sábado, 5 de junho de 2021

Afinal isso é o que?

     Não sei o que é isso que eu faço aqui, mas essas postagens me ajudam a colocar um pouco de sentido na minha vida e com elas eu converso comigo mesma. Ouvindo a Ana eu entendi que esses meus diálogos internos são conversas comigo mesma criando minha própria realidade, e a minha forma de entender minha sintonia com o universo e as coisas boas e as frequências que estão disponíveis a todos é muito mais comum do que eu imaginei e que as pessoas no meu pequeno circulo me olhavam como se eu fosse maluca por não acreditarem em mim, mais que eu por não acreditar em mim mesma me bloquei essa verdade e essa minha verdade e me sintonizei com pessoas e uma realidade que me fez viver as situações que hoje eu vivo. E o mais incrível de tudo isso? Minha alma encontrou formas de mesmo com essa sintonia na frequência errada achar um caminho que me levasse de volta a minha verdade. Ao que me fazia me sentir viva e livre.

    Sou uma sonhadora, sou uma mulher que acredita no melhor das pessoas e já fui chamada de ingênua por ser assim. Nossa sofri, chorei e sim me senti mal, conseguiram me fazer sentir que era culpa minha eu estar na pior e passando por situações constrangedoras e muitas vezes me desculpei por coisas que nem havia sido eu que tinha feito. Por vezes sem conta assumi responsabilidade por coisas que não eram minha responsabilidade, porque acreditei que se eu não fizesse ninguém faria, e quando deixei de fazer, ninguém fez, e eu me senti culpada, mais ao invés de entender que não era responsabilidade minha eu me culpei e tentei recompensar algo que nunca precisou ser compensado porque nunca tive culpa para compensar, porque não havia culpa, não era responsabilidade minha. 

    Estranho eu repetir isso de forma tão incisiva e enfática, mais faço isso pra sempre que eu reler esse posto eu me lembrar disso, e ver se minha cabeça dura entende de uma vez por todas que não é responsabilidade minha que meus pais têm problemas de comunicação no relacionamento deles e eu não preciso ficar tentando fazer eles conseguirem se entender. Não é responsabilidade minha que minha mãe não consegue lidar com a ansiedade e a culpa que sente sobre a forma que ela se relaciona ou se relacionou com os familiares dela e não vou ajudar de forma nenhuma me envolvendo nisso. Tenho que começar a internalizar isso e parar de assumir para mim responsabilidades que não são minhas. 

    É minha responsabilidade a educação da minha filha, é minha responsabilidade minha filha aprender a comunicar o que sente e o que quer sem medo de ser punida por isso porque eu sei como isso dói e não quero que minha filha passe por isso. É minha responsabilidade respeitar o relacionamento dos meus pais e os meus pais, ensinando minha filha a ter por eles o mesmo respeito e honra a eles não apenas por eles serem mais velhos, mas por eles serem pessoas que merecem tanto quanto nós mesmo merecemos, cheias de defeitos e qualidades que existem e merecem ser respeitadas. è minha responsabilidade viver a minha vida da melhor maneira possível para ser a melhor pessoa que eu puder para mim mesma. è minha responsabilidade minha felicidade. É minha responsabilidade minhas escolhas e decisões, conscientes ou não, são minhas.

    Parece loucura, mas escrever isso ajuda muito, e como ajuda! Não a decidir o que é responsabilidade, porque isso eu to cansada de saber, mais me ajuda a me livrar do que eu acho que é e na verdade não é. Porque se escrevo eu percebo que na verdade entra no paragrafo que não é responsabilidade e as coisas vão entrando em uma ordem e se assentando. Tem pessoas que conseguem fazer isso só pensando, ou limpando a mente de pensamentos com meditação, outros conseguem fazer isso em processos criativos e produzem coisas maravilhosas. Mas eu, escrevo textos que me ajudam a entender meu próprio ser e colocar ordem nessa mente cheia de labirintos e comportas fechadas que eu ainda não me permiti abrir. Não sei se por medo, por não ter ainda encontrado o caminho até elas ou se por desinteresse. Mas estou me sentindo uma criança que acabou de ganhar um brinquedo e está adorando descobrir suas novas funcionalidades.