Minha filha fez 5 anos no começo desse mês, e todos os anos desde que ela nasceu quando chega essa época eu fico mais sensível, não sei explicar se é a lembrança emocional daquele ano, se é a dor que eu sinto ao lembrar de tudo que o nascimento dela envolveu na minha vida, ou se é o orgulho e euforia de ver que ela fez 5 anos e contrariou tudo que todos, absolutamente todas as pessoas que estavam em contato comigo naquele momento da minha vida acreditavam. É uma mistura de orgulho por ver que nós duas passamos por aquilo, eu acreditando nela, em cada dia, a cada etapa e ela ntimento e emioção. No meu olhar e toque suave, acreditando em minhas palavras e mim, sem olhar, porque era tudo que ela tinha de positivo naqueles momentos. Quando eu conversava com ela na minha barriga ainda com 16 semanas e as pessoas olhavam pra mim como se eu fosse uma pessoa de outro mundo, eu sabia que ela me ouvia, e estabelecia ali nosso vinculo, que eu sei que é forte e cheio de amor. Eu sei que isso fez e faz diferença até hoje.
Eu fiz escolhas ao longo da minha vida, algumas eu tive consciencia ao fazer, outras eu escolhi por instinto, e algumas eu simplesmente fiz e tomei consciencia depois de ja ter feito. Acho que isso acontece com todos que percorrem esse caminho de auto conhecimento. Uma hora começa a cair fichas de coisas e depois que elas começam a cair elas não param mais, e a cada novo horizonte que se chega novos horizontes se apresentam e novas fichas caem. A maternidade foi uma escolha que fiz consciente de que estava embarcando em uma aventura que me exigiria dedicação total por no mínimo uns 15 anos, se eu conseguisse fazer as coisas direito, e buscasse os conhecimentos de forma a dar a minha filha um suporte e uma automonia, que eu já tinha conhecimento de não ter recebido na minha infância. E ter essa consciência não torna meus pais pessoas ruins ou incomopletas, pelo contrario, eles são pessoas maravilhosas que fizeram e fazem até hoje o melhor que podem dentro das condições emocionais e psicologicas que tem por mim e pela minha filha.
Eu sabia que era um compromisso que eu como mãe estava assumindo independente do que o homem com quem eu estava me relacionando dissesse ter comigo depois que eu estivesse grávida. Era uma escolha minha, era o meu corpo que seria o veículo fisico para o nascimento de um outro ser humano nesse mundo cheio de tantos problemas sociais e de relacionamentos. E eu já tinha os meus comigo mesma e com o mundo, alguns dos quais eu ainda nem tinha certesa de ja ter resolvido. Eu queria ter um outro ser humano que dependesse de mim e me lembrasse da minha escolha, me ajudasse a lembrar que existe amor no mundo, e ter essa consciência foi o que me fez ser capaz de trazer esse ser humano ao mundo, eu precisava passar pela experiencia e escolhi ser mãe, porque toda minha experiência na maternidade me marcou en cada etapa, me moldou em cada sentir, em cada aspecto que naqueles momentos não me parececiam certos, justos e necessários, mais hoje eu vejo como foram importantes.
Então ao conhecer o pai da minha filha eu ainda não tinha consciência dessa decisão, escrever isso agora é um jeito de ter isso bem claro. Eu não tinha consciência de que eu queria ser mãe quando conheci o pai da minha filha, mais Deus tem seus caminhos e ele era um homem com o desejo de conhecer um amor puro, livre de interesses e natural. Eu não sabia disso naquela época também. Mais foi na primeira noite que ele me levou a um culto na igreja que ele frequentava que eu vi uma criança correndo no corredor da igreja e falando sorridente, mamae, e meu coração se encheu de orgulho e o sorriso da criança se iluminou e ficou na minha memória. Era o sorriso do homem que me conduziu até aquela igreja e lá foi onde eu frequentei durante o tempo que estive casada com ele. Portanto foi lá que passei por todos os desafios e descobretas e exercicios emocionais da vida casada com ele, e ajudando a cuidar da sogra, com uma família a tiracolo.
Nosso namoro logo evoluiu, a mãe dele tinha alzaimer, e mais por conveniência nosso namoro evoluiu para morarmos juntos, sem sermos casados debaixo do teto da minha sogra que passou a me odiar por isso, mais aceitava porque a outra opção que foi dada a ela pelo proprio filho foi ele sair de casa e ela ficar lá sozinha no apartamento, afinal ele era o único dos 3 filhos que se importava em continuar vivendo perto dela para olhar por ela e cuidar dela. Uma familia desfuncional, como muitas no mundo hoje, onde a mãe é a avó, os irmãos um é o tio que cuida da propria vida e faz o basico necessario pela mãe, e o outro neto que também a chama de mãe fica sempre por perto porque sabe como explorar a aposentadoria da senhora, já que o primo qe mora com a avó e nao tem esposa nem filhos sustentava a casa e ainda ajudava esse irmão a colocar comida na mesa para os proprios filhos. Ao entrar na vida dele e expor isso para o proprio de formo muito objetiva mostrando que a prioridade tinha que ser ele mesmo, e depois a propria mãe e depois eu, e quisá outras pessoas de fora, e mesmo assim eu e outras pessoas só deveriam entrar na conta se ele permitisse eu o ajudei a entender uma dinamica que a família dele não gostou muito por motivos óbvios, e claro nunca fui querida por parte desses "irmãos" dele.
Pulando essa etapa, se eu for desenvolver vai se tornar um livro a parte eu me dediquei a minha relação espiritual com Deus nesse periodo, meu relacionamento com ele, me permitiu isso. Na verdade emu relacionamento com ele me permitiu muito mais e eu sou verdadeiramente grata a todas as oportunidades que tive. E escrevendo vejo que pude aproveitar muitas delas, claro que sem retorno financeiro em praticamente nenhuma, mais isso é pouco diante do muito que tenho hoje em equilibrio, intimidade comigo mesma e com Deus. Posso afirmar que o retorno financeiro vai chegar assim de repente, porque sei que é só uma questão de tempo para acontecer uma vez que descobri o caminho certo. Estou me empenhando e estudando em vários frentes de investimento para poder obter esse retorno financeiro, e sei que ele virá. Mais voltando ao fio da meada como se diz.
Depois que a mãe do pai da minha filha faleceu a nossa relação que já estava desgastada começou a ficar insustentável. Ele com seus traumas familiares e eu querendo que aquela saturação que viviamos fosse apenas uma fase, mais percebendo que nossos interesses em comum já não eram os mesmos, e que a conveniência e a troca que existia antes, onde eu ajudava a cuidar da mãe doente dele, e morava na casa dele para poder ir a faculdade sem ter custo de moradia já estava em desequilibrio. Eu já estava me sentindo uma exploradora, e ele um explorado, porque eu tinha mostrado a ele quando perceber essa relação de exploração entre pessoas quando começamos a nos relacionar, e estava justamente me colocando na posição de ser a exploradora naquele momento, um lugar da relação onde eu só tinha vantagens, e as vantagens que eu poderia dar a ele me colocavam em uma posição que eu não queria assumir, ou aceitar.
Estavamos vivendo nesse desequilibrio sem tomar a decisão do ponto final há mais de 4 meses quando decidmos que já estava na hora de cada um seguir seu proprio caminho. E acredito que ele também decidido, mais não falamos um para o outro sobre isso, nossas conversas se tornaram estranhas e estavamos muito distantes, como amigos, e como pessoas que dividiam a mesma casa mais não mais a mesma vida. Pareciamos estranhos morando juntos. E foi estranho, foi marcante, foi gostoso quando em 2016 depois de um carnaval fora de época quase em abril e uma viagem frustrada dele com a igreja depois de algumas cervejas que ele tomou por insistencia minha acabamos tendo relações sexuais depois de quase 2 meses sem nenhum contato. Eu tinha uma viagem marcada para o final do mês de abril. Vir a SP acertar minha mudança, transferir a minha faculdade que faltava poucos semestres pra acabar e ia fechar um aluguel na capital com uma amiga que também estava se separando. Tem um post aqui no blog sobre esse dia. aqui
Eu era diabetica desde 2008, eu pesei 162,4kg, e conforme emagreci e me livrei do peso ele deixou essa doença de lembrança para que eu não esqueça que ele esteve comigo. Então conforme eu comecei a acordar pra ir ao banheiro de noite, a ficar um pouco enjoada e ter sensação de desmaio eu associei a descompensação da diabetes e nem me lembrei do episodio daquela noite. Afinal a diabete pode ser emocional e viver naquela situação estava me deixando com o emocional abalado. Na minha viagem pra SP eu passei muito mal, tive enjoo a viajem toda e fiquei muito inquieta, fui muito ao banheiro e nao me recordava de ter consumido nada para alterar tanto a minha diabete, então conclui que era porque eu estava ansiosa com todas as decisões que eu precisava tomar quando chegasse aqui. E quando cheguei as coisas aconteceram muito rapido. Nada deu certo, a faculdade não aceitou a minha transferência porque o curriculo do curso era diferente entre os estados. A minha amiga voltou com o ex marido e ja nao iria se separar para alugar uma casa, estava feliz com o marido de novo.
Então eu teria que refazer meus planos. Meu primo estava chegando do nordeste e minha mãe tinha organizado uma festa de aniversário pra mim na área de lazer do condomino dela. Eu iria ver primos e tios que nao via há anos, e amigos viriam me ver, alguns de outra cidade, então resolvi curtir meu momento e aproveitar, os problemas estariam esperando quando passasse a comemoração. E foi o que eu fiz, bebi, e comi churrasco. Me diverti, dancei e curti muito, matei a saudade e comemorei, afinal como sempre digo primaveras se comemoram apenas uma vez por ano, e a cada ano novo, novos desafios se colocam a frente. Naquela noite eu levantei tantas vezes pra ir ao banheiro que meu primo e a esposa estranharam, a minha prima, acordou me perguntando se eu estava grávida. Eu ri da possibilidade e disse que não, eu nem lembrava a ultima vez que o Joel havia tocado em mim (mentira eu lebrava, mais não fazia conta de quanto tempo - cheguei a pensar na possibilidade mais deixei passar rapido o pensamento).
Passei o dia bebendo de novo, a noite eu iria viajar pro rio de janeiro e enfrentar meu problema de novo, começando por arrumar uma casa pra morar. E um emprego, e enfim eu não quiz pensar em nada e só curti o meu dia. A noite na hora de embarcar quem me levou a rodoviaria foi o meu primo com a eposa, ela colocou uma nota de 20 reais na minha mao e falou para eu comprar um teste de gravidez quando chegasse no rio. Eu ri da sugestão e disse que iria comprar se a menstruação não chegasse depois de tanto alcool e duas noites mal dormidas pelo excesso de alcool. Quando cheguei no rio na manha seguinte eu fui pra casa e nem parei na farmacia, naquela manha cheguei e o clima foi tenso, o Joel mal falou comigo e eu sabia que era um prenúncio do fim. Enfim eu já esperava por aquilo. A frase: quando eu chegar a gente conversa foi só a cereja do bolo. Ele estava saindo pra fazer uma integração em uma empresa depois de 5 meses desempregado, e a empresa em questão demorou 3 meses pra chamar ele pra essa integração.
Passei o dia cuidando das minhas coisas, tirei as roupas sujas da mala, mais já coloquei as limpas de volta, meio que arrumando minhas coisas pra ir embora se isso fosse o pedido dele ao falar que precisavamos conversar, afinal o apartamento é dele, melhor estar de malas prontas. A tarde fiquei com fome e fui ao mercado com aqueles 20 reais que minha prima me deu para comprar o exame. Não comprei o exame, mais voltando do mercado caiu da sacola de uma mulher a minha frente duas caixas de tese de gravidez. Eu chamei a mulher que não ouviu, entendi que ela estava de fone e peguei os exames para alcançar ela e corri, mais ao virar a esquina da rua ela desapareceu. Acabei levando os exames pra casa. Entrei, fui preparar uma comida pra mim e para o Joel que iria chegar com fome, e logo depois de ele chegar independente da conversa eu iria para a faculdade, resolvi ir ao banheiro e pensei: porque não aproveitar e fazer o teste? Ia ser muita ironia do destino agora que nosso relacionamento está acabado vir um filho! Fiz o teste rindo e lembrei da revelação que tive na primeira noite que ele me levou a igreja, quando nos conhecemos.
E foi justamente isso, o teste deu positivo. Eu não acreditei e deixei a fita em cima da mesa e refiz com o segundo teste lendo a bula do exame. Positivo. Eu não sabia o que pensar, e respirando fundo me lembro que meu primeiro pensamento foi: Eu vou ser mãe, você me escolheu para vir ao mundo, e vou honrar sua escolha, pode vir, do jeito que você escolher vir, vai ser amado ou amada, respeitado e criado com muito amor, carinho e atenção. Vou te amar tanto quando for me permitido te amar independente de qualquer pessoa que esteja a minha volta. E porque eu me lembro desse pensamento? Porque eu repito ele pra mim mesma e para ela todos os dias desde aquele dia, ao amanhecer e ao adormecer. Repeito esses pensamentos, e faço uma oração de agradecimento porque ela me escolheu para ser companheira dela e acompanhar ela nessa aventura que é a vida que ela tem inteira para viver nesse mundo. Porque desde que eu soube que ela me escolheu pra ser a mãe dela ela se arriscou a vir com problemas fisicos e psicologicos de saúde em um mundo cruel e cheio de preconceitos para ser amada, e para amar. Porque ela é puro amor.
Quando o Joel chegou eu estava terminando de lavar a louça e as fitas dos exames e as caixas dos exames estavam em cima da mesa. Eu não queria que ele tivesse descoberto daquela forma, mais eu estava tão ocupada conversando com meu bb que nem pensei em como ia dar a noticia para o pai. Ele viu o resultado, e sabia o que significava. Perguntou por perguntar e tudo que eu respondi foi: significa que vc vai ser papai. E eu vou ser mamae, daqui aproximadamente 9 meses. Depois de responder voltei a lavar a louça, terminei e perguntei a ele que estava sentado no sofá com o exame na mão o que ele queria conversar quando saiu de manhã. E ele falou que podia esperar pra falar no dia seguinte porque ele ia entrar as 14 na empresa. Mais que queria falar sobre o teste. Eu fui prática, falei que era positivo e que precisava do exame de sangue para levar a minha endocrinologista do posto para pegar o acompanhamento já que sendo diabética eu precisaria acompanhar a gravidez como uso de insulina e o pré natal precisaria ser iniciado o mais rapido possivel, e terminei informando ele que estava saindo pra aula da faculdade. Vi ele correndo ao banheiro quando eu saia. Meu coração estava quase saindo pela boca.
Sai pra faculdade. Eu estava atordoada, mais mantive a aparencia de tranquilidade, só quem me conhecia percebeu e uma amiga da sala percebeu. Eu dividi com ela, ela sabia que eu pretendia ir embora pra SP, e ficou feliz por mim, me parabenizou e desejou tudo de melhor pra mim e pro bb. Foi sincero e foi muito bom receber aquele carinho. Perguntou como ia ficar a mudança, e eu disse que tinha dado errado la em SP e eu precisaria repensar as coisas. Mas com a gravidez era provavel que eu não conseguisse nem um emprego naquele momento. E a duvida me assombrava. Eu estava fazendo a escolha certa? Eu não deveria ir embora pra SP? Mais a forma como meus pais receberam a noticia da gravidez quando eu falei com eles pelo telefone foi a resposta pra minha pergunta. Entrei em contato com o meu primo e ele quem me enviou o dinheiro que eu precisava pra fazer um exame de ultrasom particular para levar ao posto e dar inicio ao meu prenatal, porque a endocrinologista tinha me dado as orientações, o pedido desse exame e me falou claramente: eu vou te dar uma dose inicial de insulina, mais a gravidez mexe demais com os indices glicemincos e vc estava descompensada, se vc quer que essa gravidez prossiga você precisa começar seu prenatal o mais rapido que conseguir, não espere fazer o exame pelo sus. Faz no particular e leva ja os exames prontos.
Meus pais num primeiro momento acharam que eu os enganei e sabia que estava grávida quando estive na casa deles em SP. Se recusaram a me ajudar e na época viviam viajando para Europa para cuidar da minha avó por parte de pai que estava muito doente. Naquele momento quem me ajudou foi meu primo. Uma ajuda que me permitiu começar meu pre-natal dois dias depois e naquela semana no sábado eu ja estava com a carterinha de prénatal do município, um cartão de atendimento se eu precisasse de atendimento hospitalar e encaminhamento a uma endocrina especialista em diabets gestacional. O que não era o meu caso. A consulta com essa especialista estava marcada para dentro de 2 semanas, mais uma semana antes eu tive um mal estar e senti que precisava de ajuda, estava com dores na barriga e sentia que meu bb não estava bem. O joel me acompanhou e de onibus chegamos ao hospital da mulher no município de São João.
Na entrada do hospital diabetes registrou 560, no aparelho, pressão 17/12 e me internaram. Me disseram que era para controle da diabetes e que os riscos eram muito, inclusive o aborto porque estava muito descompensada e o controle precisava ser feito de forma paulatina e com monitoramento constante do bebê. Falaram para o Joel que as chances de ele me tirar do hospital ainda gestante eram mínimas. E ele foi embora pra casa me deixando alí, internada com a dúvida sobre se ele voltaria ou não pra me visitar, e trazer minha escova de dente, um lençol e coberta que eles mandaram trazer de casa, e eu não sabia absolutamente nada, nem quanto tempo eles pretendiam me segurar ali dentro do hospital, apenas sabia que pelo meu bebê eu estava disposta a passar a gravidez toda dentro daquelas paredes de hospital para que ela pudesse vir ao mundo com nas condições que ela escolheu, e determinada a fazer todas as escolhas que me fossem necessarias fazer pela vida do meu bebê.
O Joel voltou naquela noite mesmo, trouxe o lençol, uma coberta e um travesseiro, camisola pra mim, que ele comprou nova pra levar pra mim, pq eu nao usava então eu nao tinha uma. Levou pasta e escova de dente e meu carregador de celular. Estava distante, frio, assustado. Dava pra ver que ele não sabia o que falar e nem como agir naquela situação. Eu também não sei o que eu esperava receber dele ali. Apenas olhei pra ele e disse que no que dependesse de mim nosso bebê viria ao mundo. E que eu mandaria noticias a ele pelo whatsapp, para ele ficar de olho do telefone. Tinhamos tido uma conversa muito madura depois do exame de sangue positivo já no terceiro dia dele na empresa, eu já tomando insulina e me permitindo comemorar a gravidez independente de qualquer outra coisa. Ele estava feliz, e foi feliz contar ao irmão e ao tio sobre a gravidez, mais claro que eles não reeberam bem a noticia. a familia dele nunca me aceitou bem, então uma gravidez era a realização de um sonho de infancia do Joel o que para eles era uma coisa ruim, ja que eles sempre usaram o fato de que ele nunca realizou nada na vida como motivo para manter o laço de dependencia emocional dele com eles.
E eu conversava muito com minha filha, eu sabia que era uma menina, mesmo morrendo de medo que fosse uma menina eu sabia que seria uma menina. E eu dizia constantemente a ela que o pai dela precisava aprender que o amor que ela tem por ele é independente e não está atrelado a estarmos juntos como marido e mulher. Eu fazia questão de falar isso pra ela ja no meu ventre porque na nossa conversa ficou claro que estariamos juntos e iriamos tentar fazer nosso relacionamento melhorar, afinal era uma vida que estava a caminho e gestante eu precisaria do apoio dele como amigo, além de marido, e que se ele não estava disposto a voltar a ser meu amigo eu entendia, mais que eu viria pra SP porque aqui eu tinha meus irmãos e poderia ter esse apoio familiar pelo menos. Ele me pediu pra ficar perto dele, e tentarmos fazer dar certo, porque ele queria fazer parte desses momentos da vida do filho dele, que ele acreditava ser menino.
Eu não podia negar isso a mim, a chance de terminar a faculdade durante a gravides faltando só o estágio. E quem sabe construir um relacionamento mais solido para quando o bebê chegasse fosse possivel a estabilidade de uma família. Meu instinto dizia que a parte da familia ia ser diferente, mais que de resto poderia dar certo. Mais eu ainda não tinha entendido que era escolha minha e durante essa internação de 10 dias para controle da glicemia conheci outra mães, era um hospital para gestantes de alto risco. Ou seja, lá tinha uma UTI para receber os bebês de parto prématuro, e UTI adulto para casos de complicações pós e préparto. Havia na minha enfermaria uma mulher que estava internada desde a virada do ano pq sofreu uma queda no hotel durante a festa de reveion e foi internada com descolamento de placenta, a familia toda de Brasilia, e ela estava lá internada, não podia ser transferida para brasilia, porque a transferencia por terra era muito desgastante pelas condições das estradas, e por avião era arriscado pela alteração de pressão que poderia induzir o parto e colocar o bebê em sofrimento.
Eu procurei saber o que era esse tal de sofrimento, procurei me informar sobre o descolamento de placenta, e outros problemas que fui descobrindo existir. Perda de liquido placentário por exemplo pode ser confundido com urina e a gestante nem perceber até que o bebê esteja quase em sofrimento. Foram dias de muitas descobertas e distrações, onde eu mantive meu foco em alinhar minha alimentação e o uso da insulina que estavam regulando e controlando com as medições 6 vezes por dia. Conversava com meu bebê e conhecia historias linda e positivas. Uma garota que havia passado os ultimos 3 meses da gestação no hospital recebia a visita do esposo todos os dias com flores, e a noite depois do trabalho ele voltava pra ver ela e fazia massagens nos pés dela até ela adormecer, e depois sentava ao lado da cama e ficava conversando com o filho. Quando ela voltou da sala de parto colocaram ela na mesma enfermaria e ficamos todas achando muito estranho, porque quando nascem os filhos elas eram levadas a outros quartos.
Mais ela pediu pra ser levada a mesma enfermaria, ela e o marido queriam que todas da enfermaria pudesse ver a surpresa que eles tiveram na sala de parto, ela estava internada porque disseram que o bebê dela tinha um coração bipartido, e alguns outros defeitos fisicos. como dedos dos pé e mãos virados. E eles estavam enfrentando tudo com tanta resiliencia que eu admirava com orgulho, pedindo pra ser igual em cada etapa da minha gestação. A surpresa, eles estavam com dois bebes, e os exames de ultrasom não haviam sido capazes de identificar, não me pergunte como, nem os medicos souberam responder isso, e por mais que se pergunte o que podem ter feito de errado nesses exames para que algo de tão errado fosse identificado e depois fosse completamente diferente eu não sei. Nem os médicos sabiam, o leito deles foi o que mais recebeu visitas de praticamente todos os médicos e enfermeiros e pediatras do hospital que já tinha visto de tudo, inclusive o defeito que diziam que o filho deles teria, mais uma gravidez gemelar ser confundida era um milagre.
Eu penso nesse casal como uma referencia de milagre conquistado. O bebê viria com defeitos e provavelmente teria em sua tragetoria muitas dificuldades que teria que enfrentar na vida, mais na gravidez, e a forma resiliente como os pais enfrentaram a situação e o acolheram e o amaram transformaram a realidade e as escolhas dos pais mudaram a vida de duas crianças e não apenas da que estava inicialmente em seu ventre. Porque nas primeiras ultra é nítido que só havia um bebê no útero da mãe. E depois do 4 mês de gravidez que começa a aparecer o que eles encaram como defeito para na sala de parto descobrirem ser outro bebê. Não acredito que seja o caso de uma segunda gestação que aconteceu quando ela ja estava no segundo mês de gestação do primeiro filho e por isso nao foi identificado. Mais a ciência tem o costume de tentar desqualificar os milagres por maiores e mais improssiveis que eles se mostrem, mais a ciência quer mostrar que existe algo racional por trás deles. Porque infelizmente a humanidade aprendeu que ciência é algo separado de Deus e não pode andar de mão dadas,e nesses período internada e em outro eu pude ver e experimentar o oposto.
O fato é que a cada etapa nesses dez dias de internação eu conheci a equipe do hospital, fiz amigos e também algumas inimizades, gosto de pensar que fiz mais amigos que inimigos. E os amigos que eu já tinha e acreditava que eram amigos se mostraram amigos, e os que não se mostraram foi bom pra já me afastar deles. Eu fiz uma proposta a minha filha na semana que saímos do hospital, com 14 pra 15 semanas de gestação, ainda chamava ela de amendoin, vamos sair daqui e se voltarmos a precisar ficar internada será por qualquer outro motivo que nao será a diabetes, porque eu irei controlar essa bendita com rédea curta para garantir seu bem estar ai na minha barriga. E foi o que eu fiz. Joel não foi me buscar no hospital, estava trabalhando e eu queria andar um pouco, fazia tempo que eu nao andava e queria sentir o ar, me arrependi assim que sai do hospital, bafo quente e insuportavel da baixada. Mais enfim, eu estava livre pra ir pra casa com meu bebê no meu ventre.
Era minha primeira vitoria contra a ciência, contra as expectativas alheias e contra todas as palavras de derrota que tinha sido professadas para o Joel. Ele chegou em casa e eu estava deitada no sofá, vendo televisão, comida pronta no fogão e me sentindo cansada e satisfeita por estar de volta. Ele me comprimentou e eu pedi que ele comprimentasse o bebê, ele ficou inseguro, e eu falei que ele tinha que começar a interagir com o filho, porque o sistema neurologico do bebê comecou a se desenvolver naquela semana e era importante ouvir a voz do pai desde o ventre. E foi assim, eu buscando as informações e falando pra ele sobre o desenvolvimento do nosso bebe na minha barriga que passavamos nosso tempo juntos. Pouco falavamos de planos para nos dois,, tudo era em torno do bebê. Sobre o bebê. Até que saturamos o assunto e começou a vir um tema que todos querem fugir, mais que é preciso falar, principalmente pra quem vive uma gravidez de risco e já passou dez dias internada em um hospital especializado em receber gestantes na mesma situação.
O que fazer em caso da minha morte? Ele não gostava do assunto, mais eu não podia deixar ele fugir e era a chata que insistia em falar sobre isso. E sei como isso era dificil pra ele, é dificil pra mim falar daqueles dias, porque eu lembro deles como dias de muita harmonia entre eu e ele como um casal. Tinhamos planos e sonhamos com um futuro em comum pra nós tres, o que não existe mais, enfim, Vai ver é por isso que demorei pra escrever esse post. Eu pedi que ele por mais que se sentisse inseguro não permitisse que minha mãe o convencesse que ele era incapaz de criar nosso filho, fosse ele menino ou menina. Pedi que ele respeitasse a criança com um indivíduo diferente e independente dele, e que buscasse se informar sobre educação com respeito porque esse era o tipo de criação e educação que eu queria para nosso filho. Uma educação que o respeitasse e o ensinasse a importancia do respeito mutuo. Do ser indivíduo.
Eu me lembro dessas conversas e de algumas brincadeiras em torno disso, me lembro de mostrar videos e de estar sempre mostrando a ele a importancia desse jeito de educar e de como podiamos começar praticando isso desde o ventre. Confirmamos o sexo da Manu com 17 semans, na ultrasom de acompanhamento que eu fiz no hospital de 16 semanas ela crusou as pernas e nao deixou o medico ver, e na de translucencia nucal que eu fiz duas vezes com intervalos de dois dias ela na primeira se movimentou demais, deslizando de um lado pro outro sem nem deixar o medico fazer as medições necessarias. E na segunda estava tão parada que o medico ficou focado no coração e no cordão e nem se lembrou de focar no sexo do bebê. Eram ultrasons feitas pelo SUS e não era facil lidar com a pressão de uma sala de espera cheia de gestantes reclamando e medicos impacientes, e eu havia estado la duas vezes naquela semana, preferi nao insistir em saber, e o Joel pagou uma ultra particular pra gente descobrir o sexo dela com ele junto comigo em um clinica no calçadão.
Hoje escrevendo isso percebo como isso é algo distante que ficou na lembrança. Eramos um casal vivendo as descobertas da maternidade/Paternidade e estavamos passando por uma crise no relacionamento quando descobrimos a gravidez. Acredito que isso seja o ponto que nos fez viver aquele periodo como vivemos. Cada um de nós fez as escolhas que fez de acordo com as crenças que tinha e as coisas que acreditava serem possives de se viver independente de qualquer coisa. Eu tinha minhas crenças e acreditava de verdade que podiamos escolher construir uma relação baseada na amizade e em escolhas consciêntes, despertando admiração e carinho um pelo outro escolhendo olhar para as qualidades um do outro e aceitando os defeitos do outro buscando compreender e conversar sobre os defeitos que se tornavam intragáveis. Acho que me entreguei a maternidade com tanto empenho que idealizei a familia que eu gostaria de dar a minha pequena esquecendo de realmente ver a familia que estava sendo construida.
Observando minha historia e escrevendo sobre ela eu vejo o quanto fiz escolhas baseadas em ilusões e achismos. Considerei muito pouco a opnião do outro quando ela era importante. Tomei decisões que envolviam outras pessoas sem perguntar como essas outras pessoas se sentiriam, simplesmente porque eu entendia que elas iriam concordar comigo e não se opriam a ideia, mais não tive a consideração de perguntar. Isso já acnteceu com você? Eu e o pai da Manuella escolhemos quando tivemos uma conversa sobre permanecer juntos durante a gravidez continuar como um casal, e construir uma relação para tentar ter uma familia. Mais esquecemos de definir o que cada um de nos entendia como deve ser uma familia. E isso foi o que mudou completamente a nossa vida desde o momento em que ossa filha nasceu. Porque o conceito família faz uma diferença e tem um peso entre duas pessoas que pode definir até mesmo o sucesso e o fracasso pessoal de um indivíduo em seu meio social.
E eu faço essa afirmação porque tenho me observado e me conhecido o suficiente para perceber isso. Perceber isso em mim, perceber isso na minha historia, perceber isso na vida da minha filha, perceber isso nos meus objetivos, e propósitos. Para mim família é um lugar de acolhimento, carinho, transparencia, brigas, conflitos, sinceridade, fragilidade, força, apoio, esteio, amizade, companheirsmo, presença. Muita coisa né? Sim muita coisa, mais você pode ter uma familia assim em apenas uma pessoa ou varias, mais é importante que você escolha ser família para essa pessoa, e essa pessoa escolha ser família pra você, e eu estou construindo uma familia assim com minha filha, estou escolhendo ser tudo isso pra ela, e mostro pra ela que ela pode ser isso pra mim se assim ela escolher, porque é uma escolha dela ser assim pra mim, assim como foi uma escolha minha ter ela como minha filha, minha familia. porque eu não suporto aquele tipo de brincadeira e frases feitas de algumas pessoas que afirmam que os filhos foram acidente, ou de filhos que dizem que não pediram pra nascer. Acho que são de um tremendo mal gosto e de uma falta de compreenção e entendimento pessoal que beira a ignorância.
E minha gestação foi uma montanha russa emocional de escolhas, onde eu estava sempre ponderando pra não discutir com o Joel sobre as escolhas dele para manter a paz em casa porque não queria me alterar para nao ter a glicemia alterada para nao afetar minha filha, porque eu não queria alterar a voz, para nao afetar ela, evitei brigas e discussões pra ela nao sentir as emoções ruins que isso descarregava em meu organismo, e vivia ouvindo musicas que me faziam bem, dancei muito quando estava sozinha em casa, e ficava fazendo nada ao ficar sozinha em casa buscando me manter em estado de permanente bem estar para que minha filha experimentasse um completo equilibrio fisico dentro de mim. Frequentei a faculdade durante praticamente toda a gestação, me ausentando da faculdade apenas nas duas semanas que tive pneumonia, que depois descobri ter sido zica virus. Mais ficamos bem eu e a Manuella. Ela teve que nascer com 32 semanas de gestação, depois do feriado de finados. Foi um susto receber a noticia de que ela nasceria de 6 meses, e todas as noticias que recebi junto com a noticia do parto prématuro.
E como comecei o post afirmando ela completou 5 anos esse ano, e hoje vou levar ela na festa de um amigo no condominio onde moramos com os avós até duas semanas atrás. Ela é uma criança amorosa, cheia de vida, que não carrega nenhuma sequela de desenvolvimento pelo parto precoce, e que não sofre de nenhum disturbio pelo tragetória que cientificamente ela carregaria. E não adianta virem me falar que existe explicação cientifica para o pleno desenvolvimento dela, e que as coisas aconteceram porque isso ou aquilo. A ciencia anda sim de mãos dadas com a nossa fé, e eu e minha filha somos a prova viva disso. Eu continuo vivendo o melhor de Deus na minha vida com ela ao meu lado, e diariamente agradecemos pelo dia que tivemos, pelo noite que teremos e pelo dia seguinte teremos depois de uma noite tranquila de descanso. Porque acredito de verdade que cada dia é único para ser vivido, sentido, experimentado e aproveitado como um todo e de forma integral. Mais chegar nesse ponto não é uma linha reta, não é facil.
Cada experiencia é unica, e cada um tem seu molde e reconhecer seus proprios caminhos e experiencias e saber tirar os aprendizados de cada etapa vivida faz muita diferença na velocidade com que as coisas começam a acontecer na nossa vida. Posso afirmar isso porque na semana que minha filha completou ano eu não fazia ideia de como eu conseguiria passar mais uma semana aguentando exclamações como as que eu ouvia, onde eu tinha que aguentar algumas afirmações que me faziam mal pela toxidade inconsciente da minha mãe (pelo menos eu me apoio em pensar que é inconsciente pra me doer menos), e me fazia mal e me desequilibrava emocionalmemente, com relação a minha filha, aos meus amigos, ao pai da minha filha, e eu estava num ponto que eu não conseguia nem respirar sem dar explicações de porque eu respirava, era literalmente essa a sensação que eu tinha. A Manu estava começando a apresentar sintomas de bruxismo intenso dormindo e isso ja estava me preocupando, me dixando aflita e angustiada.
Pois na segunda feira seguinte ao aniversário dela a casa apareceu, visitei fiz a proposta que foi aceita e uma semana eu ja estava com a chave, apesar de tudo que aconteceu nesse meio tempo nos mudamos pra essa casa tem 10 dias, e posso afirmar que desde que nos mudamos a Manuella não teve um único episodio de bruxismo dormindo, ou acordada. E nos momentos em que eu senti que a conversa com minha mãe ia desandar e virar briga eu poder sair andando e dizer eu tambem te amo e já vou pra minha casa fez muita diferença! Então sim somos moldados de acordo com as forças que desenvolvemos, mais nunca recebmos novas experiencias se não reconhecermos as lições do que foi aprendido com o que já foi ensinado. E eu aprendi, mais só reconheci o que foi aprendido no final de semana do aniversário da Manu. E isso é algo maravilhoso, porque foi ao reconhecer isso que me libertei de algums amarrass emocionais.
O meu relacionamento com o pai da minha filha durou 6 anos, desses 2 foram de uma paixão intensa, e 1 de uma paixão menos intensa, que não conseguimos transformar em amor, nem eu nem ele nos empenhamos muito nisso. Quando a mãe ele faleceu tinhas completos 4 anos de relacionamento e já estavamos entrando em desgaste de relacionamento e insistimos em permancer juntos porque acreditamos por diferentes motivos que poderiamos reconstruir algo que na verdade nunca existiu; nunca tinhamos tido um relacionamento saudável, sempre fomos convenientes um para o outro e com a morte da mãe dele essa conveniência acabou. o que trouxe uma questão importante a tona foi a gravidez. Eu escolhi a gravide e eu escolhi comprtilhar isso com ele, quando poderia ter sido egoista e não ter falado sobre e simplemente ter vindo embora pra SP e tido minha filha completamente sozinha. Mais escolhi compartilha com ele, sabendo do sonho dele de ser pai, e sabendo que isso era uma forma de me manter lá no rio de janeiro e fugir do relacionamento toxico com minha mãe. Não ficar me colocando como vítima das circunstancias me fez ver tudo de um outro angulo.
Percebi que todo meu amor pela minha filha é real sim, mais que as escolhas que fiz não foram todas movidas apenas por amor a ela, mais por orgulho meu também. Eu fui orgulhosa quando permaneci em um casamento falido para ser "autruista" e permitir que o pai da minha filha tivesse a oportunidade de saber o que e um amor incondicional de um filho, e uma familia nos primeiros 2 anos da minha filha, porque ela tinha no rio o acompanhamento da peditra que acompanhou todo o parto e o tempo dela da UTI e eu não queria perder esse acompanhamento. Mais também porque eu estando no rio de janeiro eu não precisaria ouvir diariamente minha mãe me dizendo o quanto eu era uma pessoa falida na vida, e me colocando pra baixo e destruindo minha auto estima constantemente com seus "cuidados" de mãe. porque se importa com o que os outros vão falar dela a meu respeito.
E morar com ela depois de sair de do Rio e ter a noticia da separação me fez ficar com raiva do pai da minha filha por alguns meses, e acho que até pouco tempo. E foi nesse final de semana que ele veio depois de anos sem poder vir por causa da pandemia que eu percebi isso, eu tive raiva dele porque depois de tantos sacrificios que fiz pra não precisar depender exclusivamente da minha mãe e ter que passar por tudo que eu estava passando naquele momento ele terminou nosso casamento com 3 semanas que eu e ele decidimos juntos pela minha vinda com a Manuella para SP pela nossa saúde. E ele estando aqui, e vendo o carinho dele e a simplicidade dele com a filha, eu entendi que ele fez o possivel dentro das condições emocionais dele, e que eu fui mais uma vez uma pessoa que criou expectaitiva demais. Eu no fundo sabia que isso ia acontecer, desde o momento que decidi dividir minha gravidez com ele, e vendo ele brincar com a manu no chao da sala eu tive certesa que ele é apenas um homem que queria ser pai e realizou o sonho comigo, mais que agora somos apenas isso, pai e mãe de uma linda menina, que será uma linda mulher e que será fruto desse relacionamento saudável de uma familia diferente.
O que eu entendi que me fez conseguir virar a chave e liberar minha bençao tão rapido? Simples, eu entendi que sou a filha que sempre fugiu da maternidade porque nunca aceitou que sentiu falta do pai. Não do meu pai biológico, mais do meu pai mesmo. Vou escrever depois sobre isso com mais calma, mais entendi que minha vida toda eu sempre vivi na sombra de ouvri minha mãe falar : seu pai isso, seu pai aquilo. Não faz isso porque seu pai não ai gostar, Sai dai porque seu pai não quer. e por ai vai. E isso me afastou da maternidade e me fez alimentar essa repulsa pela minha propria mãe. Essa ficha caiu feito um soco no meu estomago, e demorei pra digerir isso, foi complicado conseguir organizar isso em um texto, e olha que esse texto ficou bem extenso. No entanto eu entendi que precisava organizar uma linha interna pra chegar a conclusão, mesmo que depois eu recorte o texto e faça tudo novo de novo. O importante é que eu consegui colocar em palavras. eu preciso colocar pra fora.
Eu troco muitas mensagens de texto com meu pai, e tenho muito mais facilidade de falar com ele por textos, porque é a forma mais facil de comunicação, simplesmente porque que falo com ele, minha mãe interfere com alguma história dela, ou alguns comentário que impede ou interrompe o assunto. E morar com ela nos ultimos 2 anos fez isso ficar muito claro pra mim. Isso e outras coisas, eu amo demais minha mãe, e não quero que minha filha tenha ao chegar na idade adulta um soco no estomago ao olhar pra dentro de si mesma descobrindo que sente falta do pai dela. Um pai ausente porque a mãe não permitiu a aproximação na melhor das intensões. Afinal ela sempre usa a frase: é pra defender você que eu me coloco no meio. Eu estou morando nessa casa com a ajuda financeira deles dois, e estou buscando meu equilibrio emocional para conseguir colocar em pratica alguns projetos que eu entendo que podem me dar lucro em alguns dias e em alguns meses assumirei todas as minhas despesas.
E assim como eu tive esse insigth sei que terei outros agora, e estou me abrindo pra vida me dar uma surra de insights para que eu possa viver o meu de repente de Deus e começar a viver o meu proprosito e fazer minhas escolhas sem medo da falta, ou sem culpa de estar explorando ninguem. Eu preciso me sentir mais dona de mim de verdade e isso não é sem o constante medo de não saber se amnah vou poder ter como sobreviver e dar conta das despesas, é saber que mesmo com esse medo eu vou dar conta sim, e vou ser capaz de far a diferença para conseguir dar conta., porque o medo vai existir sempre e ele pode ser o cmbustivel necessário pra que eu consiga chegar ao outro lado. Ter consciencia disso hoje é a diferença que eu vejo com uma coisa que vai me fazer alcançar resultados que antes eu não obtive nas minhas tentativas de ser independente financeiramente da minha mãe. E por esse motivo eu quero e acredito que dessa vez vou conseguir fazer diferente.
Mas minha melhor escolha nesses 40 anos de vida, foi feita de forma consciente, com plena ciencia dos sacrificios que eu teria que fazer e não poderei falar em nenhum momento que eu não imaginei que seria de uma forma ou de outra quando vier a acontecer, porque se tem algo que eu sei fazer bem é imaginar. Essa escolha foi a de ser mãe. Quando eu soube que minha filha escolheu se desenvolver em meu ventre e aceitou o desafio de crescer dentro de mim, com todoas as dificuldades que enfrenteou para ser gerada aqui nesse corpo que estava todo desconjuntado como estava eu escolhi fazer tudo que fiz para tentar dar a ela as melhores condições para que ela tivesse como encontrar do jeito dela a melhor forma de se desenvolver. E ela encontrou, e assim como eu ela teve medo ao nascer com 32 duas semanas, e assim como eu ela tem medos e esta descobrindo os desafios de viver nesse mundo enquanto eu aprendo os desafios de orientar e direcionar um ser humanod totalmente independente e cheio de amor e carinho pelo mundo como ela é.
Sei que ela é simplesmente um complemente, uma resposta e ao mesmo tempo uma incognita que preciso apenas amar e aceitar. Mais é meu melhor lado e minha melhor escolha, A benção que eu recebo todos os dias e que me dá a certesa que tudo que eu passo e vivo vale o esforço e a consideração de ser feito de novo, mesmo que pareça não estar evando a lugar nenhum. Preciso saber que tenho mais que ela como motivador de vida, e busco em mim outros motivos, estou me reconstruindo, mas ser mãe não deixa muito espaço para se fazer essas escolhas e ver um mundo sem filhos, eles passam a ser parte de nós. A culpa de fazer planos sem eles nos assola, e sei que pode parecer clichê, e até é um pouco, no entanto o mundo vai perder o sentido se ela não estiver nele mais. Assim como eu sei que sem mim no mundo dela nessa fase da vida dela o mundo pra ela também perde o sentido. Então eu e ela nessa fase da vida apenas estamos nos escolhendo e vivendo essa fase, e vamos viver isso, com alegria, presença e a felicidade que esse momento nos dá. Afinal nunca sabemos quanto tempo ele vai durar e quando as coisas podem mudar.