terça-feira, 10 de setembro de 2019

ORGANIZANDO SENTIMENTOS Parte III


    Existem musicas que revelam sentimentos assustadores, e existem medos que se mostram muito maiores quando encarados de frente ao serem realmente encarados, do que imaginou que seriam se fossem encarados dessa ou daquela forma. A questão não é o problema mas a imaginação, uma ferramenta lúdica desenvolvida desde a pequena infância para nos ajudar a lidar com nossos medos, problemas e dificuldade de forma mais branda, menos traumática. Não que isso seja ruim, são ferramentas importantes para ensinar e aprender a lidar com muitas coisas, tanto na infância como na vida adulta.
    O processo de amadurecimento é dolorido não porque crescer doí, mas porque na sociedade em que vivemos o amadurecimento envolve matar o lúdico dentro da gente, matar nossa criança interior e aceitar que ela vai morrer para o nascimento de um adulto sério e responsável, e essa ideia monstruosa faz muitas pessoas quererem ficar na metade do caminho. Essa metade, onde se assume a responsabilidade de uma vida adulta, mas se vive de brincadeira.
    Porque matamos nossos sonhos na irresponsabilidade de viver tudo de uma vez e não conseguir viver nada direito na juventude, esquecemos sonhos, tornando a vida adulta uma chatices onde trabalhamos para ter dinheiro pra ter coisas que nos permitam ter mais coisas e mais coisas, e no final o que fizemos da vida? 
     Entendi, em alguns dias de reflexão que eu não queria crescer, não queria matar minha criança interior, porque eu não quero que ela morra. ela me faz sentir um ser humano melhor, e me permite acreditar que no mundo existe amor, enquanto que os adultos só conseguem ver concorrência e disputas minha criança me mostra cooperação e interatividade. Eu sou diferente, Cresci sim, e preciso amadurecer, mas quero fazer isso sem matar minha criança interior.
     Quero amadurecer sem morrer por dentro, por  sinto que se eu matar meu lado lúdico, minha criança cheia de sonhos, cheia de vida de vontade de brincar, de trabalhar pra gastar todo dinheiro pra brincar de lego com a filha depois de pagar as contas eu não serei eu. parece imaturo, sim, pode ser irresponsável, e completamente contraditório, mas ainda estou organizando meus sentimentos para poder colocar em ordem meus pensamentos e planos concretos, até porque para concretizar algumas coisas preciso primeiro estar trabalhando. 
    Esse pequeno diário me faz bem, me deixa feliz escrever e em imaginar a pessoa do outro lado pensando a maluca que escreve essas coisas deve estar internada em algum hospital psiquiátrico bem isolado da sociedade, porque ela parece viver em um mundo paralelo... e eu digo pra mim mesma que bem que eu queria viver nesse mundo paralelo que meu lúdico cria para me fazer escapar da realidade cruel e fria de algumas coisas que sou obrigada a lidar nesse mundo em que  vivo. Mas isso é tema pra outro texto... Esse já esta muito rico em assuntos.

domingo, 8 de setembro de 2019

ORGANIZANDO SENTIMENTOS PARTE II

    Hoje uma frase veio a minha cabeça, eu abri mão da minha vida para viver a sua por escolha minha, agora preciso viver a minha e pra isso preciso deixar você e não é uma escolha. As pessoas que me conheceram com esse homem dizem que agora eu estou bem melhor, que desabrochei, me abri pro mundo. As pessoas que me conheceram antes dele já dizem que a passagem dele me transformou em uma mulher mais madura, me deixou mais dona de mim, mais decidida sobre o que eu quero e preciso da vida, me presenteou com mais brilho.
    Eu sinto que ele me transformou em quem eu sou hoje, sim, uma mulher madura, mãe, com sentimento profundo de amizade e carinho por ele que provavelmente sentirei por toda minha vida; ele é o pai que Deus escolheu para a minha filha, o ser humano que eu amo incondicionalmente. Assim como sempre vou ter respeito e sentimentos de carinho e amor pelo meu primeiro marido, afinal foi ele que me ajudou a aprender a viver fora da casa dos meus pais, a ter minha casa, Foi ele que suportou meu primeiro feijão cozido, meu primeiro macarrão grudento, e outras experiencias culinárias até que eu me tornasse a cozinheira que agora o pai da minha filha conheceu, então a cada um eu dou seu mérito sim.
    Mas com os dois eu não fui perfeita, fiz coisas erradas, coisas que nenhum dos dois foi capas de me falar. posso ter falado, feito, eu simplesmente não sei, e não sabe me deixa agoniada e confusa; porque não deu certo? O que eu fiz de errado? faltou alguma coisa? fui excessiva demais em alguma coisa? passou algo entre nós despercebido? Porque eles acham que eu deveria ter que adivinhar o que estaria acontecendo, porque das vezes em que questionei os motivos do afastamento que eu senti, porque eu senti; em cada uma dessas duas relações eu senti quando ambos começaram a se afastar, e eu tentei conversar, entender, perguntar, saber a resposta. Eu não sei se fui eu que não soube ouvir; se eles não souberam se expressar. ou se não era pra ser. Só sei que não foi. E isso dói...
    Me dói saber que não fui perfeita, não porque busquei ser perfeita como a esposa, mais porque não consegui entender as necessidades de quem eu pensava ser capaz de se comunicar comigo, o que me diz que sou incapaz de expressar meus sentimentos, seja por palavras, atitudes, ações, e caio em uma tremenda de uma contradição! Porque? Simples, quando minha filha olha pra mim sorri e passa a mão na minha bochecha e diz: "- fofinha, te amo mamãe".
    Essa contradição me deixa insegura, sim, essa insegurança me faz desconfiada sim, óbvio, mas se você me conhece sabe que ser desconfiada não faz de mim menos alegre, menos comunicativa, menos brincalhona, nem menos interativa, e graças a Deus minha pequena esta aprendendo comigo a ser assim, independente do que esta acontecendo dentro, do lado de fora um sorriso melhora o dia das pessoas em volta e com certeza vai melhorar o meu.

ORGANIZANDO SENTIMENTOS Parte IV

    O problema de viver uma vida onde não se compreende os próprios sentimento é que quando não identificamos os motivos de alguma frustração buscamos saídas aparentemente confortáveis para confortar essa frustração e aplacar essa ânsia que não identificamos a origem. E nessas saídas nos colocamos em situações que envolvem pessoas que nem sempre entendem nossa situação, ou acabam sendo vitimas dessa nossa imaturidade emocional.
    Mas será que existem vitimas em situações de envolvimento onde ninguém esta sendo verdadeiro com ninguém? Onde todos estão tentando vestir uma máscara e atuar em algo que não sentem realmente? Fugir do que a nossa natureza realmente nos diz sermos? O que é a nossa natureza? Como vamos conseguir identificar isso? Porque para essa identificação precisamos iludir e ser iludidos? Será que precisamos? Será que somos? Inocentes ou culpados?
   Um dia desses li nas redes sociais uma historia sobre um quadro de arte que ilustra a imagem da verdade saindo do poço, é uma historia interessante; dessas que circula de vez em quando pelas redes sociais e as vezes as pessoas se interessam em publicar. Ela basicamente diz que a mentira anda entre nós vestida de verdade e a verdade esta escondida no fundo de um poço escondida pela vergonha de estar nua; depois de andar com a mentira e aceitar a companhia dela para um banho no poço. Acho que pode ter sido inventado pra se dar audiência e valor ao quadro, com certeza, mas algo que nos faz pensar em quantas verdades temos escondidas com vergonha porque estamos preferindo deixar mentiras mais agradáveis expostas, por serem melhor "vistas" pelos outros. Resumindo o quando estamos presos a julgamentos alheios e perdidos de nossos próprios sentimentos para poder ter  a certeza de quem somos e o que somos capazes de fazer ao próximo, conscientes ou não dos nossos atos.
     Conhecer nossos sentimentos é o primeiro passo para começar a organizar, essa é a compclusão que eu chego agora depois de muitos estudos e buscas por textos e mais textos de internet, por meditações de varias modalidades e finalmente por aceitar que a melhor forma de meditação pra acalmar minha mente é redigindo textos sobre esses pensamentos abstratos que se misturam e precisam ser organizados e alinhados como meus sentimentos. 

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Nossa Quanto Tempo

Seis anos!!!
    Fazem seis anos que não tenho coragem de colocar publico um texto que eu redijo... e quando coloco é um texto que mostra nitidamente a minha mudança na forma de escrever sobre meus sentimentos. Não tão apaixonada, nem tão intensa, mais madura, e cheia de cuidado com as palavras; porém continuo intensa e confusa. 
    Minha confusão emocional me parece algo que carrego dentro da mochila que eu levo pra cada cidade que moro e tenho carregado ela por toda essa minha vida, e a cada novo ciclo de mudança eu me livro de pesos, jogo coisas que já não me servem mas essa confusão insistem em permanecer! Observando esse pequeno hábito, começo a pensar se preciso mesmo de uma mochila nesse novo ciclo...
    Eu não tenho muito seguidores nesse blog, talvez por isso tenho tanta facilidade em me expor e colocar minhas emoções em Pauta e escrever tão abertamente sobre tudo isso. Decidi passar a escrever no blog de novo. Nas horas vagas, que como eu disse não são muitas. Mas faz tempo que não publico, então tenho muita coisa escrita que se revisada pode ser publicada sem problemas. 
    Até seria bem legal tem mais seguidores, ler comentários construtivos de pessoas que se dispuserem a ler o que eu escrevo. Mas escrevo realmente para ordenar meus pensamentos. Sinto que preciso da escrita para conseguir regular minha bussola  emocional. é muito forte em mim a facilidade de me comunicar escrevendo.
       Talvez por eu ser emotiva demais e estar querendo me esconder atrás da tela de um computador para poder me sentir mais livre, porque o computador me da essa oportunidade. Eu realmente não sei se é isso, porque aqui do outro lado me considero uma pessoa comunicativa, extrovertida e até mesmo animada. Tenho facilidade de me apresentar para desconhecidos e não sou o tipo que tem vergonha de falar em publico ou estar em um ambiente com desconhecidos.
       A verdade é que agora depois de seis anos estou me sentindo vitoriosa por conseguir de novo escrever sobre o que sinto, mesmo confusa, e dizer em palavras o quanto isso me deixa mais confusa e por mais que eu tenha certeza que preciso arrumar isso, essa arrumação não vai ser ordenada por ninguém alem de mim mesma. E é nesse blog, publicando meus textos pra ninguém ou alguém ler que vou começar a fazer isso..
       Só espero não ser mais uma das coisas que eu começo e depois paro por não querer mais... rsrsrsrsrsrsrsr
     

ORGANIZANDO SENTIMENTOS Parte I


  Nada melhor que começar a escrever meus sentimentos para começar a organizar. Estou em um conflito, mal por uma situação e bem pela decisão que tomei e me deixou nessa situação. Confuso? Sim, nem eu me entendo. Uma hora sei o que eu quero e na outra já não tenho tanta certeza assim. De repente sei o que me faria feliz, mais ai começo a fazer e já não sinto a felicidade que achei que sentiria e não continuo porque não me trouxe a euforia que eu pensei que sentiria não sinto. 
   Não sei dizer se é a ausência da euforia, porque já houve situações que começar a colocar em pratica o que eu imagino me fazer bem me trouxe muita euforia, e do nada eu desisto porque não me sinto preparada pra essa acelerada que o coração dá nessas situações. Segundo meu psicologo estou confortável na postura de garota mimada que tem todas as condições de continuar como esta, apesar do desconforto de depender financeiramente dos meus pais eu ja decidi engolir meu orgulho pela minha filha, a unica coisa que ainda me impedia de voltar a essa dependência.
    Agora o que vai me mover a sair dessa estagnação? Me tirar desse "conforto incomodo que me faz pensar em mil coisas a serem feita, começadas e nunca terminadas porque nunca me parecem a certas a serem feitas? Eu olho pra trás e sinto desconforto? Não. Olho para as decisões que tomei e me sinto tranquila, não tenho arrependimentos das escolhas que fiz, e sei que farias as mesmas escolhas de novo e de novo porque meu coração é assim, ele sempre vai escolher amar, sempre vai escolher unir, e principalmente é um coração que vai sempre mostrar que o amor não depende de reciprocidade para ser sentido, ele simplesmente existe, e não cabe em uma pessoa só ele precisa ser distribuído, compartilhado.
    O que eu não posso é me sentir culpada por não querer mais distribuir amor ali onde já mostrei, demonstrei e agora quero  poder desabrochar, perfumar e ver minhas sementes se tornarem flores perfumadas em outros campos. Eu conheci pessoas durante o meu tempo de vida no ES. Foi um tempo sofrido, mais muito produtivo nesse ponto de vista da minha vida. A vida lá floresceu. E eu tenho muito amor no meu coração de saber que pude participar mesmo que pouco em cada coração que pude tocar. Em cada sorriso sincero que eu consegui fazer brotar. Na semeadura e no plantio de amor desses corações que hoje conhecem esse amor puro que vem de Deus.
    Fiz o mesmo no Rio de Janeiro, mais precisamente na Baixada Fluminense. sei que deixei sementes la, que as flores perfumadas vão surgir quando a primavera chegar. as pessoas que me permitiram me aproximar e ser amiga. Cada uma delas me abriu o coração. Me deixou tocar nelas com minha amizade, dura, maluca e cheia de defeitos, sinceridade bruta e muitas vezes agressiva, mas carregada de importância. A importância que cada um tomou no meu coração. Todos tem lugar no meu coração.
     Sou o tipo de amiga que acompanha a vida dos amigos pelo face, não tenho vergonha de admitir que a rede social me permite ficar por dentro e muitas das vezes puxo conversa quando percebo pelas postagens que alguém não esta bem e precisa conversar. Não é relapso, é falta de tempo. E quando eu digo falta de tempo não é porque eu não dou prioridade, mas tenho uma miniatura da Marsha em casa, o nome dela é Manuella, adorável, amorosa e um amor de criança. mais consome meu tempo supostamente livre e quando vou escrever e conversar com alguém já estou dormindo sobre o teclado ou com o telefone na mão.
     E como sempre em meus escritos eu me perco em devaneios e passo de um tema a outro sem  entender  "fio da meada" e conseguir ordenar os sentimentos que conflituam no sentido de fazer sentido e me confundem ao inconstante começar e desistir por não saber o que realmente quero por não querer mesmo querendo...