Hoje eu li uma postagem que me interessou muito, sobre uma mentoria que a Ana vai oferece a pais de Crianças Cristais que se interessem por se prepararem para o desafio de acompanharem esses anjos humanos nessa jornada na terra. E claro como tudo que se trata de educação e criação de filhos extraordinários eu me interesso e eu fui procurar saber se a personalidade que eu identifico na minha filha hoje é compatível com o que se diz ser uma criança cristal. Esoterismo a parte, religião então descartei completamente, e achei alguns artigos interessantes, mais o que eu achei de mais interessante em todos eles foi que eu não identifiquei a personalidade da minha filha, mais encontrei algo que me cabia como uma luva e que me fez ter uma lembrança que na verdade eu não consigo acessar completamente. Pode ser algo que vivi e empurrei para algum lugar bem remoto da minha memoria porque me fez sofrer, o meu humano sofreu com o que aconteceu envolvendo essa memória e lendo essas matérias eu me vi tentando descobrir o que é, ou pelo menos tentando lembrar o que eu não estou conseguindo lembrar por completo.
Mas palavras me saltaram aos olhos, crianças índigo, influenciadas pelo ambiente diferentes das crianças arco íris, e as índigo poderiam se tornar crianças arco íris. E a frase se formou na minha mente: Fui uma criança Índigo, me tornei Arco Íris, fui o veículo de carne que trouxe outro anjo pra terra na criança que é minha filha uma união de arco íris com Cristal. E na família identifiquei traços de índigo e cristal no meu irmão! Acredito que isso é uma daquelas fichas que caem e precisam ser elaboradas e depois revistas e provavelmente vou reescrever e tornar menos atrapalhada a forma de expressar. Talvez oculte a parte do meu irmão, afinal como pessoa pública isso pode não ser bom pra ele, mais eu precisava escrever isso antes que a ideia fugisse da minha cabeça; essa ideia está sendo mantida em rascunho já a algum tempo, e não sei se farei dela um post aqui no blog, ou um desabafo no Reddit, ou se apenas irei continuar elaborando ela quando me der vontade de reler e adicionar algumas palavras.
Mas mudei a direção dos meus pensamentos sobre isso, na verdade percebi que essa direção que meu pensamento estava me levando era algo do qual eu fujo constantemente, que é padronizar e colocar em caixinhas pré moldadas coisas que na verdade não precisam ser classificadas. Eu posso estar enganada, mais classificar crianças como Índigo, Cristal, ou Arco Íris torna a nossa convivência com ela algo maçante, deve nos fazer questionar nossa capacidade de sermos pais e mães dessas crianças já que a forma como fomos educados nos faz sentir que não nos encaixamos nesses moldes.
Eu vejo traços de algumas coisas que moldam uma criança índigo na minha infância, mais não é tão marcante, nem deixa de existir traços de crianças cristal... arco íris então, nossa me classifico em todas ou quero me encaixar nelas pra tentar entender meu lugar no mundo e com 40 anos de idade e já sendo mãe eu me sinto uma adolescente perdida em tentar entender algo que ates já ficou claro pra mim. Cansa! Volto a dizer que não me encaixo, mais me identifico. Faz sentido? Não sei, mais é como eu me sinto e acabei de perceber que me sinto bem. Tem importância pra mim se minha filha encaixa nesses moldes, e consegue atender a expectativa de quem acha que pode colocar ela em moldes assim? Faz!
E nesse ponto que eu quero me policiar. Na escolha que fiz e faço diariamente para uma educação com respeito, usando a disciplina positiva como principal forma de interagir e conviver com minha filha eu preciso me controlar para não interferir na forma como ela percebe o mundo. Porque ela é uma pessoa separada de mim, ela pode sim querer encaixar em moldes, e até mesmo se encaixar de forma tão natural que nem percebe, mais isso não fará dela uma pessoa menos ou mais digna do meu amor e da minha atenção. Isso não fará uma mãe menos ou mais preparada para estar ao lado dela apoiando e amparando nos momentos que ela sentir necessidade. A diferença vai estar na minha disposição en aceitar, amar e estar alí para minha filha.
Escrever isso me deixa muito mais tranquila e certa de que posso fazer escolhas que nem todos vão ou querem tentar entender, mais sei exigir que sejam respeitadas. E por mais que pareça que não está fazendo diferença eu olho para pessoas com quem eu convivi mantendo essa mente aberta e deixando a liberdade de a pessoa se expressar por quem ela é e sei que fiz e faço minha melhor escolha ao fazer isso, ao ser assim. Porque simplesmente é assim que eu gosto de viver cada dia, conhecer e conversar com as pessoas, ser apenas eu, em tudo e a todos os momentos.