segunda-feira, 1 de março de 2021

Quarentena que começou já fazem...

    Hoje faz um ano que a primeira onda desse vírus implacável foi decretado uma ameaça a vida no Brasil, desfiando a palavra do presidente, que insiste até hoje mesmo já tendo sido contagiado pelo vírus na primeira onda, o discurso continua. Quem sabe o que é sabe, hoje em dia se posicionar pode ser uma arma nas mãos de quem quer se sair bem nos próximos minutinhos da vida medíocre que não consegue perceber que a vida vai muito além dos minutos em que se dar bem traz uma sensação de alivio. então.

    O texto de hoje pode estar e ser bem confuso, estou muito angustiada com tudo que tem acontecido e perceber que muitas ideias querem sair ao mesmo tempo me faz escrever de forma desconexa e cheia de erros. Mas a verdade e que estamos vivendo esse terror imposto por esse vírus já há mais de um ano. Porque oficialmente tem um ano que ele foi reconhecido como o perigo que é e representa, tem muito mais tempo que aterroriza o mundo e ceifa vidas e mais vidas. 

    Agora depois de ver outros países viverem o caos de não darem a devida importância aos cuidados preventivos e diários que são necessários e continuamente são ignorados. Estamos entrando na historia, o país que vê crescer suas dificuldades no enfrentamento do corona vírus enquanto o mundo começa a respirar aliviado. E sabe o que é mais assustador? Vimos tudo que esta acontecendo no brasil acontecer em outros países menores que tiveram a mesma atitude que a nossa. E não estou falando de atitude do governo, porque esse nunca fez nada que preste e não acreditei que faria agora. Estou falando da população.

    Nós vimos nas reportagens países deixando seus mortos pelas calçadas porque o sistema funerário não estava dando conta de tanto serviço. Mas vamos ao bar que esta funcionando com musica ao vivo porque é um ambiente controlado e as pessoas são conscientes e não vão se arriscar a irem em um lugar assim se tiverem suspeita de estarem contaminadas! Doce ilusão, a humanidade se resume em dois grupos principais, os que se importam e os que não se importam, e esses grupos convivem há séculos ou mais e sempre se misturam.

    A questão é que os que se importam sempre procuram entre os que não se importam aquilo que os fez perceber que se importavam, e sempre tentam ajudar, salvar ou mesmo ser a salvação dessas pessoas. A empatia é pra ser sentida e não racionalizada. E essa diferença é o que faz a evolução ser tão magica e cheia de oportunidades. Algumas pessoas aprendem a se importar e outra passam a fingir que não se importam por não conseguirem satisfazer o ego de saber que fizeram outras se importarem.

    Confuso? Muito, sentimentos são confusos. Eles devem ser sentidos e não racionalizados, portanto pare de racionalizar o que vc esta lendo e apenas sinta. A fluidez de sentir nos permite viver coisas além da nossa imaginação, e isso não é clichê de conto de fadas, é realidade de quem se permite. Simples e diretamente se permita viver a vida e não racionalize. A vida é fluida e rápida, passa como um piscar de olhos, se prevenir e não ir a ligares onde a exposição é fatal, não é ser chato, de direita ou de esquerda, é ser humano. Não se expor previne a você sua família e seus vizinhos e as pessoas que como você precisam trabalhar e como nós também estão sofrendo como todos nessa disputa politica que soma números mas esquece as historias!

    Não deveríamos precisar de uma instituição governamental para dizer que estamos morrendo como gado no abate! Supostamente temos livre arbítrio, podemos pensar e vivemos em sociedade, mas nos subjugamos a decisão do governo sobre se devemos ou não evitar a disseminação do vírus na nossa cidade, fechando as portas dos comércios por alguns dias, afinal somos egoístas de achar que não podemos deixar de trabalhar um dia, que não podemos acreditar nos fatos, porque é muito mais confortável acreditar nas conspirações e mentiras que se espalham para ocultar o medo que carregamos diariamente de descobrir que estamos contaminados.

    Nosso medo é natural, ele nos permite a sobrevivência, e a lei de Darwin diz sobre a sobrevivência do mais forte, do mais esperto e do mais apto, ela não fala sobre politica, nem sobre lados ou escolhas, ela fala sobre evolução. Evoluir vai além de politica, de egoísmos ou decisões. Evoluir é ser sobrevivente. E esse vírus veio mostrar que dinheiro, politica, status ou qualquer bem subjetivo é supérfluo.  Hoje em meio a tantas reportagens vi uma que me fez pensar em começar a escrever, o Zoológico de alguma cidade cedeu aparelhos usados nas cirurgias de animais do Zoológico para os hospitais da cidade que não estão tendo equipamento suficientes para infusão de medicamentos e respiradores por causa da Covid.

    O que me chamou a atenção não foi o fato de os equipamentos hospitalares de um Zoológico, afinal os equipamentos são praticamente os mesmos usados para humanos tbm. O que me chamou a atenção nessa matéria foi que houve alguém com discernimento para entender que não existia essa diferença entre os equipamentos e aceitou usar ele para o que é mais necessário no momento. O que em tempos como o que vivemos é raro. 

    Afinal enquanto os governantes discutem se vamos ou não receber auxilio, quem pode ser retirado da  lista de beneficiários, e até que limite esse valor pode ser reduzido, o salario de cada um deles esta sendo creditado na conta, o carro deles esta abastecido com o dinheiro do cofres públicos que são preenchidos com os impostos que pagamos em tudo que consumimos para nossa sobrevivência. Muito surreal vivermos uma situação onde o que consumimos abastece os cofres e garante o salario dos que decidem se vamos ter o dinheiro pra gastar com esses consumos!

    Mas as pessoas focadas na própria historia não se permite ver as necessidades dos outros. Por simplesmente estarem passando por tantas necessidades elas não se percebem em meio a tantas outras pessoas com necessidades iguais. è natural ignorarmos a dor do outro enquanto não passarem pela situação de terem suas dores ignoradas. Infelizmente vejo os brasileiros caminhando para isso. e imagino que a dor pode ser o remédio que a humanidade está precisando para acordar e despertar desse pequeno mundo de picuinhas e disputas politicas que já levou mais de um bilhão de pessoas pelo mundo.

    Eu comecei esse texto pensando em colocar pra fora toda minha indignação e tristeza em saber que as pessoas continuam ignorando o perigo, transformando em discussão todas as conversas sobre aa necessidade de prevenção e isolamento. Estou cansada de ver as pessoas se matando e enchendo os hospitais com um problema que poderia ser evitado se pensássemos mais uns nos outros e menos nas vantagens e desvantagens que podemos ter frente a esse desafio. Esse tempo vai passar, as coisas vão melhorar e quem conseguir vai ser vacinado.

    Acredito na sabedoria do universo. As energias sempre vão fluir para um equilíbrio e tenho certeza que o equilíbrio está próximo, se houvesse um desequilíbrio grande demais acho que as coisas estariam muito piores, mesmo sabendo que podem piorar eu quero acreditar que não vão. Eu preciso acreditar que vamos conseguir conviver com essa pandemia como convivemos com a pandemia do HIV. Porque não escutei ainda ninguém fazer essa comparação? Diferente do HIV nós já encontramos  as vacinas e estamos começando a entender que a defesa de cada um depende de cada um. Cada um tomando sua própria consciência e fazendo a sua parte.

    Agora eu termino o texto pedindo que cada um tenha a consciência de saber o que esta fazendo ao deixar de se cuidar com o uso de mascaras, ao não lavar as mãos, ao ir em aglomerações e esquecer que além de você existe um universo de pessoas que também tem medo do dia de amanha; mas estamos vivendo e estamos vivos, e acredito que muitos querem continuar vivendo. Vamos por as prioridades em primeiro lugar, brigar para poder continuar trabalhando e mantendo o comercio aberto mas pra quem frequentar se todos resolverem seguir em isolamento? Os patrões que pagam nossos salários também sofrem com a situação. muitos precisaram ou vão precisar demitir; fechar as portas, mas permanecem vivos! E estar vivo na situação que vivemos hoje é um privilegio que os pacientes que ocupam 99,7% dos leitos de UTI da federação gostariam de dizer que terão.