo independente do que o homem com quem eu estava me relacionando dissesse ter comigo depois que eu estivesse grávida. Era uma escolha minha, era o meu corpo que seria o veículo fisico para o nascimento de um outro ser humano nesse mundo cheio de tantos problemas sociais e de relacionamentos. E eu já tinha os meus comigo mesma e com o mundo, alguns dos quais eu ainda nem tinha certesa de ja ter resolvido. Eu queria ter um outro ser humano que dependesse de mim e me lembrasse da minha escolha, me ajudasse a lembrar que existe amor no mundo, e ter essa consciência foi o que me fez ser capaz de trazer esse ser humano ao mundo, eu precisava passar pela experiencia e escolhi ser mãe, porque toda minha experiência na maternidade me marcou en cada etapa, me moldou em cada sentir, em cada aspecto que naqueles momentos não me parececiam certos, justos e necessários, mais hoje eu vejo como foram importantes.

    Então ao conhecer o pai da minha filha eu ainda não tinha consciência dessa decisão, escrever isso agora é um jeito de ter isso bem claro. Eu não tinha consciência de que eu queria ser mãe quando conheci o pai da minha filha, mais Deus tem seus caminhos e ele era um homem com o desejo de conhecer um amor puro, livre de interesses e natural. Eu não sabia disso naquela época também. Mais foi na primeira noite que ele me levou a um culto na igreja que ele frequentava que eu vi uma criança correndo no corredor da igreja e falando sorridente, mamae, e meu coração se encheu de orgulho e o sorriso da criança se iluminou e ficou na minha memória. Era o sorriso do homem que me conduziu até aquela igreja e lá foi onde eu frequentei durante o tempo que estive casada com ele. Portanto foi lá que passei por todos os desafios e descobretas e exercicios emocionais da vida casada com ele, e ajudando a cuidar da sogra, com uma família a tiracolo.

    Nosso namoro logo evoluiu, a mãe dele tinha alzaimer, e mais por conveniência nosso namoro evoluiu para morarmos juntos, sem sermos casados debaixo do teto da minha sogra que passou a me odiar por isso, mais aceitava porque a outra opção que foi dada a ela pelo proprio filho foi ele sair de casa e ela ficar lá sozinha no apartamento, afinal ele era o único dos 3 filhos que se importava em continuar vivendo perto dela para olhar por ela e cuidar dela. Uma familia desfuncional, como muitas no mundo hoje, onde a mãe é a avó, os irmãos um é o tio que cuida da propria vida e faz o basico necessario pela mãe, e o outro neto que também a chama de mãe fica sempre por perto porque sabe como explorar a aposentadoria da senhora, já que o primo qe mora com a avó e nao tem esposa nem filhos sustentava a casa e ainda ajudava esse irmão a colocar comida na mesa para os proprios filhos. Ao entrar na vida dele e expor isso para o proprio de formo muito objetiva mostrando que a prioridade tinha que ser ele mesmo, e depois a propria mãe e depois eu, e quisá outras pessoas de fora, e mesmo assim eu e outras pessoas só deveriam entrar na conta se ele permitisse eu o ajudei a entender uma dinamica que a família dele não gostou muito por motivos óbvios, e claro nunca fui querida por parte desses "irmãos" dele.

    Pulando essa etapa, se eu for desenvolver vai se tornar um livro a parte eu me dediquei a minha relação espiritual com Deus nesse periodo, meu relacionamento com ele, me permitiu isso. Na verdade emu relacionamento com ele me permitiu muito mais e eu sou verdadeiramente grata a todas as oportunidades que tive. E escrevendo vejo que pude aproveitar muitas delas, claro que sem retorno financeiro em praticamente nenhuma, mais isso é pouco diante do muito que tenho hoje em equilibrio, intimidade comigo mesma e com Deus. Posso afirmar que o retorno financeiro vai chegar assim de repente, porque sei que é só uma questão de tempo para acontecer uma vez que descobri o caminho certo.  Estou me empenhando e estudando em vários frentes de investimento para poder obter esse retorno financeiro, e sei que ele virá. Mais voltando ao fio da meada como se diz.

    Depois que a mãe do pai da minha filha faleceu a nossa relação que já estava desgastada começou a ficar insustentável. Ele com seus traumas familiares e eu querendo que aquela saturação que viviamos fosse apenas uma fase, mais percebendo que nossos interesses em comum já não eram os mesmos, e que a conveniência e a troca que existia antes, onde eu ajudava a cuidar da mãe doente dele, e morava na casa dele para poder ir a faculdade sem ter custo de moradia já estava em desequilibrio. Eu já estava me sentindo uma exploradora, e ele um explorado, porque eu tinha mostrado a ele quando perceber essa relação de exploração entre pessoas quando começamos a nos relacionar, e estava justamente me colocando na posição de ser a exploradora naquele momento, um lugar da relação onde eu só tinha vantagens, e as vantagens que eu poderia dar a ele me colocavam em uma posição que eu não queria assumir, ou aceitar. 

    Estavamos vivendo nesse desequilibrio sem tomar a decisão do ponto final há mais de 4 meses quando decidmos que já estava na hora de cada um seguir seu proprio caminho. E acredito que ele também decidido, mais não falamos um para o outro sobre isso, nossas conversas se tornaram estranhas e estavamos muito distantes, como amigos, e como pessoas que dividiam a mesma casa mais não mais a mesma vida. Pareciamos estranhos morando juntos. E foi estranho, foi marcante, foi gostoso quando em 2016 depois de um carnaval fora de época quase em abril e uma viagem frustrada dele com a igreja depois de algumas cervejas que ele tomou por insistencia minha acabamos tendo relações sexuais depois de quase 2 meses sem nenhum contato. Eu tinha uma viagem marcada para o final do mês de abril. Vir a SP acertar minha mudança, transferir a minha faculdade que faltava poucos semestres pra acabar e ia fechar um aluguel na capital com uma amiga que também estava se separando. Tem um post aqui no blog sobre esse dia. aqui 

    Eu era diabetica desde 2008, eu pesei 162,4kg, e conforme emagreci e me livrei do peso ele deixou essa doença de lembrança para que eu não esqueça que ele esteve comigo. Então conforme eu comecei a acordar pra ir ao banheiro de noite, a ficar um pouco enjoada e ter sensação de desmaio eu associei a descompensação da diabetes e nem me lembrei do episodio daquela noite. Afinal a diabete pode ser emocional e viver naquela situação estava me deixando com o emocional abalado. Na minha viagem pra SP eu passei muito mal, tive enjoo a viajem toda e fiquei muito inquieta, fui muito ao banheiro e nao me recordava de ter consumido nada para alterar tanto a minha diabete, então conclui que era porque eu estava ansiosa com todas as decisões que eu precisava tomar quando chegasse aqui. E quando cheguei as coisas aconteceram muito rapido. Nada deu certo, a faculdade não aceitou a minha transferência porque o curriculo do curso era diferente entre os estados. A minha amiga voltou com o ex marido e ja nao iria se separar para alugar uma casa, estava feliz com o marido de novo.

    Então eu teria que refazer meus planos. Meu primo estava chegando do nordeste e minha mãe tinha organizado uma festa de aniversário pra mim na área de lazer do condomino dela. Eu iria ver primos e tios que nao via há anos, e amigos viriam me ver, alguns de outra cidade, então resolvi curtir meu momento e aproveitar, os problemas estariam esperando quando passasse a comemoração. E foi o que eu fiz, bebi, e comi churrasco. Me diverti, dancei e curti muito, matei a saudade e comemorei, afinal como sempre digo primaveras se comemoram apenas uma vez por ano, e a cada ano novo, novos desafios se colocam a frente. Naquela noite eu levantei tantas vezes pra ir ao banheiro que meu primo e a esposa estranharam, a minha prima, acordou me perguntando se eu estava grávida. Eu ri da possibilidade e disse que não, eu nem lembrava a ultima vez que o Joel havia tocado em mim (mentira eu lebrava, mais não fazia conta de quanto tempo - cheguei a pensar na possibilidade mais deixei passar rapido o pensamento).

    Passei o dia bebendo de novo, a noite eu iria viajar pro rio de janeiro e enfrentar meu problema de novo, começando por arrumar uma casa pra  morar. E um emprego, e enfim eu não quiz pensar em nada e só curti o meu dia. A noite na hora de embarcar quem me levou a rodoviaria foi o meu primo com a eposa, ela colocou uma nota de 20 reais na minha mao e falou para eu comprar um teste de gravidez quando chegasse no rio. Eu ri da sugestão e disse que iria comprar se a menstruação não chegasse depois de tanto alcool e duas noites mal dormidas  pelo excesso de alcool. Quando cheguei no rio na manha seguinte eu fui pra casa e nem parei na farmacia, naquela manha cheguei e o clima foi tenso, o Joel mal falou comigo e eu sabia que era um prenúncio do fim. Enfim eu já esperava por aquilo. A frase: quando eu chegar a gente conversa foi só a cereja do bolo. Ele estava saindo pra fazer uma integração em uma empresa depois de 5 meses desempregado, e a empresa em questão demorou 3 meses pra chamar ele pra essa integração.

    Passei o dia cuidando das minhas coisas, tirei as roupas sujas da mala, mais já coloquei as limpas de volta, meio que arrumando minhas coisas pra ir embora se isso fosse o pedido dele ao falar que precisavamos conversar, afinal o apartamento é dele, melhor estar de malas prontas. A tarde fiquei com fome e fui ao mercado com aqueles 20 reais que minha prima me deu para comprar o exame. Não comprei o exame, mais voltando do mercado caiu da sacola de uma mulher a minha frente duas caixas de tese de gravidez. Eu chamei a mulher que não ouviu, entendi que ela estava de fone e peguei os exames para alcançar ela e corri, mais ao virar a esquina da rua ela desapareceu. Acabei levando os exames pra casa. Entrei, fui preparar uma comida pra mim e para o Joel que iria chegar com fome, e logo depois de ele chegar independente da conversa eu iria para a faculdade, resolvi ir ao banheiro e pensei: porque não aproveitar e fazer o teste? Ia ser muita ironia do destino agora que nosso relacionamento está acabado vir um filho! Fiz o teste rindo e lembrei da revelação que tive na primeira noite que ele me levou a igreja, quando nos conhecemos.

    E foi justamente isso, o teste deu positivo. Eu não acreditei e deixei a fita em cima da mesa e refiz com o segundo teste lendo a bula do exame. Positivo. Eu não sabia o que pensar, e respirando fundo me lembro que meu primeiro pensamento foi: Eu vou ser mãe, você me escolheu para vir ao mundo, e vou honrar sua escolha, pode vir, do jeito que você escolher vir, vai ser amado ou amada, respeitado e criado com muito amor, carinho e atenção. Vou te amar tanto quando for me permitido te amar independente de qualquer pessoa que esteja a minha volta. E porque eu me lembro desse pensamento? Porque eu repito ele pra mim mesma e para ela todos os dias desde aquele dia, ao amanhecer e ao adormecer. Repeito esses pensamentos, e faço uma oração de agradecimento porque ela me escolheu para ser companheira dela e acompanhar ela nessa aventura que é a vida que ela tem inteira para viver nesse mundo. Porque desde que eu soube que ela me escolheu pra ser a mãe dela ela se arriscou a vir com problemas fisicos e psicologicos de saúde em um mundo cruel e cheio de preconceitos para ser amada, e para amar. Porque ela é puro amor.

    Quando o Joel chegou eu estava terminando de lavar a louça e as fitas dos exames e as caixas dos exames estavam em cima da mesa. Eu não queria que ele tivesse descoberto daquela forma, mais eu estava tão ocupada conversando com meu bb que nem pensei em como ia dar a noticia para o pai. Ele viu o resultado, e sabia o que significava. Perguntou por perguntar e tudo que eu respondi foi: significa que vc vai ser papai. E eu vou ser mamae, daqui aproximadamente 9 meses. Depois de responder voltei a lavar a louça, terminei e perguntei a ele que estava sentado no sofá com o exame na mão o que ele queria conversar quando saiu de manhã. E ele falou que podia esperar pra falar no dia seguinte porque ele ia entrar as 14 na empresa. Mais que queria falar sobre o teste. Eu fui prática, falei que era positivo e que precisava do exame de sangue para levar a minha endocrinologista do posto para pegar o acompanhamento já que sendo diabética eu precisaria acompanhar a gravidez como uso de insulina  e o pré natal precisaria ser iniciado o mais rapido possivel, e terminei informando ele que estava saindo pra aula da faculdade. Vi ele correndo ao banheiro quando eu saia. Meu coração estava quase saindo pela boca.

    Sai pra faculdade. Eu estava atordoada, mais mantive a aparencia de tranquilidade, só quem me conhecia percebeu e uma amiga da sala percebeu. Eu dividi com ela, ela sabia que eu pretendia ir embora pra SP, e ficou feliz por mim, me parabenizou e desejou tudo de melhor pra mim e pro bb. Foi sincero e foi muito bom receber aquele carinho. Perguntou como ia ficar a mudança, e eu disse que tinha dado errado la em SP e eu precisaria repensar as coisas. Mas com a gravidez era provavel que eu não conseguisse nem um emprego naquele momento. E a duvida me assombrava. Eu estava fazendo a escolha certa? Eu não deveria ir embora pra SP? Mais a forma como meus pais receberam a noticia da gravidez quando eu falei com eles pelo telefone foi a resposta pra minha pergunta. Entrei em contato com o meu primo e ele quem me enviou o dinheiro que eu precisava pra fazer um exame de ultrasom particular para levar ao posto e dar inicio ao meu prenatal, porque a endocrinologista tinha me dado as orientações, o pedido desse exame e me falou claramente: eu vou te dar uma dose inicial de insulina, mais a gravidez mexe demais com os indices glicemincos e vc estava descompensada, se vc quer que essa gravidez prossiga você precisa começar seu prenatal o mais rapido que conseguir, não espere fazer o exame pelo sus. Faz no particular e leva ja os exames prontos.

    Meus pais num primeiro momento acharam que eu os enganei e sabia que estava grávida quando estive na casa deles em SP. Se recusaram a me ajudar e na época viviam viajando para Europa para cuidar da minha avó por parte de pai que estava muito doente. Naquele momento quem me ajudou foi meu primo. Uma ajuda que me permitiu começar meu pre-natal dois dias depois e naquela semana no sábado eu ja estava com a carterinha de prénatal do município, um cartão de atendimento se eu precisasse de atendimento hospitalar e encaminhamento a uma endocrina especialista em diabets gestacional. O que não era o meu caso. A consulta com essa especialista estava marcada para dentro de 2 semanas, mais uma semana antes eu tive um mal estar e senti que precisava de ajuda, estava com dores na barriga e sentia que meu bb não estava bem. O joel me acompanhou e de onibus chegamos ao hospital da mulher no município de São João. 

    Na entrada do hospital diabetes registrou 560, no aparelho, pressão 17/12 e me internaram. Me disseram que era para controle da diabetes e que os riscos eram muito, inclusive o aborto porque estava muito descompensada e o controle precisava ser feito de forma paulatina e com monitoramento constante do bebê. Falaram para o Joel que as chances de ele me tirar do hospital ainda gestante eram mínimas. E ele foi embora pra casa me deixando alí, internada com a dúvida sobre se ele voltaria ou não pra me visitar, e trazer minha escova de dente, um lençol e coberta que eles mandaram trazer de casa, e eu não sabia absolutamente nada, nem quanto tempo eles pretendiam me segurar ali dentro do hospital, apenas sabia que pelo meu bebê eu estava disposta a passar a gravidez toda dentro daquelas paredes de hospital para que ela pudesse vir ao mundo com nas condições que ela escolheu, e determinada a fazer todas as escolhas que me fossem necessarias fazer pela vida do meu bebê.

    O Joel voltou naquela noite mesmo, trouxe o lençol, uma coberta e um travesseiro, camisola pra mim, que ele comprou nova pra levar pra mim, pq eu nao usava então eu nao tinha uma. Levou pasta e escova de dente e meu carregador de celular. Estava distante, frio, assustado. Dava pra ver que ele não sabia o que falar e nem como agir naquela situação. Eu também não sei o que eu esperava receber dele ali. Apenas olhei pra ele e disse que no que dependesse de mim nosso bebê viria ao mundo. E que eu mandaria noticias a ele pelo whatsapp, para ele ficar de olho do telefone. Tinhamos tido uma conversa muito madura depois do exame de sangue positivo já no terceiro dia dele na empresa, eu já tomando insulina e me permitindo comemorar a gravidez independente de qualquer outra coisa. Ele estava feliz, e foi feliz contar ao irmão e ao tio sobre a gravidez, mais claro que eles não reeberam bem a noticia. a familia dele nunca me aceitou bem, então uma gravidez era a realização de um sonho de infancia do Joel o que para eles era uma coisa ruim, ja que eles sempre usaram o fato de que ele nunca realizou nada na vida como motivo para manter o laço de dependencia emocional dele com eles.

    E eu conversava muito com minha filha, eu sabia que era uma menina, mesmo morrendo de medo que fosse uma menina eu sabia que seria uma menina. E eu dizia constantemente a ela que o pai dela precisava aprender que o amor que ela tem por ele é independente e não está atrelado a estarmos juntos como marido e mulher. Eu fazia questão de falar isso pra ela ja no meu ventre porque na nossa conversa ficou claro que estariamos juntos e iriamos tentar fazer nosso relacionamento melhorar, afinal era uma vida que estava a caminho e gestante eu precisaria do apoio dele como amigo, além de marido, e que se ele não estava disposto a voltar a ser meu amigo eu entendia, mais que eu viria pra SP porque aqui eu tinha meus irmãos e poderia ter esse apoio familiar pelo menos. Ele me pediu pra ficar perto dele, e tentarmos fazer dar certo, porque ele queria fazer parte desses momentos da vida do filho dele, que ele acreditava ser menino.

    Eu não podia negar isso a mim, a chance de terminar a faculdade durante a gravides faltando só o estágio. E quem sabe construir um relacionamento mais solido para quando o bebê chegasse fosse possivel a estabilidade de uma família. Meu instinto dizia que a parte da familia ia ser diferente, mais que de resto poderia dar certo. Mais eu ainda não tinha entendido que era escolha minha e durante essa internação de 10 dias para controle da glicemia conheci outra mães, era um hospital para gestantes de alto risco. Ou seja, lá tinha uma UTI para receber os bebês de parto prématuro, e UTI adulto para casos de complicações pós e préparto. Havia na minha enfermaria uma mulher que estava internada desde a virada do ano pq sofreu uma queda no hotel durante a festa de reveion e foi internada com descolamento de placenta, a familia toda de Brasilia, e ela estava lá internada, não podia ser transferida para brasilia, porque a transferencia por terra era muito desgastante pelas condições das estradas, e por avião era arriscado pela alteração de pressão que poderia induzir o parto e colocar o bebê em sofrimento.

    Eu procurei saber o que era esse tal de sofrimento, procurei me informar sobre o descolamento de placenta, e outros problemas que fui descobrindo existir. Perda de liquido placentário por exemplo pode ser confundido com urina e a gestante nem perceber até que o bebê esteja quase em sofrimento. Foram dias de muitas descobertas e distrações, onde eu mantive meu foco em alinhar minha alimentação e o uso da insulina que estavam regulando e controlando com as medições 6 vezes por dia. Conversava com meu bebê e conhecia historias linda e positivas. Uma garota que havia passado os ultimos 3 meses da gestação no hospital recebia a visita do esposo todos os dias com flores, e a noite depois do trabalho ele voltava pra ver ela e fazia massagens nos pés dela até ela adormecer, e depois sentava ao lado da cama e ficava conversando com o filho. Quando ela voltou da sala de parto colocaram ela na mesma enfermaria e ficamos todas achando muito estranho, porque quando nascem os filhos elas eram levadas a outros quartos.

    Mais ela pediu pra ser levada a mesma enfermaria, ela e o marido queriam que todas da enfermaria pudesse ver a surpresa que eles tiveram na sala de parto, ela estava internada porque disseram que o bebê dela tinha um coração bipartido, e alguns outros defeitos fisicos. como dedos dos pé e mãos virados. E eles estavam enfrentando tudo com tanta resiliencia que eu admirava com orgulho, pedindo pra ser igual em cada etapa da minha gestação. A surpresa, eles estavam com dois bebes, e os exames de ultrasom não haviam sido capazes de identificar, não me pergunte como, nem os medicos souberam responder isso, e por mais que se pergunte o que podem ter feito de errado nesses exames para que algo de tão errado fosse identificado e depois fosse completamente diferente eu não sei. Nem os médicos sabiam, o leito deles foi o que mais recebeu visitas de praticamente todos os médicos e enfermeiros e pediatras do hospital que já tinha visto de tudo, inclusive o defeito que diziam que o filho deles teria, mais uma gravidez gemelar ser confundida era um milagre.

    Eu penso nesse casal como uma referencia de milagre conquistado. O bebê viria com defeitos e provavelmente teria em sua tragetoria muitas dificuldades que teria que enfrentar na vida, mais na gravidez, e a forma resiliente como os pais enfrentaram a situação e o acolheram e o amaram transformaram a realidade e as escolhas dos pais mudaram a vida de duas crianças e não apenas da que estava inicialmente em seu ventre. Porque nas primeiras ultra é nítido que só havia um bebê no útero da mãe. E depois do 4 mês de gravidez que começa a aparecer o que eles encaram como defeito para na sala de parto descobrirem ser outro bebê. Não acredito que seja o caso de uma segunda gestação que aconteceu quando ela ja estava no segundo mês de gestação do primeiro filho e por isso nao foi identificado. Mais a ciência tem o costume de tentar desqualificar os milagres por maiores e mais improssiveis que eles se mostrem, mais a ciência quer mostrar que existe algo racional por trás deles. Porque infelizmente a humanidade aprendeu que ciência é algo separado de Deus e não pode andar de mão dadas,e nesses período internada e em outro eu pude ver e experimentar o oposto.

    O fato é que a cada etapa nesses dez dias de internação eu conheci a equipe do hospital, fiz amigos e também algumas inimizades, gosto de pensar que fiz mais amigos que inimigos. E os amigos que eu já tinha e acreditava que eram amigos se mostraram amigos, e os que não se mostraram foi bom pra já me afastar deles. Eu fiz uma proposta a minha filha na semana que saímos do hospital, com 14 pra 15 semanas de gestação, ainda chamava ela de amendoin, vamos sair daqui e se voltarmos a precisar ficar internada será por qualquer outro motivo que nao será a diabetes, porque eu irei controlar essa bendita com rédea curta para garantir seu bem estar ai na minha barriga. E foi o que eu fiz. Joel não foi me buscar no hospital, estava trabalhando e eu queria andar um pouco, fazia tempo que eu nao andava e queria sentir o ar, me arrependi assim que sai do hospital, bafo quente e insuportavel da baixada. Mais enfim, eu estava livre pra ir pra casa com meu bebê no meu ventre.

    Era minha primeira vitoria contra a ciência, contra as expectativas alheias e contra todas as palavras de derrota que tinha sido professadas para o Joel. Ele chegou em casa e eu estava deitada no sofá, vendo televisão, comida pronta no fogão e me sentindo cansada e satisfeita por estar de volta. Ele me comprimentou e eu pedi que ele comprimentasse o bebê, ele ficou inseguro, e eu falei que ele tinha que começar a interagir com o filho, porque o sistema neurologico do bebê comecou a se desenvolver naquela semana e era importante ouvir a voz do pai desde o ventre. E foi assim, eu buscando as informações e falando pra ele sobre o desenvolvimento do nosso bebe na minha barriga que passavamos nosso tempo juntos. Pouco falavamos de planos para nos dois,, tudo era em torno do bebê. Sobre o bebê. Até que saturamos o assunto e começou a vir um tema que todos querem fugir, mais que é preciso falar, principalmente pra quem vive uma gravidez de risco e já passou dez dias internada em um hospital especializado em receber gestantes na mesma situação.

    O que fazer em caso da minha morte? Ele não gostava do assunto, mais eu não podia deixar ele fugir e era a chata que insistia em falar sobre isso. E sei como isso era dificil pra ele, é dificil pra mim falar daqueles dias, porque eu lembro deles como dias de muita harmonia entre eu e ele como um casal. Tinhamos planos e sonhamos com um futuro em comum pra nós tres, o que não existe mais, enfim, Vai ver é por isso que demorei pra escrever esse post. Eu pedi que ele por mais que se sentisse inseguro não permitisse que minha mãe o convencesse que ele era incapaz de criar nosso filho, fosse ele menino ou menina. Pedi que ele respeitasse a criança com um indivíduo diferente e independente dele, e que buscasse se informar sobre educação com respeito porque esse era o tipo de criação e educação que eu queria para nosso filho. Uma educação que o respeitasse e o ensinasse a importancia do respeito mutuo. Do ser indivíduo. 

    Eu me lembro dessas conversas e de algumas brincadeiras em torno disso, me lembro de mostrar videos e de estar sempre mostrando a ele a importancia desse jeito de educar e de como podiamos começar praticando isso desde o ventre. Confirmamos o sexo da Manu com 17 semans, na ultrasom de acompanhamento que eu fiz no hospital de 16 semanas ela crusou as pernas e nao deixou o medico ver, e na de translucencia nucal que eu fiz duas vezes com intervalos de dois dias ela na primeira se movimentou demais, deslizando de um lado pro outro sem nem deixar o medico fazer as medições necessarias. E na segunda estava tão parada que o medico ficou focado no coração e no cordão e nem se lembrou de focar no sexo do bebê. Eram ultrasons feitas pelo SUS e não era facil lidar com a pressão de uma sala de espera cheia de gestantes reclamando e medicos impacientes, e eu havia estado la duas vezes naquela semana, preferi nao insistir em saber, e o Joel pagou uma ultra particular pra gente descobrir o sexo dela com ele junto comigo em um clinica no calçadão. 

   Hoje escrevendo isso percebo como isso é algo distante que ficou na lembrança. Eramos um casal vivendo as descobertas da maternidade/Paternidade e estavamos passando por uma crise no relacionamento quando descobrimos a gravidez. Acredito que isso seja o ponto que nos fez viver aquele periodo como vivemos. Cada um de nós fez as escolhas que fez de acordo com as crenças que tinha e as coisas que acreditava serem possives de se viver independente de qualquer coisa. Eu tinha minhas crenças e acreditava de verdade que podiamos escolher construir uma relação baseada na amizade e em escolhas consciêntes, despertando admiração e carinho um pelo outro escolhendo olhar para as qualidades um do outro e aceitando os defeitos do outro buscando compreender e conversar sobre os defeitos que se tornavam intragáveis. Acho que me entreguei a maternidade com tanto empenho que idealizei a familia que eu gostaria de dar a minha pequena esquecendo de realmente ver a familia que estava sendo construida. 

    Observando minha historia e escrevendo sobre ela eu vejo o quanto fiz escolhas baseadas em ilusões e achismos. Considerei muito pouco a opnião do outro quando ela era importante. Tomei decisões que envolviam outras pessoas sem perguntar como essas outras pessoas se sentiriam, simplesmente porque eu entendia que elas iriam concordar comigo e não se opriam a ideia, mais não tive a consideração de perguntar. Isso já acnteceu com você? Eu e o pai da Manuella escolhemos quando tivemos uma conversa sobre permanecer juntos durante a gravidez continuar como um casal, e construir uma relação para tentar ter uma familia. Mais esquecemos de definir o que cada um de nos entendia como deve ser uma familia. E isso foi o que mudou completamente a nossa vida desde o momento em que ossa filha nasceu. Porque o conceito família faz uma diferença e tem um peso entre duas pessoas que pode definir até mesmo o sucesso e o fracasso pessoal de um indivíduo em seu meio social.

    E eu faço essa afirmação porque tenho me observado e me conhecido o suficiente para perceber isso. Perceber isso em mim, perceber isso na minha historia, perceber isso na vida da minha filha, perceber isso nos meus objetivos, e propósitos. Para mim família é um lugar de acolhimento, carinho, transparencia, brigas, conflitos, sinceridade, fragilidade, força, apoio, esteio, amizade, companheirsmo, presença. Muita coisa né? Sim muita coisa, mais você pode ter uma familia assim em apenas uma pessoa ou varias, mais é importante que você escolha ser família para essa pessoa, e essa pessoa escolha ser família pra você, e eu estou construindo uma familia assim com minha filha, estou escolhendo ser tudo isso pra ela, e mostro pra ela que ela pode ser isso pra mim se assim ela escolher, porque é uma escolha dela ser assim pra mim, assim como foi uma escolha minha ter ela como minha filha, minha familia. porque eu não suporto aquele tipo de brincadeira e frases feitas de algumas pessoas que afirmam que os filhos foram acidente, ou de filhos que dizem que não pediram pra nascer. Acho que são de um tremendo mal gosto e de uma falta de compreenção e entendimento pessoal que beira a ignorância.

    E minha gestação foi uma montanha russa emocional de escolhas, onde eu estava sempre ponderando pra não discutir com o Joel sobre as escolhas dele para manter a paz em casa porque não queria me alterar para nao ter a glicemia alterada para nao afetar minha filha, porque eu não queria alterar a voz, para nao afetar ela, evitei brigas e discussões pra ela nao sentir as emoções ruins que isso descarregava em meu organismo, e vivia ouvindo musicas que me faziam bem, dancei muito quando estava sozinha em casa, e ficava fazendo nada ao ficar sozinha em casa buscando me manter em estado de permanente bem estar para que minha filha experimentasse um completo equilibrio fisico dentro de mim. Frequentei a faculdade durante praticamente toda a gestação, me ausentando da faculdade apenas nas duas semanas que tive pneumonia, que depois descobri ter sido zica virus. Mais ficamos bem eu e a Manuella. Ela teve que nascer com 32 semanas de gestação, depois do feriado de finados. Foi um susto receber a noticia de que ela nasceria de 6 meses, e todas as noticias que recebi junto com a noticia do parto prématuro. 

    E como comecei o post afirmando ela completou 5 anos esse ano, e hoje vou levar ela na festa de um amigo no condominio onde moramos com os avós até duas semanas atrás. Ela é uma criança amorosa, cheia de vida, que não carrega nenhuma sequela de desenvolvimento pelo parto precoce, e que não sofre de nenhum disturbio pelo tragetória que cientificamente ela carregaria. E não adianta virem me falar que existe explicação cientifica para o pleno desenvolvimento dela, e que as coisas aconteceram porque isso ou aquilo. A ciencia anda sim de mãos dadas com a nossa fé, e eu e minha filha somos a prova viva disso. Eu continuo vivendo o melhor de Deus na minha vida com ela ao meu lado, e diariamente agradecemos pelo dia que tivemos, pelo noite que teremos e pelo dia seguinte teremos depois de uma noite tranquila de descanso. Porque acredito de verdade que cada dia é único para ser vivido, sentido, experimentado e aproveitado como um todo e de forma integral. Mais chegar nesse ponto não é uma linha reta, não é facil.

    Cada experiencia é unica, e cada um tem seu molde e reconhecer seus proprios caminhos e experiencias e saber tirar os aprendizados de cada etapa vivida faz muita diferença na velocidade com que as coisas começam a acontecer na nossa vida. Posso afirmar isso porque na semana que minha filha completou ano eu não fazia ideia de como eu conseguiria passar mais uma semana aguentando exclamações como as que eu ouvia, onde eu tinha que aguentar algumas afirmações que me faziam mal pela toxidade inconsciente da minha mãe (pelo menos eu me apoio em pensar que é inconsciente pra me doer menos), e me fazia mal e me desequilibrava emocionalmemente, com relação a minha filha, aos meus amigos, ao pai da minha filha, e eu estava num ponto que eu não conseguia nem respirar sem dar explicações de porque eu respirava, era literalmente essa a sensação que eu tinha. A Manu estava começando a apresentar sintomas de bruxismo intenso dormindo e isso ja estava me preocupando, me dixando aflita e angustiada.

    Pois na segunda feira seguinte ao aniversário dela a casa apareceu, visitei fiz a proposta que foi aceita e uma semana eu ja estava com a chave, apesar de tudo que aconteceu nesse meio tempo nos mudamos pra essa casa tem 10 dias, e posso afirmar que desde que nos mudamos a Manuella não teve um único episodio de bruxismo dormindo, ou acordada. E nos momentos em que eu senti que a conversa com minha mãe ia desandar e virar briga eu poder sair andando e dizer eu tambem te amo e já vou pra minha casa fez muita diferença! Então sim somos moldados de acordo com as forças que desenvolvemos, mais nunca recebmos novas experiencias se não reconhecermos as lições do que foi aprendido com o que já foi ensinado. E eu aprendi, mais só reconheci o que foi aprendido no final de semana do aniversário da Manu. E isso é algo maravilhoso, porque foi ao reconhecer isso que me libertei de algums amarrass emocionais.

    O meu relacionamento com o pai da minha filha durou 6 anos, desses 2 foram de uma paixão intensa, e 1 de uma paixão menos intensa, que não conseguimos transformar em amor, nem eu nem ele nos empenhamos muito nisso. Quando a mãe ele faleceu tinhas completos 4 anos de relacionamento e já estavamos entrando em desgaste de relacionamento e insistimos em permancer juntos porque acreditamos por diferentes motivos que poderiamos reconstruir algo que na verdade nunca existiu; nunca tinhamos tido um relacionamento saudável, sempre fomos convenientes um para o outro e com a morte da mãe dele essa conveniência acabou. o que trouxe uma questão importante a tona foi a gravidez. Eu escolhi a gravide e eu escolhi comprtilhar isso com ele, quando poderia ter sido egoista e não ter falado sobre e simplemente ter vindo embora pra SP e tido minha filha completamente sozinha. Mais escolhi compartilha com ele, sabendo do sonho dele de ser pai, e sabendo que isso era uma forma de me manter lá no rio de janeiro e fugir do relacionamento toxico com minha mãe. Não ficar me colocando como vítima das circunstancias me fez ver tudo de um outro angulo.

    Percebi que todo meu amor pela minha filha é real sim, mais que as escolhas que fiz não foram todas movidas apenas por amor a ela, mais por orgulho meu também. Eu fui orgulhosa quando permaneci em um casamento falido para ser "autruista" e permitir que o pai da minha filha tivesse a oportunidade de saber o que e um amor incondicional de um filho, e uma familia nos primeiros 2 anos da minha filha, porque ela tinha no rio o acompanhamento da peditra que acompanhou todo o parto e o tempo dela da UTI e eu não queria perder esse acompanhamento. Mais também porque eu estando no rio de janeiro eu não precisaria ouvir diariamente minha mãe me dizendo o quanto eu era uma pessoa falida na vida, e me colocando pra baixo e destruindo minha auto estima constantemente com seus "cuidados" de mãe. porque se importa com o que os outros vão falar dela a meu respeito.

    E morar com ela depois de sair de do Rio e ter a noticia da separação me fez ficar com raiva do pai da minha filha por alguns meses, e acho que até pouco tempo. E foi nesse final de semana que ele veio depois de anos sem poder vir por causa da pandemia que eu percebi isso, eu tive raiva dele porque depois de tantos sacrificios que fiz pra não precisar depender exclusivamente da minha mãe e ter que passar por tudo que eu estava passando naquele momento ele terminou nosso casamento com 3 semanas que eu e ele decidimos juntos pela minha vinda com a Manuella para SP pela nossa saúde.  E ele estando aqui, e vendo o carinho dele e a simplicidade dele com a filha, eu entendi que ele fez o possivel dentro das condições emocionais dele, e que eu fui mais uma vez uma pessoa que criou expectaitiva demais. Eu no fundo sabia que isso ia acontecer, desde o momento que decidi dividir minha gravidez com ele, e vendo ele brincar com a manu no chao da sala eu tive certesa que ele é apenas um homem que queria ser pai e realizou o sonho comigo, mais que agora somos apenas isso, pai e mãe de uma linda menina, que será uma linda mulher e que será fruto desse relacionamento saudável de uma familia diferente.

    O que eu entendi que me fez conseguir virar a chave e liberar minha bençao tão rapido? Simples, eu entendi que sou a filha que sempre fugiu da maternidade porque nunca aceitou que sentiu falta do pai. Não do meu pai biológico, mais do meu pai mesmo. Vou escrever depois sobre isso com mais calma, mais entendi que minha vida toda eu sempre vivi na sombra de ouvri minha mãe falar : seu pai isso, seu pai aquilo. Não faz isso porque seu pai não ai gostar, Sai dai porque seu pai não quer. e por ai vai. E isso me afastou da maternidade e me fez alimentar essa repulsa pela minha propria mãe. Essa ficha caiu feito um soco no meu estomago, e demorei pra digerir isso, foi complicado conseguir organizar isso em um texto, e olha que esse texto ficou bem extenso. No entanto eu entendi que precisava organizar uma linha interna pra chegar a conclusão, mesmo que depois eu recorte o texto e faça tudo novo de novo. O importante é que eu consegui colocar em palavras. eu preciso colocar pra fora. 

    Eu troco muitas mensagens de texto com meu pai, e tenho muito mais facilidade de falar com ele por textos, porque é a forma mais facil de comunicação, simplesmente porque que falo com ele, minha mãe interfere com alguma história dela, ou alguns comentário que impede ou interrompe o assunto. E morar com ela nos ultimos 2 anos fez isso ficar muito claro pra mim. Isso e outras coisas, eu amo demais minha mãe, e não quero que minha filha tenha ao chegar na idade adulta um soco no estomago ao olhar pra dentro de si mesma descobrindo que sente falta do pai dela. Um pai ausente porque a mãe não permitiu a aproximação na melhor das intensões. Afinal ela sempre usa a frase: é pra defender você que eu me coloco no meio. Eu estou morando nessa casa com a ajuda financeira deles dois, e estou buscando meu equilibrio emocional para conseguir colocar em pratica alguns projetos que eu entendo que podem me dar lucro em alguns dias e em alguns meses assumirei todas as minhas despesas.

    E assim como eu tive esse insigth sei que terei outros agora, e estou me abrindo pra vida me dar uma surra de insights para que eu possa viver o meu de repente de Deus e começar a viver o meu proprosito e fazer minhas escolhas sem medo da falta, ou sem culpa de estar explorando ninguem. Eu preciso me sentir mais dona de mim de verdade e isso não é sem o constante medo de não saber se amnah vou poder ter como sobreviver e dar conta das despesas, é saber que mesmo com esse medo eu vou dar conta sim, e vou ser capaz de far a diferença para conseguir dar conta., porque o medo vai existir sempre e ele pode ser o cmbustivel necessário pra que eu consiga chegar ao outro lado.  Ter consciencia disso hoje é a diferença que eu vejo com uma coisa que vai me fazer alcançar resultados que antes eu não obtive nas minhas tentativas de ser independente financeiramente da minha mãe. E por esse motivo eu quero e acredito que dessa vez vou conseguir fazer diferente.

    Mas minha melhor escolha nesses 40 anos de vida, foi feita de forma consciente, com plena ciencia dos sacrificios que eu teria que fazer e não poderei falar em nenhum momento que eu não imaginei que seria de uma forma ou de outra quando vier a acontecer, porque se tem algo que eu sei fazer bem é imaginar. Essa escolha foi a de ser mãe. Quando eu soube que minha filha escolheu se desenvolver em meu ventre e aceitou o desafio de crescer dentro de mim, com todoas as dificuldades que enfrenteou para ser gerada aqui nesse corpo que estava todo desconjuntado como estava eu escolhi fazer tudo que fiz para tentar dar a ela as melhores condições para que ela tivesse como encontrar do jeito dela a melhor forma de se desenvolver. E ela encontrou, e assim como eu ela teve medo ao nascer com 32 duas semanas, e assim como eu ela tem medos e esta descobrindo os desafios de viver nesse mundo enquanto eu aprendo os desafios de orientar e direcionar um ser humanod totalmente independente e cheio de amor e carinho pelo mundo como ela é. 

    Sei que ela é simplesmente um complemente, uma resposta e ao mesmo tempo uma incognita que preciso apenas amar e aceitar. Mais é meu melhor lado e minha melhor escolha, A benção que eu recebo todos os dias e que me dá a certesa que tudo que eu passo e vivo vale o esforço e a consideração de ser feito de novo, mesmo que pareça não estar evando a lugar nenhum. Preciso saber que tenho mais que ela como motivador de vida, e busco em mim outros motivos, estou me reconstruindo, mas ser mãe não deixa muito espaço para se fazer essas escolhas e ver um mundo sem filhos, eles passam a ser parte de nós. A culpa de fazer planos sem eles nos assola, e sei que pode parecer clichê, e até é um pouco, no entanto o mundo vai perder o sentido se ela não estiver nele mais. Assim como eu sei que sem mim no mundo dela nessa fase da vida dela o mundo pra ela também perde o sentido. Então eu e ela nessa fase da vida apenas estamos nos escolhendo e vivendo essa fase, e vamos viver isso, com alegria, presença e a felicidade que esse momento nos dá. Afinal nunca sabemos quanto tempo ele vai durar e quando as coisas podem mudar.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Digestão emocional

    Nossa, estou digerindo até agora o que senti, pensei e consegui perceber em mim durante um final de semana intenso e cheio de novidades que participei de uma imersão on line com o Lucas Caloni. Eu percebi coisas e como ele fala sempre muitas vacas foram para o brejo, e sobre isso é uma referencia a historia dos monges que vão a uma fazendo de um casal muito pobre que depende da única vaca pra tudo e vive na pindaiba e ele manda seu aprendiz matar a vaca e jogar no brejo. Basta procurar no You tube e você vai ter várias versões dessa mesma história. A melhor é a contada exemplificando coisas da nossa vida,

    Aqui no meu blog eu sempre conto coisas que passo, vivo e sinto sobre o que estou vivendo, As vezes fica confuso me entender e uso os textos aqui para me encontrar, tenho transcrrições da Ana Paula que me ajudaram a entrar em uma vibe muito legal com o universo e me fizeram encontrar o perfil do Lucas e me levou a participar dessa imersão, eu gosto de pensar assim, Na verdade eu vejo assim. Conseguir fazer parte da turma de forma gratuita e honrar comigo mesma o compromisso de estar lá e poder fazer as mudanças que quero e preciso fazer na minha vida são coisas que me fazem acordar com sangue nos olhos como se diz ao querer muito uma coisa que se considera quase impossivel. Nessa imersão percebi que os meus impossiveis, são na verdade falta de planejamento estratégico e boa gestão do meu tempo.

    Poderia reler meus proprios textos e citar alguns deles para citar aqui neste post algums exemplos, e talvez eu faça isso em algum momento e edite esse mesmo post. O que eu quero mesmo com esse posto é extravasar o quando perdi tempo falando de coisas de fora de mim, e buscando entender o mundo fora sendo que o problema estava em mim, e ao mesmo tempo querendo resolver em mim coisas que eu via do lado de fora sendo que eu não poderia resolver o outro, Confuso né. eu tbm leio isso e sinto essa confusão querendo me dominar, sinto vontade de desistir e voltar pra cama, deitar e desisir de todas as mudanças e transformações que me propuz a fazer. Mais quem ouviu minhas propostas? Eu mesma. A quem estarei decepcinando? Eu mesma. 

    Eu não estou em busca de perfeição mais, entendi nessa imersão que estou em busca de honrar meus proprios compromissos internos. Percebi que me sinto tão perdida e injustiçada porque eu desisti dos meus proprios sonhos, projetos e desejos porque acreditei no mundo externo. è culpa deles? Não, é culpa minha não! è simplesmente uma consequencia de uma tragetória que eu vivi e que agora eu tenho as ferramentas para mudar e fazer diferente. E de tudo que eu opsso fazer diferente eu decidi que vou começar por aqui, pelo meu blog. irei passar a fazer as postagens do blog e pessoais na mesma conta, porque eu sou o que coloco aqui no blog, e acabei usando minha conta pessoal do Instagram para seguir e fazer volume de seguidores em busca de algo que não vai me acrescentar em nada e que antes não fazia diferença e que de verdade eu não sei em que momento passou a fazer, amis acabei fazendo isso. Então vou migrar para minha conta do blog que chamo de profissional meu perfil pessoal, desabilitar meu perfil pessoal e abrir um perfil pessoal para divulgar meu trabalho de cunho financeiro para poder realmente pavilhar minha trilha rumo ao sucesso profissional que eu quero e defini como meta pra dentro de 6 meses.

    Eu sou competente no que faço, tenho formação tecnica nos serviços que ofereço e posso entregar os serviços que ofereço na minha pagina profissional do facebook, portanto vou parar de pensar no que pode dar errado e nas pessoas que podem não valorizar meu trabalho e focar nas pessoas que precisam entender o que é o meu trabalho, porque o que eu ofereço pode sim mudar sua vida, pode ser um artigo de luxo, mais também é um serviço de terapia alternativa para o tratamento de muitas mazelas que atingem muitas pessoas que estão em busca de alternativas porque não encontraram em metodos tradicionais uma solução. Sou massagista terapeutica, que atende o cliente a domicilio. E sim esttamos vivendo um tempo onde o custo de transporte aumentou o custo do serviço, mais cada um sabe o valor que tem o que está oferecendo e eu sei o valor que tem o que estou oferecendo no meu trabalho.

    Com essa definição eu passei a conseguir me definir melhor no meu dia, acordei me sentindo muito mais confiante, e percebi que ascendi uma lampada em um quarto caôtico da minha consciencia. Todos as sujeiras dentro desse quarto se sobresaíram na segunda feira. Foi um dia bem complicado, minha mente me fez correr pra dentro de mim mesma algumas vezes e eu me vi em momentos perdida e me perguntando o que eu estava fazendo de verdade. Bateu um insegurança e um medo que nem a fralda geriatrica deram conta da dor de barriga. Quem assistiu a imersão ou já acompanha o Lucas sabe da referencia quem não sabe pode me acompanhar aqui, a referência é facil de entender. A formula mais facil de superar o medo é colocar uma fralda e mesmo com medo ir. Simples assim, ta com medo, sente que vai dar merda vai, se cagando, mais vai. 

    Sei que são termos muito dificeis de entender, e não fazem muito sentido já que em muitos dos meus textos anteriores eu busquei ser o mais elucidativa possivel sem ser agressiva ou usar termos assim, mais nesse sentido a imersão me libertou disso. Mostrou que essa minha forma de tentar sempre ser concordata e evitar o conflito ou o confronto me colocou em situações que eu não gosto, e hoje eu colho essas consequencias. Como a vida que eu levo, morar na casa dos meus pais aos 40 anos é uma delas. Não é um lamento, nem uma reclamação, è uma constatação. Simples assim, porque eu não queria o conflito me calava ao ouvir a outra pessoa entrando em modo de grito e ataque gratuito. Em várias situações, e Fiz isso pra me poupar na época, o que me fez agora viver as situações difíceis que vivo. Não a toa a frase que mais me marcou foi: Decisões fáceis, futuros difíceis, decisões difíceis futuros fáceis.

    O que me faz perceber todo o caos do meu quarto, sabe a analogia que eu fiz sobre ascender a luz da minha consciencia e perceber que estou um caos? Então, eu preciso me organizar, estabelecer prioridades, e como eu ja havia percebido antes uma dessas prioridades é me afastar da minha mãe. Não porque ela é culpada ou responsável pela bagunça, mais porque com ela por perto essa porta da minha consciencia que eu preciso fechar para poder arrumar essa bagunça fica entreaberta e as emoções que ela desperta em mim cada vez que que aponta as crenças dela que eu não compartilho me machucam, o que acrescenta mais entulho no meu caos, e que além de não me ajudar me atrapalha coocar as coisas no lugar. E tomar consciencia e conseguir colocar isso em palavras aqui nesse texto me fez um bem tão grande!

    Outra coisa que eu percebi em meio a esse caos, tenho mobilias grandes e pequenas, coisas que preciso tomar mais cuidado e cuidar melhor e coisas que eu já deveria ter descartado faz muito tempo. E para isso eu preciso tomar certas atitudes, porque não basta mais ficar só escrevendo aqui eu preciso fazer, então passei o dia em meio a tempestade de gritos e explosões emocionais que é a convivencia com uma Bouderline fazendo um plano de ação, e colocando em post it o que eu posso e devo fazer para que as coisas começem a se mover, e escrever esse posto está no plano, organizei minha agenda, colocando cada coisinha e cada meta inclusive estudar as escolas da performace e o GT, a divulgação e o networking para o GT, e o estudo de Dropshiping e a divulgação do meu MEI e tudo, coloquei tudo na agenda. Coloquei o tempo com a Manu tbm. Baixei um programa de finanças e coloquei todas as minhas despesas nele, inclusive os investimentos que fiz em conhecimento.

    Percebi que tenho buscado tanto ser uma boa mãe atraves de estudos e conhecimento que esqueci de ser. E estou deixando a pratica de ser uma boa mãe limitada a momentos tradicionais da hora de dormir, de fazer liçao e de cobrar açgun comportamento da minha filha. Ou seja estou caindo justamente naquilo que quero fugir sem me dar o direito de praticar todo o conhecimento que venho adquirindo sobre a maternidade. Estou correndo atras de um sonho sem colocar metas, e sem traçar uma rota para alcançar esse sonho. E isso me fez entender que eu fiz isso por anos e anos. E eu só não me sufoquei de tanto me ver desiludida com minhas desnras a mim mesma porque encontrei em 2008 uma meta que eu aos trancos e barrancos consegui atingir.

    Vou fazer uma postagem sobre essa conquista, minha perda de peso que hoje soma mais de 80 quilos desde 2008. Sei que não foi facil, eu sei todas as coisas que enfrentei durante todo esse percurso de 14 anos para perder esse peso, não foi uma perda constante, não foi uma perda saudável e os ultimos 15 quilos foram depois da cirurgia bariátrica. Eu sei a frustração que senti ao ter que aceitar a necessidade dessa cirurgia depois de tudo que passei. Eu não falo como médica, psicologa, especialista, em nada não, eu falo como uma mulher que sempre a vida inteira foi gorda, e que chegou ao extremo de 162,3 quilos e decidiu emagrecer por conta propria só procurando ajuda de um especialista depois de eliminar mais de 24 quilos. Eu falo como alguém que sabe como é os sentimento de viver em uma sociedade que olha pra você e diz: nossa finalmente vosê tomou juizo! e não é só a sociedade não.

    Então meu blog continua, e agora é provael que meus posts passem a ser menos frequentes já que agendei escrever semanalmente e sei que minha criatividade nem sempre esta em sintonia com agendas, então sei lá como eu vou conseguir me adaptar, amsi irei honrar essas decisões. O importante é que estou disposta, decidida e cmprometida a fazer isso dar certo e quero muito que todos os que leêm meus posts saibam que estou disponível para bater um papo e trocar figurinhas sim. Mas que nem sempre terei tempo de fazer isso como eu fazia antes, porque antes eu não tinha estabelecido prioridades e não havia determinado uma direção para onde eum queria ir, um destino onde chegar. Agora eu ja tenho isso, e já deu partida no motor para colocar minha vida em movimento!


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Filha de Bouderline

     Demorei pra decidir fazer esse post, ao decidir escrever eu não sei ainda se e quando irei publicar, mais me sinto impelida a escrever sobre essa situação que vivo e me identifico. Porque vejo hoje em dia com o advento das redes sociais e a internet e a facilidade em se falar de problemas e ter compaixão com os problemas dos outros, e a briga eterna que existe entre as pessoas que querem estar certas e as que querem ter razão que esquecemos que o ser humano é muito, mais muito mais que apenas a doença que ele pode ter, ou o transtorno psiquiátrico ou psicológico que a acomete no momento em quem pratica certos atos que podem ser chamativos de audiência tanto nas redes sociais como judicialmente. E como em tempos de redes sociais tudo vira assunto para viralização e quanto mais polemico mais audiência, coisas como doenças psiquiátrica são exaltadas e até mesmo desejadas por muitas pessoas que na maioria das vezes não sabem muita coisa a respeito, nem entendem a amplitude do que é ser diagnosticado com alguns desses transtornos.

    A pergunta que eu te peço pra se fazer antes de continuar a leitura é você está curioso ou sente que precisa entender porque vive com alguém que pode ter problemas de verdade? Porque eu sei que a leitura e o interesse pelo que está escrito vai mudar e pode provocar em você sentimentos ruins dependendo da resposta. Porque eu já estive curiosa, e não encontrei nada que me tirasse a curiosidade sem me deixar paranoica ou me fizesse pensar que eu precisasse de tratamento urgente e acompanhado de medicação. E aí eu ficava fugindo desse tipo de médico que queria me prescrever remédios porque eu achava que estava ficando influenciada demais no que os médicos falavam e deixando de ser quem eu era por causa dos remédios. E o pior é que isso só atrasou minha evolução, porque nem eu encontrava uma saída para minhas próprias inseguranças e nem conseguia mudar o circulo que me fazia cair sempre nas mesmas situações que me levavam as mesmas tristes situações.

    Aqui no blog mesmo é possível ver em textos antigos que publiquei alguns desses looping emocionais que vivi e busquei escrevendo, entender o que eram e por que eles aconteciam. E foi aqui escrevendo que percebi que eu precisava reverter isso e mudar a frequência de vibração que minhas emoções para poder começar a aumentar o giro dos meus loopings e depois ir esticando minha onda para poder mudar a direção disso e fazer acontecer em minha vida. Escrever esse texto está sendo uma coisa bem difícil. Primeiro porque ele surgiu na minha cabeça, depois eu me repreendi porque queria escrever sobre isso e me coloquei no lugar de cada uma das pessoas que podem ser citadas porque fizeram parte de alguns loopings e me perguntei se isso não fará com que essas pessoas me crucifiquem das mais diferentes formas, inclusive violentamente. E o que eu conclui? Não estou escrevendo por elas, estou escrevendo por mim, e não sei se isso é mais um looping em amplitude e vou cair mais lá na frente ou se já posso me considerar reajustando minhas linhas para finalmente mudar a direção, e estou fazendo acontecer. Só sinto que esse texto precisa sair da minha cabeça.

    Vejo muito sobre empatia e muito sobre conseguir ser mais tolerante com o próximo principalmente quando sabemos que o próximo é uma pessoa com problemas psiquiátricos, como se ter esses problemas fosse uma muleta para se amparar e se desculpar algumas atitudes grosseiras e muitas vezes injustas ou agressivas, até mesmo inconcebíveis dessas pessoas com outras. Mais o que as pessoas que falam sobre isso se esquecem na grande maioria das vezes de falar é sobre as famílias dos que são ditos doentes. E quando se fala sobre isso e se esquece das famílias se esquecem das consequências que as atitudes cometidas por essas pessoas doentes, em tratamento ou não, que existem elas querendo ou não, e que os familiares vão ter que lidar com isso, querendo a sociedade ou não. Porque como eu estou aprendendo, cada escolha que fazemos carrega em si a sombra de todas as alternativas que abrimos mão quando decidimos pela escolha feita. E ter consciência disso me fez perceber tantas coisas, que finalmente pude sentir orgulho por nunca te apagado nenhum dos meus posts aqui no blog. Eles são registors da minha mudança de percepção da minha própria realidade.

    Buscar entender isso é uma das coisas que mais me moveram ao longo dos últimos anos porque eu não aceitava ter sido incapaz de ajudar minha própria família e ter necessitado me afastar quilômetros físicos para tentar ter uma vida longe da minha mãe, diagnosticada Bouderline, mais que se recusou a aceitar o diagnostico, porque na época pouco se sabia, e ainda pouco se sabe sobre o transtorno, e a opção do médico foi dopar ela e foi bem assustador ver como a personalidade dela mudou e ela deixou de ser quem era sob o efeito dos medicamentos, o que era um sintoma esperado, precisaria ter sido controlado com a regulagem da dose, mais assustou demais e todos da família inclusive eu achamos que a opção de nao fazer o tratamento era melhor. Até porque Bouderline é um diagnostico muito subjetivo, como disse o próprio psiquiatra que fez o diagnostico na época. E tudo que eu leio até hoje isso não mudou muito.

    Sabe quando se começa uma reforma em alguma prédio antigo, e na hora que vc acha que vai fazer só uma restauração vc descobre uma infiltração que precisa ser arrumada ou o serviço vai estar perdido? Foi isso que aconteceu aqui dentro de mim quando eu decidi me restaurar, e buscar o que estava errado  e consertar. Nessa minha restauração que eu estava me sentindo andar em círculos de novo. Eu precisava sair desse circuito que estava começando a me fazer mal. Comecei a sentir acumulo de ideias de textos se acumulando na minha cabeça como em outras vezes, que me afastaram de escrever, simplesmente porque eram tantas ideias que se misturavam que eu não conseguia focar e desenvolver nenhuma delas. E me sabotava dessa forma. Parava de escrever porque de forma inconsciente eu me permitia embaralhar ideias e diferentes temas sem desenvolver realmente nenhum até o fim, simplesmente procrastinando de forma doentia e me deixando deprimida por mais uma vez ter deixado de lado meu prazer de escrever.

    Voltando ao raciocínio da restauração, descobri uma infiltração, e comecei a buscar resolver isso. A questão desse diagnostico da minha mãe veio a tona nesse miolo porque quando fui ver a origem da infiltração emocional que provocava esse vazamento percebi que era uma problema estrutural em uma das bases que eu tão metodologicamente construí acreditando ter me refeito e me fortalecido como mulher e como filha e como pessoa ao ter superado tudo que aconteceu quando precisei e afastar e acabei voltando a convivência, e acabei vindo por ironia da vida ou propósito morar dentro da casa dos meus pais em plena pandemia com minha filha de 4 anos. Eu vivi os anos  passados olhando pra mim, e para as minhas questões como se o problema fossem meus traumas e minha forma de lidar com eles, construí toda uma personalidade em cima das coisas que eu achei, e acredito serem meus pilares, pro bem ou pro mal e que são a sustentação e podem ter que ser destruídos ou reformados ao  longo da minha existência, mais são os que eu acredito serem os que eu preciso. E percebi que fiz tudo isso sem um projeto, simplesmente fui decidindo o que precisava ser construindo conforme as coisas iam acontecendo e eu ia escolhendo., e construindo, separadamente.

    Resultado, se formou uma estrutura de pilares emocionais, fortes, fundamentados mas que ainda não possuem uma estrutura para sustentar. E Eu estou percebendo a necessidade de começar essa construção. E ao começar o projeto percebi que tem pilares demais, e fui observar quais eram demais, e quais eram desnecessários. Decidi derrubar um pilar e... com ele cairam alguns outros que eu não esperava, mais xnão me lamentei, os pilares que sobram sustentam bem a estrutura se for bem projetada, e nada impede que um novo pilar possa ser construido. Para começar uma nova construção emocional a partir de lembranças que eu escolher guardar e manter na minha memória. Radical? Sim um radical mais necessário. E essa necessidade vem do fato que existem coisas que quanto mais remendadas piores ficam, e quando se adia demais a manutenção não existe mais conserto. 

    E percebi que eu e minha mãe adiamos demais para fazer a manutenção do pouco que ainda restou depois do trauma, e fazer o conserto, protelamos demais os conflitos que poderiam trazer alguma restauração pra nossa relação e agora estamos em um ponto no qual não conseguimos manter um diálogo sem que ele se torne uma troca de acusações, e ressentimentos. Magoas e motivos de tristeza e dor para nós duas, mais que eu percebo que machuca muito nela. Muitas vezes por palavras que não são ofensivas, mais que a machucam porque ela me escolheu para ser o Demônio da vida dela; entre todos os que ainda aceitam conviver com ela, e percebem que por baixo da fortaleza intransigente e contraditória que ela se tornou existe uma mulher frágil e assustada; e por isso permanecem buscando estar por perto dentro de suas próprias limitações. Eu poderia falar de todas as características negativas que uma personalidade Bouderline apresenta, minha mãe tem todas elas, as vezes num mesmo dia, as vezes com intervalos, as vezes não é possível identificar nenhuma delas. Poderia falar das contradições presentes nesse tipo de personalidade, porque um transtorno de Bouderline é uma coisa, difícil pra quem tem, complicado pra quem convive, mais praticamente impossível para a pessoa escolhida como o Demônio do Bouderline. A ciência achou um nome menos chocante: bode expiatório. Nao vejo diferença não, porque na verdade a escolhida sou eu, e nesse momento como uma pessoa que está sendo vista como, sou as duas coisas e só falta eu ser responsabilizada pelo vulcão da indonésia que entrou em erupção!

    Diferente do que se pensa em muitos problemas psicológicos, e os psicólogos que lerem isso me perdoem eu não sou formada na área e posso estar falando algo que seja contrário ao que vocês acreditam; mais existem coisas que as pessoas tratam como transtornos que na verdade são traços de personalidade. Eu sei que é uma linha muito tênue entre ser uma pessoa com uma característica ansiosa e saber viver com isso e poder direcionar essa ansiedade de forma produtiva (sei e me trato para transtorno de ansiedade com um psiquiatra); e ser uma pessoa com transtorno de ansiedade. Eu não tenho uma personalidade ansiosa, e sei disso porque a ansiedade me faz muito mal. No entanto até conseguir identificar isso e poder aceitar que eu precisava fazer o tratamento correto eu levei anos, e muitas seções com meu psicólogo. E porque? Porque me diziam que eu era agitada e precisava apenas saber direcionar minha agitação, e por algum tempo isso se tornou uma ansiedade depressiva que quase me fez desistir de viver.

    Existem pessoas que popularmente os leigos falam que são loucas, mais na verdade são simplesmente pessoas que não aceitam as regras sociais e possuem traços de características fortes, e bem fundamentados. Eu fui chamada de louca em alguns momentos que tomei algumas decisões na vida. E porque eu falo isso, porque no transtorno de Bouderline os traços são muito mais sutis que uma ansiedade. São muito mais evidentes que muita depressão, e ao mesmo tempo muito mais dissimulados que qualquer psicopatia. Uma pessoa que sofre desse trantorno pode desenvolver traços de personalidade que são ferramentas pessoais de defesa qe ele entende que podem o proteger de serem vitimas de algo que na cabeçla deles é ruim. O que é muito confuso pra quem não convive com isso, porque na verdade eles são aos olhos de quem vÊ manipuladores, narcisistas e egoistas. Sempre querem e precisam ser melhores que os outros em tudo, e quando eu falo em tudo é tudo mesmo. Desde coisas boas até coisas ruins.

     Não são as pessoas que fogem da responsabilidade porque na nossa sociedade isso é comum e até ensinado a se fazer, e vc vê a diferença quando uma coisa boa acontece com as pessoas que não sofrem nenhum transtorno, eles simplesmente agem com orgulho as vezes exarcebado mais comedido tomando pra si o beneficio do lucro. Ja quem tem o transtorno, não apenas de Bouderline, outros, eles tomam pra si o benefício, exaltam o proprio poder de consquistar aquele beneficio e humilia quem quer que tenha ajudado ele a chegar a conquistar o beneficio conquistado. Lembrou de alguém? Não essa pessoa não sofre de Bouderline, ela sofre de ego distorcido que precisa de uma chocalhada da vida para entender que o mundo é maior que o unbigo dela. Porque se ela sofresse de Bouderline você pensaria nela, mais imediatamente ia se culpar por pensar nisso e pensaria; ela não é assim de proposito, ela passou por tantas coisas que ahistoria de vida dela dá a ela esse direito! 

    São transtornos que se somam e coexistem em uma única pessoa que pode ou não apresentar os sintomas de vários deles ao mesmo tempo, ou não e que pode apresentar alguns desses sintomas como traços bem conscientes de personalidade, como uma pessoa manipuladora, ou narcisista, ou uma pessoa bipolar que é ansiosa depressiva. Ter esse diagnóstico não é fácil, nem pra quem é diagnosticado, nem para a família, e eu digo isso porque há pouco mais de 19 anos quando ouvimos uma psiquiatra falar isso da nossa mãe ela estava vivendo um pico de depressão e achamos que era um diagnostico muito radical para se fazer já que a médica não conhecia nossa mãe a tanto tempo pra falar aquilo, e os remédios estavam deixando nossa mãe muito diferente do que estávamos acostumada, porque na verdade nunca tínhamos conhecido nossa mãe. Era o que a médica falava, até decidirmos por retirar nossa mãe desse tratamento porque em um momento sem a medicação ela conseguiu falar que não queria voltar a se sentir como estava se sentindo porque era ruim demais se sentir daquele jeito. E entendemos que ela se referia ao fato de estar dopada e sob efeito de medicação.

    Na época não entendemos que era porque ela estava tendo que enfrentar as próprias sombras e escolher pela própria vida e por si mesma, coisa que ela não queria fazer e ela fez exatamente o que a medica falou, nos manipulou e conseguiu que a tirássemos do tratamento. Depois disso nunca mais ela falou sobre o diagnostico, nunca mais se falou sobre a necessidade do tratamento psiquiátrico para os transtornos, e sempre que algum médico desconfiava de algum problema psiquiátrico ela fala sobre transtorno de ansiedade, ou suspeita de ser bipolar, mais nunca aceitou o transtorno de Bouderline. Eu aceitei isso, lembrei na verdade de tudo isso depois de começar a escrever esse post, e a cada lembrança eu rescrevo alguma coisa. O fato é que eu estava bem próxima da família durante esse período e a médica me falou sobre isso pra mim que acompanhava minha mãe as consultas porque ela se tratava no hospital psiquiátrico do HC. Onde eu estava terminando meu curso de técnico em radiologia, mais a decisão final foi do meu pai e da minha mãe. Eles decidiram por não seguir com o tratamento e dois anos depois eles faliram em SP e tiveram que se mudar para Americana. Para a casa dos meus avós, os pais da minha mãe.

   Relembrar desses detalhes me traz uma clareza muito grande e um alivio também, porque eu fico mais aliviada de saber que estive sim em busca de resolver nossas diferenças depois do primeiro rompimento quando eu tinha meus 18 anos, busquei solucionar nossos conflitos em cada vez que me reaproximei da minha mãe, mesmo que tenha me afastado de novo, depois de perceber que não seria possível. Fui construindo colunas a partir dessas tentativas para me sustentar e me identificar como pessoa, como mulher, como filha, e principalmente como mãe, e quis mais uma vez me aproximar da minha mãe porque eu sinto que com todos os problemas dela eu quero estar perto dela quando ela precisar de mim ela querendo ou não que seja eu a estar ali. E não é uma competição, não é uma disputa, é uma coisa que me faz bem saber que eu estarei ali pra ajudar minha mãe como eu estive pra ajudar minha sogra quando esta precisou e passei todas as coisas que passei com ela. Não porque quero ser a diferente, ou a melhor, mais porque me sinto preparada pra isso, pronta e disposta a fazer.

    Construí outras colunas que me sustentam e onde posso me apoiar em momentos que me sento fragilizada por não poder contar com esse apoio que eu acreditei que poderia ter depois de tantas coisas que vivemos separadas e juntas, e que por mais que eu diga que estou bem resolvida em aceitar que não tenho me machuca e dói saber que não tenho. Me dói saber que ainda sou aquela garota que aos 13 anos ouviu a mãe dizer que se eu não tivesse usando short curto o cara não teria tentado enfiar o órgão sexual na minha boca e depois de ouvir isso ter que conviver com  aquele desgraçado por toda a minha adolescência vendo minha mãe tratar ele como um filho enquanto, tudo que eu fazia era insuficiente e nada era do agrado dela. os outros sempre eram e sempre seriam melhores e mais importantes aos olhos dela enquanto eu se fosse importante seria em algo pejorativo ou ruim. Essa é a dor de quem é o bode expiatório/Demônio de um Bouderline. E essa é a dor de uma filha de uma Bouderline sem tratamento e que eu sei que vou carregar até conseguir ressiguinificar. 

    E essa dor não é porque não superei ou me sinto ainda a criança abusada aos 13 anos, essa dor é porque sou a filha denegrida e trocada em cada elogio que ela faz a outra pessoa sobre algo que eu  faço se nao igual até melhor. E eu entendi que isso dói em varias áreas da minha vida, isso me trouxe luz e compreensão sobre porque me envolvo em questões sociais com tanto determinação e me sinto tão envolvida e acho tão importante conseguir uma nova visão sobre o assunto. É por isso que me envolvo e me dedico a ser uma pessoa com tantos projetos ao mesmo tempo e não ficar parada por tempo demais e pensar no que sinto de verdade já que o que sinto me machuca. Então na verdade isso me fortaleceu e foi positivo, não motivo de lamentação. E ao mesmo tempo foi uma supressão de emoções que se transformaram ao longo dos anos em doenças que conforme eu vou me descobrindo eu tenho conquistado a cura. Comecei pela obesidade, depois a ansiedade e depressão diagnosticada e agora encaminhando para o controle total da diabete.

    O fato que eu concluo disso tudo é que ser filha de uma Bouderline me forçou ao limite emocional e pessoal que eu precisava ser forçada para atingir um ponto de percepção pessoal que hoje me faz ter consciência de algumas coisas. Preciso me livrar desse entulho emocional que em nada pode agregar na construção dessa nova mulher que eu quero ser daqui pra frente, eu preciso fazer um esboço e estabelecer uma projeto antes de começar a construir as coisas sem um direcionamento claro de onde eu quero chegar. Mais principalmente as pessoas que estão ao meu lado nessa nova construção não são obrigadas a estarem comigo até o final, e eu não posso contar com elas até o final da jornada. Vão existir momentos em que estarei sozinha e isso é maravilhoso porque eu já sei me sentir muito bem na minha própria companhia. 

    O que eu desconstruí e demoli nesse momento foram pilares que sustentavam carências, mentiras e dependências emocionais solidificadas em traumas e medos e situações que eu não quero mais que façam parte das minhas lembranças, das minhas decisões e das minhas escolhas. Quero começar esse meu projeto com ferramentas que me permitam escolher o que for possível escolher e solidificar o que melhor se encaixar nos meus projetos e planos para um futuro sem retrocessos e cargas emocionais que eu transfira a minha filha como acabei recebendo e tomando como herança por parte da minha família. Então esse texto sou eu, nesse campo emocional deserto, terminando de retirar os entulhos e restos de obra para sentar e fazer um projeto. Qual será o próximo passo? Escolher o material de obra porque a única definição que tenho é que eu quero que seja autosustentável, emocionalmente capaz de identificar gatilhos que podem me fazer virar  no velho e conhecido looping emocional que me leva sempre para o que parece ser o mesmo começo. 

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Alivio na panela de Pressão

    Seu teto pode ser o piso dos seus filhos e se orgulhar disso faz toda a diferença na forma como você lida com ele todos os dias nessa relação que é construída dia a dia todos os dias. E quando ouvi essa frase pela primeira vez ela me pareceu muito bonita, mais eu fiquei refletindo e quanto mais eu refletia mais eu ficava pensando em como ela fazia sentido e quanto mais ela fazia sentido mais eu me via sem chão. tenho esse blog há alguns anos, e fiquei um tempo sem escrever porque estou passando por um momento muito expansivo profissional mais principalmente pessoal. Eu comecei há alguns meses vibrar e pedir ao universo respostas, direções, caminhos e estradas que eu pudesse percorrer, pessoas que pudessem me direcionar em caminhos que quero e posso seguir e eu não estava pronta mais precisava ficar, e me senti pronta pra encontrar essas pessoas.

    Transcrevendo os áudios da Ana Paula eu entendi que me abri pra viver uma realidade que me privei por tempo demais e essa realidade que quero viver agora precisa ser vivida por mim nesse meu agora, e isso é o que eu quero e decidi viver e sentir isso da melhor maneira, deixando acontecer, e me permitindo sentir, me permitindo receber e aceitando as indicações do meu Eu sobre onde eu preciso estar e olhar para sentir o que preciso em cada momento. E quando comecei a viver isso eu comecei a perceber coisas que estavam a minha disposição o tempo todo, mais não eram interessantes, e escrevendo aqui me lembro das risadas da Ana nos posts falando sobre essas maravilhas de se permitir.

     è delicioso transcrever os áudios dela, no entanto ela começou a manter alguns em um canal exclusivo para quem se permite fazer um investimento mensal que nesse meu momento eu não escolho fazer, e os áudios que eu recebo o telegram não estão subindo para as plataformas, então transcrevendo aqui no notebook e esperando para fazer o up load para o blog eu fui me dando conta que eu estava dando voltas e comecei a ir deixando de lado. Quando percebi eu escuto os áudios e não os transcrevo, absorvo a ideia, e sigo meu dia, alimentada com aquela semente e está tudo bem. Sei que a Ana entenderá esse meu caminho e essa minha escolha. 

    Eu pensei em me inscrever no curso que ela abriu a ultima turma desse ano do Pensar consciente, e pedi uma ajuda, mais no dia que fiz o pedido sonhei com uma coisa muito maior que o pensar consciente, eu me dei uma bronca por querer fazer um curso para falar sobre meu pensar quando na verdade eu preciso para de procrastinar minha vida e dar um jeito de seguir com meus projetos e começar a fazer girar minha roda da vida. Tá na hora de fazer minha engrenagem da vida funcionar e para de admirar a engrenagem da vida dos outros funcionando. Eu já tenho consciência dos meus pensamentos e sei muito sobre meus mecanismos de fuga internos que uso para adiar decisões, e tomar atitudes em diversas situações, e isso é o que mais me faz adorar transcrever os áudios, e isso que eu admiro na Ana1 Então fazer esse curso seria uma redundância e só me faria sentir que estou dando mais uma volta em volta do mesmo mais uma vez. Claro que o curso dela seria uma maravilha e com certeza eu me sentiria em casa, mais nesse momento preciso focar em outras coisas mais urgentes que minha vida material necessita.

    Uma vez tomada essa decisão eu comecei a entender e ver acontecerem muitas coisas ao mesmo tempo, e foram tantas que não consegui escrever aqui no blog para organizar isso em textos por temas, ou colocar em tópicos em rascunhos e acabou que comecei a escrever aqui hoje porque estou me sentindo uma panela de pressão muito cheia em fogo alto que precisa ser colocada pra descansar e tirar um pouco do conteúdo antes que acabe explodindo. E como sempre digo aqui nesse blog é meu refugio onde eu coloco meu conteúdo em casos assim. E hoje eu preciso me derramar um pouco. E sobre um tema que sempre volto, por mais que eu divague em outros assuntos esse sempre volta, porque é muito importante pra mim e eu não consigo simplesmente abrir mão se me importanr ou querer resolver isso.

     Eu amo minha mãe, eu já me conformei com o fato de para mim ficar sempre a sensação de eu eu nunca vou ser o suficiente pra ela, e sempre não importa o motivo, razão ou circunstancia meus irmãos ou qualquer outro ser vivo da face da terra vai ser melhor que eu e poderá ser uma fonte de informação e referencia em qualquer assunto pra mim, mesmo que esse assunto seja justamente o que eu estou sendo reconhecida como referencia para outras pessoas. O fato de eu estar conformada não me isenta da tristeza, não me impede de ficar magoada quando alguma situação que evidencia isso me machuca e muito menos me deixa imune a ficar triste e chateada com algo que acontece, ultimamente quase que rotineiramente. 

    Porque é como se quanto mais conformada eu me mostre, mais minha mãe fica testando até onde vai meu conformismo e minha capacidade de auto controle e resiliência. Eu não uso mais argumentos, o silêncio se tornou agressivo para ela, e a resposta uma ofensa. Vivo pisando em ovos, e preciso estar o tempo todo tensa preocupada sobre quando ou qual vai ser a próxima picuinha que ela vai arrumar para explodir em gritos e começar mais uma briga aqui em casa. Minha preocupação agora está em prevenir minha filha a não se envolver quando acontece e se esconder no quarto nesses momentos. Porque simplesmente já aceitei que o problema não é comigo, e essa foi a chave que eu virei e me permitiu ter paz.

    Essa paz está tendo um preço, para meu pai, para meus irmãos, para outras pessoas que durante anos sempre acreditaram que o problema era eu. Porque sempre eu me colocava na frente para enfrentar quem quer que fosse para proteger minha mãe e tentar de alguma forma me tornar a filha merecedora desse amor que eu vejo ela dar para meus irmãos ou para os amigos e que ela sempre me negou. Na verdade ela sempre negou a todos, mais na minha frente ela demostrava ter e por isso as pessoas a apoiavam na minha frente para se sentirem mais que eu aos olhos dessa mulher que é forte, batalhadora, admirável e muito , muito linda. E sim ela é uma mulher que merece todo o meu respeito, e eu nunca vou negar isso a minha mãe. O que eu faço ao escrever essas palavras e desabafar sobre meus sentimentos é me livrar de magoas que me machucam e me fazem mal porque eu sinto na pele a dor da rejeição por parte da pessoa que desde a minha mãe tenra infância me rejeitou, colocou em mim uma responsabilidade que nunca foi minha, e só agora com 40 anos de idade eu consigo escrever isso sem sentir revolta ou me policiar a apagar isso e  não postar.

    Quem leu meus posts aqui no blog ou em outras redes sociais pode pensar que eu não era muito preocupada com isso, ou pelo menos não parecia preocupada, mais eu era, sempre me importei em não magoar os sentimentos da minha mãe com as coisas que escrevo, ou o contrario, postava querendo que magoasse pra ela saber que doeu a atitude dela, como uma criança que faz pirraça pra chamar a atenção? O que mudou? Muita coisa, eu decidi que já era hora, e que eu não quero mais repetir o ciclo que vem se repetindo há gerações na minha família. Minha irmã morando em outro continente é influenciada pela energia de posse e chantagem emocional feita por telefone! Eu não quero ver isso acontecer, Quero me curar para ajudar minha irmã a se curar tbm. Quero me curar para poder ajudar  outras pessoas a aceitarem a cura se assim elas quiserem, mais principalmente para poder seguir minha vida adiante se elas escolherem que não quem sair da lama emocional que vivem e cultivam em volta de si mesmas!

    O mais difícil nesse processo foi aceitar que eu preciso passar por esse processo de  descoberta e libertação vou precisar de grana, para pagar alguém pra me mostrar o caminho? Não para poder sair de onde estou porque faz parte do meu processo abrir uma distancia entre eu e minha mãe. Não será possível nenhum processo de libertação emocional minimamente equilibrado que não afete psicologicamente com traumas pra minha filha se eu e minha mãe estivermos dividindo o mesmo teto. E precisar de grana eu não digo que quero ganhar em forma de ajuda financeira como já pedi nas vaquinhas que abri, elas seriam muito úteis sim e claro que se alguém me ajudar com elas eu seria muito grata e eternamente devedora de ser solidária com causas semelhantes. grana é ter uma forma de me sustentar e garantir que poderei viver com minha filha em uma casa, mesmo que simples, com a mesma qualidade de vida, que temos aqui e não precisando da ajuda financeira da minha mãe. 

    no dia que consegui definir isso eu tive duas ideias maravilhosas, fazer o que eu faço de melhor, ajudar as pessoas, com minha capacidade de ajudar, mais com uma contribuição financeira por essa ajuda, para isso preciso me especializar e ter acesso a um conhecimento que me permita fazer isso. Como fazerum curso assim sem ter um diploma universitário?  O universo me deu a resposta, e estou acompanhando um treinamento gratuito sobre isso. Mais como vou pagar por esse curso caso eu possa realmente fazer ele? Mais uma vez veio a resposta, sempre fui muito boa vendedora, e tenho muita facilidade em mexer e aprender coisas novas principalmente na internet. Encontrei em 15 dias 5 pessoas dispostas a vender e ensinar sobre gestão de trafego, e escolhi uma para ser meu mentor, e já dei inicio ao curso. Já tenho alguns clientes com reuniões marcadas para começar nesse trabalho e já vou reabrir minha agenda de atendimento de massagens para poder arcar com os custos iniciais de combustível e etc.

    Nossa, mais como vou fazer tudo isso, não sou equilibrista e estou me sobrecarregando. Não estou, estou apenas gerindo meu tempo e otimizando meus recursos como aprendi a fazer em uma mentoria que acompanhei do Lucas Caloni, onde obtive um conhecimento que já me abriu os olhos para muitas mudanças que eram necessárias e eu já fiz, e  onde eu pude me inscrever e disputar uma vaga para uma imersão que vai ocorrer nos dias 16 e 17 de outubro on line com um custo que eu certamente não iria poder investir nessa fase que estou vivendo, mais que minha frequência que me ajuda nessa busca por essa mudança me ajudou a conquistar. E desde que conquistei essa vaga há três semanas atrás eu consegui me manter em equilíbrio e fazer escolhas muito assertivas na minha vida. 

    Percebo que consigo enfrentar as dificuldades com mais tranquilidade, e muito mais equilíbrio agora que eu me entendo melhor quando percebo que estou acionando alguma coisa em mim que pode me levar ao limite e posso recuar e ter esse conhecimento par reconhecer já me faz muita diferença e me tira muitas confusões. Então o que eu posso dizer que esse post representa é que eu estou encontrando nessas pre- imersões uma preparação que está me dando ferramentas que já são muito úteis no meu dia a dia e que tenho certeza que na imersão eu terei como encontrar a chave que me falta pra conseguir mudar de uma vez essa sequencia de post que só falam da mesma coisa de forma diferente todas as vezes...