Relendo algumas postagens fiquei surpresa em como consigo ser redundante e repetitiva, mas também me surpreendi em como eu evolui na minha forma de ver os conflitos que vivo com as pessoas. Nossa, lendo coisas que escrevo percebo que sou uma pessoas muito cuidadosa com os sentimentos alheios, mas com os meus, tenho tido pouco cuidado. Estou me preocupando tanto em como vou afetar as outras pessoas com minhas atitudes e forma de pensar que estou deixando de me preocupar com o que eu deveria ter colocado como prioridade desde o principio nessa busca e caminho de descoberta cheio de curvas e muitos obstáculos. A falta de cuidado comigo mesma nessa tortuosa busca é o que me faz ser redundante? Ou a Mentira constante de que estou tentdo esse cuidado quando na verdade estou fingindo que cuido quando estou procurando satisfazer um lado sombrio que me recuso a aceitar como meu?
Porque como nos podcasts da Ana temos sombras que precisamos abraças e amar, mas tem algumas que são amis difíceis de abraças. Mas eu não leio muito em redes sociais sobre quais são essas sombras de personalidade em cada um que é tão difícil de abraçar. O lado obscuro da força que todos temos dentro de si ,muitas vezes não é tão escuro quanto parece ou preferimos acreditar que não pe porque não queremos enxergar que é. E eu pergunto como dizer que está tudo bem descobrindo essa escuridão dentro de si mesmo? Como se amar sabendo de coisas sobre si mesmo que nós mesmo sentimos vergonha de saber que temos? De onde vem essa vergonha? Eu fique com medo dessas respostas, mas me fiz essas perguntas em diferentes situações, conforme eu relia diferentes postagens que publiquei aqui no blog.
Postagens de 2009, nossa! Quem era eu naquela época? De alguma forma eu era a mesma que sou hoje, alguma parte daquela Gisella ainda existe na Gisella hoje, eu mudei meus sentimentos, minha forma de ver algumas coisas, de interagir e sentir o mundo. Mudei muito e alguns textos refletem essas mudanças, mas principalmente nenhum deles mostra a mudança principal. Meu amor pela vida precisou ser dividido, e na minha forma de ver hoje depois de reler todos os meus próprios textos eu conclui que o universo arrumou um jeito perfeito de que eu tivesse com quem compartilhar esse amor.
Minha filha veio pra minha vida em um momento de transformação, ja coloquei e provavelmente em outros textos voltarei ao assunto sobre a maternidade, e sinto como o ar que respiro que a presenca dela é uma parceria na minha vida. Uma parceria que eu não teria de outra forma e nem ia querer continuar buscando em outra pessoa, talvez pelas decepções que eu já tinha vivido. Mas ela existir e poder com ela dividir tantas coisas, vai além de tudo que passamos no dia a dia.
Como já falei em outro texto, minha prioridade ao planejar meu dia é nosso bom dia. Nossa tradição de até logo. Nosso carinho. Nossa parceria. Os problemas vão continuar, e somos ainda humanas, eu continuo sendo a mãe dela, a responsável por margear ela nesse percurso chamado crescimento e orientar ela da melhor forma para enfrentar a vida adulta. Só que isso não me impede de ser parceira dela e querer que ela seja minha parceira. Foi por isso que busquei e busco uma educação com respeito. E apesar de muitas lombadas acredito que vamos conseguir.
Outra coisa que me chamou atenção nos meus textos, eu simplesmente não me permito ser simplesmente grata e ficar satisfeita pelas minhas conquistas e feitos. Me exijo sempre mais. Não sei se isso é uma sombra ou um traço da minha personalidade, mais sei que percebi que sempre que escrevo um texto se eu fico relendo eu me pego querendo reescrever ele e mudar alguma coisa, e se começo vou mexendo e quando vou ver mudei tanta coisa que o sentido do texto mudou também.
Tenho a cabeça cheia de ideias, esse é um blog pessoal, onde falo sobre sentimentos, coisas pessoais, e opiniões minha sobre o que esta acontecendo em algumas situações (acho que não coloquei nenhum texto sobre isso ainda), mas principalmente é onde eu quero poder escrever sobre os diferentes assuntos que surgem na minha mente com tudo que esta acontecendo e não é possível ter com quem conversar. E mesmo que fosse, como podemos conversar com as pessoas sobre assuntos tão diferentes em situações inusitadas sem que nosso próprio autojulgamento nos impeça de tocar no assunto? E eu quero começar a aceitar meus textos como eles ficam, sem querer mudar depois para que façam mais sentido, afinal eles fazem sentido na hora que escrevo, porque são o que eu estou querendo dizer naquele momento.
Eu mereço me dar esse direito, porque eu criei esse blog pra esse proposito, foi essa a minha intensão ao criar esse blog, e levei anos me mostrando como escrever dessa forma e mais alguns anos entendendo que meu jeito de escrever conversando com minha mente era meu jeito de dizer que quero poder compartilhar meus textos com outras pessoas. Aceitar que as criticas que recebo muitas vezes são capazes de me deixar desanimada mas eu não me resumo a elas, e sejam elas construtivas ou não eu sou o que eu me determinar a ser, e o que eu estou me descobrindo e me construindo. Essa é uma verdade que eu estou amando e adorando conhecer, em cada palavra e cada vez que olho no espelho.