sábado, 5 de fevereiro de 2011

Desenvolvemos a tendência de interpretar o que sentimos como interpretamos textos conforme crescemos. Aprendemos que existem regras para se interpretar. Expressões do português que tem significados programados. Fazemos dos atos e ações dos outros; textos a serem interpretados.

Esquecemos de quando éramos crianças e apenas sentíamos! Como era bom ser criança! Sentir sem ter vergonha sobre o que outra pessoa iria pensar! Expressar emoções sem me perder na vergonha! Distribuir beijos e carinhos a todos sem medir conseqüências! Ser naturalmente amorosa, sem que considerassem falsidade!

A transformação em adultos trás emoções e sentimentos assustadores. Ser adulto pode ser cruel! Apaga luz de espontaneidade de uma criança. Passei a me preocupar com o que fazia, falava, expressava.

Assim como a interpretação de textos sempre foi um mistério, saber o que outra pessoa pensava, ou porque também! Buscar na matemática, no português ou nas regras de física, química, biologia, respostas para o que sentia, para que ter vergonha de fazer o que naturalmente eu fazia quando criança?!? Não fazia sentido!

Parei de interpretar o que sinto; escrever apenas sentindo faz muito mais sentido! Sentir e ser capaz de trazer esse sentimento para fora... Descobri que o sentimento não é algo tangível, escrito, possível de ser interpretado, coletivo. Sentimento é algo pessoal, intangível, único, individual; não existem interpretações programadas para o que sentimos.

Busco sempre sentir antes de expressar minha opinião, sei a importância de uma expressão mal dita na hora errada; pode destruir sonhos! Não quero, não posso deixar acontecer com outra pessoa o que aconteceu comigo. Sei que não tenho controle sobre isso. Não posso determinar nada na vida de outra pessoa, mas posso evitar opiniões negativas, imposição de regras!

Que regras são essas que determinam o que uma pessoa deve sentir, falar ou pensar? De onde elas vêm? Quem as determinou? Para que servem? Percebi que algumas apenas nos tolhem a capacidade criativa, amorosa, divertida e espontânea que temos quando crianças.

Porque ter vergonha de amar outras pessoas que não são próximas? Isso a gente faz quando adultos no casamento! Porque é natural quando criança gostar de todos e ser feliz por isso, e ao nos tornarmos adultos só nos permitirmos amar quem nos ama! Não existe porque, apenas acontece!

E quem nos garante que amamos as pessoas que nos amam? Que nosso amor é correspondido? Nessa grande interrogação me vejo em dificuldades! Sou maluca? Não existem interpretações para o que sinto, apenas sinto. Não busco razão no que faço, apenas faço.

Deixo minha opinião para os que se interessarem, não é uma expressão de verdades universais; muito menos receita de bolo. Apenas uma reflexão pronta para ser questionada se esse for o caso, mas que esse questionamento seja respeitoso.Buscarei a todos elas respeitar e responder.
A todos desejo a capacidade de amar e se amado sem regras ou duvidas, apenas amar!