Com o objetivo de desenvolver minha confiança para estabelecer meu auto conhecimento, trago nesse blog a busca constante do equilíbrio entre os sentimentos e emoções que moldaram, moldam e podem moldar a minha vida. Agora entendendo que tudo foram e são escolhas feitas de forma consciente ou não em um passado distante ou ontem mesmo!
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Apenas ser
terça-feira, 21 de julho de 2020
A chegada do Bob
Deus vibra em uma sintonia
tão harmônica que quando conseguimos entrar nela sentimos uma paz tão inexplicável
que não dá pra descrever. Encontrei isso
no olhar de um cachorro, na foto de internet. Loucura, mas eu via a foto desse
cachorro desde abril na pagina desse abrigo e pensava, ele faria tão bem para
minha filha. Eu ficaria tão mais leve se tivesse um cachorro! Mas, bom já escrevi
sobre isso. A chegada dele quarta feira passada foi justamente o que eu pedi a
Deus para encontrar a paz que estava me faltando. Sinto que desde que ele
chegou estou organizando melhor meus pensamentos, minhas emoções, minhas
determinações sobre o que eu quero para o meu e o futuro da minha filha. È muito
gostoso o que sentimos quando temos a certeza do que podemos fazer o bem para
outras pessoas e para outros seres vivos que não estão conosco por interesse.
Isso é uma das coisas que ficou bem nítido depois da
chegada do Bob. A constante ameaça de se você não fizer eu vou encontrar quem
faça no seu lugar, ou faz isso ou não farei aquilo, e coisas do gênero que
transformam a relação em uma eterna troca de interesses de faça isso para que
eu faça aquilo. Eu sei que é estranho isso. As relações humanas são baseadas em
uma troca de emoções, e sentimentos, mas existe um limite entre o que são essas
trocas baseadas em interesses e o que são essas trocas baseadas em simples existência.
Eu sento e fico lá no quintal alisando o cachorro com minha filha só olhando o
céu e vendo as nuvens passarem, às vezes falamos alguma coisa e achamos a manha
perfeita. Ficamos cada uma fazendo suas coisas no mesmo ambiente e gostamos do
silencio de estarmos juntas no mesmo ambiente.
Mas
o nosso silencio parece incomodar e eu cansei de tentar entender. Sabe quando a
companhia é leve e não precisa de palavras? Isso é raro, mas tenho com minha
filha, vejo que minha mãe teve isso com minha irmã, ou eu acho que teve, porque
tenho ciúme da relação delas porque as duas me falam coisas que eu não sei se é
verdade, eu não sei. A verdade é que não
importa o quando e onde, se estou bem consigo compartilhar de momentos assim
somente com a minha filha e poucas pessoas que chamo de amigos. Tenho sim
vontade de pode sentir isso com minha mãe, mas não posso dizer que sinto. Hoje lembrei
que me sentia assim com meu primeiro esposo, e no momento que parei de sentir
isso começaram nossos problemas no casamento; no segundo a mesma coisa, e o
problema não foi com eles, nem comigo, na verdade olhando de forma racional não
houve um problema. Simplesmente não prosseguiu.
Uma
relação deve ter o afinco de duas pessoas. Esse sentimento de simplesmente ser
é bom pra mim e pra minha filha porque eu não tenho que agradar ela o tempo
todo, e não sinto essa necessidade. E graças a Deus percebo que não estou
cobrando ela de me agradar o que faz ela ficar a vontade comigo também. Isso Eu
sinto também com os amigos que me deixam a vontade e é como eu vejo que
funcionava com todos com quem eu je me senti assim e depois deixei de sentir. E
Deixei de sentir porque passei a acreditar que precisava agradar, precisava
porque a pessoa pediu algo que eu não me senti capaz ou não era capaz de dar ou
fazer; ou achei e acreditei que não fosse. Independente de qual origem dessa
necessidade eu não consegui identificar antes que ela acabasse por destruir o
relacionamento e me afastar da pessoa ou transformar a relação até o quase
completo fracasso como é hoje minha relação com minha mãe.
Então
eu não me arrependo de nada do que eu fiz, e acredito que muito das coisas que
eu deixei de fazer eu tive a racionalidade de entender que me fariam mais mal faze-las.
Nesse momento eu sei que do pó Deus pode fazer argila e da argila o barro e do
barro o homem a sua imagem e semelhança. E sei que se for da vontade dele meu
relacionamento com minha mãe pode melhorar. Só não posso ficar sacrificando
minha relação com minha filha até que minha mãe esteja pronta para viver esse
novo que Deus já tem preparado para nos duas. Então o Bob já faz parte da nossa
vida e tem me mostrado a importância de ter o pé no chão sobre o que eu
realmente quero para o futuro com minha filha, e a única forma de conseguir
isso é realmente voltando a trabalhar e isso só vai acontecer quando meus
problemas de ansiedade e depressão e diabetes forem solucionados; já estou me
preparando psicologicamente para a cirurgia bariátrica, e essa pandemia sendo
contida eu vou fazer essa cirurgia.
E ai
veio outra questão. Minha mãe começou a falar que não vai me aceitar morando
com ela depois da cirurgia se eu operar antes dessa pandemia passar porque ela
considera um risco de exposição alto demais para mim e para meu pai e toda a família
operar em pleno auge da pandemia. Ela esta certa. E enquanto escrevo esse texto
percebo o quanto ela esta certa nessa questão. Eu tenho que começar a me conter
nas criticas que faço a minha mãe. Uma conhecida que tenho tido muita afinidade
já me falou que o universo conspira a favor dos que vibram em sintonia com ele,
e é uma sintonia de amor, uma vibração positiva. A prova disso é o estado
emocional que eu consegui estar para ter a alegria de hoje dizer que o Bob faz
parte da nossa família. Ele é uma realidade que antes de ser tangível foi
vibrado no meu intimo com profundo sentimento e carinho e amor e um querer que
Deus sabe o tamanho da minha necessidade.
Ver
minha filha brincando de boneca com ele como se fosse uma colega da escola é tão
gratificante; ver o cão correndo pela grama quando vamos passear e poder soltar
um pouco para se cansar e exercitar as pernas! Eu fico emocionada e grata por
poder ver e participar de momentos como esses. É muito bom e muito emocionante
poder viver momentos assim. Poder ter com quem compartilha é muito gostoso também.
Minha mãe tem ido com a gente nos passeios no final da tarde quando a saúde dela
permite. E com todos os nossos problemas de relacionamento ela estar se
entendendo com minha filha e mantendo uma relação saudável com ela pra mim é
uma vitória. E acredito sim que para ela também é.
Hoje
ela falou uma coisa para mim na hora do almoço que me deixou pensativa. Disse
que eu sou muito dura com ela, de um jeito que não sou com outras pessoas. Ela
tem razão? Eu não sei. Talvez tenha, vou avaliar se realmente estou me
comportando e exigindo dela coisas que não exijo de outras pessoas, claro que
minha relação com ela tem que ser diferente já que é minha mãe, quem sabe seja
hora reavaliar a forma como lido com as emoções que me fazem levar tudo a ferro
e fogo com minha mãe, agora que tenho o Bob para me ajudar a extravasar minhas
emoções com exercícios, caminhadas e longas reflexões de trocas de olhares e
chamegos caninos.
quarta-feira, 8 de julho de 2020
08/07/2020
O que faz uma pessoa ficar feliz com a lagrima do
próximo? Porque ver que a outra pessoa se entristece com nossas atitudes faz
bem e em que ponto isso pode ser definido como psicopatia? Eu vejo seriados,
assisti filmes e não entendo. Claro não estudei psicologia na universidade para
tentar descobrir porque acredito que se houvesse uma resposta para essa questão
não haveria tantas pesquisas cientificas e trabalhos com diferentes
perspectivas sobre o assunto.
As
pessoas vivem diferentes experiências, e isso faz com que elas tenhas
diferentes entendimentos de uma mesma situação. Existem grandes pensadores que
falam sobre consciência coletiva, sobre coletivo imaginário e sobre coisas
compartilhadas universalmente como algo utópico. Mas no mundo de hoje isso pode
ser considerado de forma mais palpável. Antes era difícil de imaginar que uma
pessoa do outro lado do mundo pudesse ter a mesma ideia sobre múltiplas
personalidades disputando o consciente de uma pessoa racionalmente dentro de um
individuo totalmente sociável, imagine três pessoas com a mesma ideia, quanto
mais quatro, cinco pessoas? Mas incrível, isso acontece! Porque eu sei, porque
aconteceu comigo.
Quando
resolvi voltar a escrever comecei um de vários escritos e entre eles um era
sobre personificar emoções e escrever sobre como elas se colocavam dentro de
mim como pessoas que discutiam e argumentavam me enlouquecendo mas não tirando
a minha razão e eu acabava sendo até mesmo engraçada sobre o assunto. E falando
com uma conhecida sobre a ideia do que eu estava escrevendo descobri que tem um
seriado sobre isso. E quando eu cheguei a casa, olhei na internet e descobri
que esse seriado é baseado em um livro que foi baseado em um anime japonês que
foi baseado em um filme antigo de não muito sucesso de muitos anos atrás!
Tudo
isso me faz pensar se existem nesse universo virtual pessoas que passam pela
experiência de ter por perto pessoas que ama e não consegue manter distancia
por um ou outro motivo e que te machuca ficando feliz e satisfeita quando
percebem que conseguiram te machucar? Porque eu realmente gostaria de poder
conversar com essas pessoas sobre como podemos conseguir através de conversas anônimas
nos ajudar e os apoiar para que possamos suportar a dor sem perder o respeito e
sem alimentar raiva ou sentimentos ruins
que só servem para envenenar nossa alma e nos deixar amargos com a vida e
pessoas que nada tem a ver com o que sentimos ao sermos magoados pela pessoa
que tanto queremos por perto. E principalmente porque mesmo a pessoa sendo
toxica a presença dela em nossa vida é tão necessária? Porque a sensação que eu
tenho é de que podem passar mil anos e mil encarnações eu não conseguirei não ter
essa toxicidade na minha vida se não resolver o motivo dessa dependência.
Assisto
seriado atrás de seriados, converso com meu subconsciente e com minha
imaginação e não encontro uma resposta. Escuto musica, bebo meu chá. Me encanto
com o som dos pássaros, e me deixo devanear as vezes no sorriso doce de ver
minha filha descobrindo as coisas simples da vida. Eu não tenho resposta para
tudo, preciso aceitar isso, nem tudo é perfeito, nem tudo tem resposta e nem
sempre o encaixe acontece. È assim que as coisas são. E eu olho minha filha e
me lembro que quando eu era criança eu não queria ser mãe, eu já tinha consciência
que esse mundo era ruim demais para se trazer uma outra vida pra viver nele.
Como eu já podia saber disso? Porque eu sabia ou pensava assim? E ai eu percebo
que não sei a resposta porque simplesmente não me lembro; assim como não me
lembro de coisas que certamente foram boas da minha infância.
Vale a
pena buscar essas memórias? Não. Foi a resposta do meu psicólogo. Ele me
mostrou que não iria mudar em nada buscar essas lembranças simplesmente porque
elas não iriam mudar em nada meu presente. E ele tem razão, elas não iriam
mudar meu presente. Eu na idade da minha filha já não queria ser mãe, e eu sei
disso e me lembro de não querer. Mas sei bem o momento em que decidi e escolhi
ser. Sei e me lembro de tudo que passei para realizar essa escolha e hoje sou
mãe. Ser mãe pra mim não foi um acidente, foi uma escolha. Cada decisão que
tomei desde o momento em que aceitei viver para ser um vaso de amor na terra
tenho vivido situações de escolhas difíceis, onde meu querer tem sido colocado
em questão.
Ser mãe
é uma escolha minha, e eu tinha no fundo do coração a vontade de exercer a
maternidade sim, mas tinha também o medo. E por causado meu relacionamento
toxico com minha mãe eu era muito mais apegada a esse medo do que a minha
vontade. E quando aceitei ser um vaso de amor, eu entendi que ser amor não é
ser egoísta, mas aprender a se amar sem ser egoísta. Aceitar que sou toxica
para minha mãe e ela é toxica para mim é tão dolorido que me machuca escrever
essas palavras, mas também me liberta. Não sei se algum dia ela vai ler isso, e
muito menos se em algum momento eu terei coragem de conversar com ela sobre
isso, mas só de escrever já consigo respirar melhor.
Resolvi que
não quero mais alimentar essa relação toxica com minha mãe mais. E
principalmente que não vou desenvolver com minha filha um relacionamento
toxico. Preciso desenvolver uma forma de me relacionar com minha filha sem essa
toxicidade que permeia toda minha relação com minha mãe e a única forma de
fazer isso é purgando minha relação com minha mãe. Agora que a decisão foi tomada
eu preciso de ajuda. E a ajuda precisa vir de uma consciência coletiva que eu
preciso encontrar nesse universo virtual. Nessa consciência coletiva que
permeia o subconsciente coletivo que existe acima de todos nós.
Eu assisto series sobrenaturais, e acredito em
muita coisa, mas já adianto que uma coisa é acreditar no sobrenatural, e outra
é acreditar em sobrenatural. Se isso ficou claro vou responder aos comentários do
blog e do capitulo. Se não me desculpe. Já pratico hoponpongo e estou ensinando
do meu jeito a minha filha de 3 anos e 8 meses. Esta sem nos ajudando muito. Mas
ela esta na fase da teimosia, e estamos tendo muito trabalho para superar esse
comportamento dela. Agora
principalmente, eu quero de verdade que minhas palavras possam ser apoio e
ajuda a alguém, e ser ajudada ou apoiada por alguém. É tão difícil não poder
ouvir nada sobre esse assunto além da voz do meu próprio consciente ou subconsciente
falando com meus personagens imaginários.